Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/10002
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2011_AmandaZauli.pdf1,42 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Famílias homoafetivas femininas no Brasil e no Canadá : um estudo transcultural sobre novas vivências nas relações de gênero e nos laços de parentesco
Autor(es): Zauli, Amanda
Orientador(es): Galinkin, Ana Lúcia
Assunto: Homossexualidade
Homoafetividade
Família - Brasil
Divisão sexual do trabalho
Família - Canadá
Estudos transculturais
Psicoterapia conjugal
Data de publicação: 24-Fev-2012
Referência: ZAULI, Amanda. Famílias homoafetivas femininas no Brasil e no Canadá: um estudo transcultural sobre novas vivências nas relações de gênero e nos laços de parentesco. 2011. 457 f. Tese(Doutorado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
Resumo: Nos países industrializados do Ocidente, as práticas familiares têm mudado nas últimas décadas, e os casais homoafetivos inserem-se nas diversas configurações de vida em família. As famílias homoparentais são motivo de preconceito e discriminação. Elas rompem o quadro heteronormativo vigente nas sociedades ocidentais e dissociam procriação de casamento. Este estudo pretendeu compreender como se configuram as famílias homoafetivas femininas no Brasil e no Canadá. Foram entrevistados 10 casais homoafetivos femininos com filhos, e, por meio da Análise de Conteúdo, os dados obtidos foram divididos em quatro categorias principais: Formação da Família; Conjugalidade e Parentalidade; Redes Sociais; e Aceitação Social/Discriminação. Percebeu-se que os casais de mulheres com filhos vivenciam relações de gênero diferentes das, em geral, constatadas nas uniões heterossexuais e rompem com a divisão sexual do trabalho tradicional: repartem as tarefas domésticas e conciliam o cuidado da casa e dos filhos com o exercício da atividade remunerada. Os resultados da pesquisa mostram que, com exceção de dois casais brasileiros, cuja parceira da mãe biológica é vista como parte da família, nas demais uniões ambas as parceiras são consideradas mães pelos filhos que criam, numa indicação de que os laços de parentesco podem ser formados independentemente da existência de laços biológicos. Foram observadas diferenças entre as famílias brasileiras e canadenses, tais como a concepção dos filhos — no Brasil, em geral, por meio de intercurso sexual de uma mulher e um homem e, no Canadá, por meio de inseminação artificial ou adoção; nominação das mães sociais — em todos os casais canadenses, o termo de apelação remete à palavra mãe, em Inglês, enquanto, nos brasileiros, à palavra tia. Vivências de preconceito e discriminação foram mais relatadas pelas participantes brasileiras do que pelas canadenses, e o relacionamento dos casais com a família de origem é muito valorizado no Brasil e pouco valorizado no Canadá, levando os casais a procurar a aceitação de seus familiares, o que não ocorre no Canadá. Essas diferenças podem ser atribuídas a características culturais de cada país, particularmente no que se refere à dimensão cultural individualismo-coletivismo, sendo o Canadá um país de cultura mais individualista, se comparado com o Brasil. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
In the Western countries, the family practices have changed in recent decades, and same-sex couples are one of the various configurations of family life. Lesbian families are victims of prejudice and discrimination. They disrupt the heteronormative context prevailing in Western societies and dissociate procreation from marriage. This study sought to understand the lives of lesbian families in Brazil and Canada. Ten interviews were done with lesbian couples with children, and through content analysis, data were divided into four main categories: Family Formation; Homoconjugality and Homoparentality; Social Networks; and Social Acceptance/Discrimination. It was noticed that experience of lesbian families are creating a new sexual division of labor. They share the housework and the care of their children and both women work all day in order to maintain the family. With the exception of two Brazilian couples, whose biological mother's partner is seen as part of the family, in the other unions the children, in an indication that kinship can exist independently of blood ties, consider both partners as mothers. Differences were observed between the Brazilian and Canadian families, such as the way the children are conceived — in Brazil, usually through sexual intercourse of a man and a woman, and in Canada, through artificial insemination or adoption; nomination of social mothers — all children of the couples in Canada remembers the word mother, while in Brazil, the children use words similar to aunt (tia, in Portuguese). More Brazilian participants reported experiences of prejudice and discrimination than the Canadian couples, and leading couples to seek acceptance of their family, what does not occur in Canada. The relationship with the family of origin in Brazil is highly valued, more in Canada. These differences can be attributed to the cultural characteristics of each country, particularly with regard to the cultural dimension of individualism-collectivism. Canada is a more individualistic country, if compared with Brazil.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (IP PST)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2011.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.