Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Mendes, Ana Magnólia Bezerra | - |
dc.contributor.author | Ferreira, João Batista | - |
dc.date.accessioned | 2009-03-05T16:24:34Z | - |
dc.date.available | 2009-03-05T16:24:34Z | - |
dc.date.created | 2007-04 | - |
dc.date.issued | 2007-04 | - |
dc.date.submitted | 2007-04 | - |
dc.identifier.citation | FERREIRA, João Batista. Trabalho, sofrimento e patologias sociais: estudo com trabalhadores bancários e anistiados políticos de uma empresa pública. 2007. 159 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/1432 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2007. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta pesquisa investigou a influência da organização do trabalho nas vivências
de sofrimento, estratégias de mediação e as patologias sociais de sobrecarga,
violência e servidão voluntária, em bancários e trabalhadores anistiados políticos
de uma empresa pública de comunicação. O referencial teórico é a psicodinâmica
do trabalho e o enfoque psicossocial. Pretendemos caracterizar a organização
do trabalho; identificar os sentimentos e estratégias defensivas utilizadas;
e caracterizar a dinâmica da transformação das estratégias defensivas nas
patologias sociais da sobrecarga no trabalho, violência e servidão voluntária. A
metodologia utilizou entrevistas abertas e semi-estruturadas com quatro trabalhadores
voluntários de cada categoria profissional, totalizando oito participantes.
Foram realizadas entrevistas individuais com os bancários e uma entrevista
coletiva com os trabalhadores anistiados políticos. Os anistiados se reportaram
às situações vivenciadas na década de 80, quando a empresa de comunicação
na qual trabalhavam era "comandada" por militares com um estilo de gestão
percebido pelos entrevistados como burocrático e autoritário, mas que já incorporava
práticas recentes do modelo capitalista, como a terceirização. Nessa
década, os trabalhadores anistiados foram discriminados e demitidos, tendo sido
posteriormente reintegrados ao trabalho e indenizados, por via judicial. Os
relatos dos bancários se referiram às situações vivenciadas nos últimos cinco
anos. A empresa dos bancários entrevistados está inserida em um mercado
competitivo e passou por sucessivas reestruturações produtivas, especialmente
a partir de 1980. As entrevistas foram gravadas e submetidas à análise de conteúdo
temática. Os resultados sinalizaram que a organização do trabalho para
os dois grupos, de modo geral, foi caracterizada por: pressão para atingir metas,
sobrecarga de trabalho, segregação de funcionários, humilhações, discriminações
e violências psicológicas. Essas situações geravam sentimentos que
configuravam intenso sofrimento, mediado por estratégias defensivas que tendiam
a ser coletivas para os trabalhadores anistiados e individuais para os bancários.
Diante das intensas vivências de sofrimento, no entanto, as estratégias
utilizadas nos dois grupos em algumas situações entraram em processo de exaustão.
Esse processo resultou em adoecimentos psicossomáticos e adoecimentos
das situações de trabalho. Estes últimos aqui identificados como patologias
sociais da sobrecarga, violência e servidão voluntária. Com base na discussão
dos resultados, são propostos os conceitos de estratégias perversas da
organização do trabalho e zelo perverso. O estudo possibilitou a caracterização
da organização do trabalho, sentimentos, estratégias defensivas e a configuração
da dinâmica da transformação dessas estratégias em patologias sociais. A
compreensão dessas patologias sociais é recente e está em fase de desenvolvimento.
Isso acentua os desafios deste trabalho na tentativa de contribuir para
a elaboração e amadurecimento desses conceitos.
__________________________________________________________________________________ABSTRACT | pt_BR |
dc.description.abstract | This research investigated the influence of work organization in experiencing
sufferings, mediation strategies and the social pathologies of work overload, violence
and voluntary servitude in bank workers and political amnestied workers
from a public communication company. The theoretical reference is the psychodynamic
of work and the psychosocial approach. We intend to characterize the
work organization, identify the feelings and the defensive strategies used, and
characterize the dynamic of the transformation of defensive strategies into the
social pathologies of work overload, violence and voluntary servitude. The
methodology used open and semi-organized interviews with four volunteer
workers from each professional category, making up eight participants. Individual
interviews were made with bank workers and a group interview with the political
amnestied ones. The political amnestied workers reported the experiences
they had in the 80s when the communication company they worked for was then
“run” by the military with a management style seen by them as bureaucratic and
authoritarian, but one which already had modern capitalistic characteristics as
outsourcing. In that decade, the political amnestied workers were discriminated
and fired. These workers were hired back afterward and compensated by legal
means. The reports from the bank workers mentioned the experiences they’ve
had in the last five years. The company they belong to is in a competitive market
which has been influenced by a series of productive reorganizations, especially
from 1980 on. The interviews were taped and sent to analysis of theme content.
The results showed that the work organization for both groups was in general
characterized by: pressure to achieve goals, work overload, workers’ segregation,
humiliation, discrimination and psychological violence. These situations
brought about feelings that showed intense suffering, mediated by defensive
strategies which tended to be collective for political amnestied workers and individual
for bank workers. However, due to intense experiences of suffering, the
strategies used in both groups started to wear off. This process resulted in psychosomatic
illnesses and illnesses caused by working conditions. The ones
caused by working conditions are identified as social pathologies of overload,
violence and voluntary servitude. Based on the discussion of the results, concepts
of perverse strategies of work organization and perverse zeal are proposed.
The study made the characterization of work organization possible as
well as feelings, defensive strategies and the configuration of the dynamic of the
transformation of these ideas into social pathologies. The understanding of
these social pathologies is recent and under a development process. It emphasizes
the challenges of this work in the attempt of contributing to the formulation
and maturation of these concepts. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Trabalho, sofrimento e patologias sociais : estudo com trabalhadores bancários e anistiados políticos de uma empresa pública | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicodinâmica do trabalho | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sobrecarga de trabalho | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ambiente de trabalho | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicologia organizacional | pt_BR |
dc.subject.keyword | Assédio moral | pt_BR |
dc.location.country | BRA | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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