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Título: Efeito antioxidante do tucum-do-cerrado [Bactris setosa] em ratos submetidos ao etresse oxidativo induzido por ferro
Autor(es): Fustinoni, Adriana Medeiros
Orientador(es): Siqueira, Egle Machado de Almeida
Assunto: Palmeira
Cerrados
Antioxidantes
Plantas - compostos bioativos
Ferro - metabolismo
Data de publicação: 13-Fev-2014
Referência: FUSTINONI, Adriana Medeiros. Efeito antioxidante do tucum-do-cerrado [Bactris setosa] em ratos submetidos ao etresse oxidativo induzido por ferro. 2013. 132 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)–Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Resumo: O bioma Cerrado ocupa grande área do território brasileiro, sendo caracterizado por fatores abióticos extremos, como longos períodos de estiagem, queimadas ocasionais e solos ácidos com presença de metais pesados, os quais o transformaram em um dos mais ricos biomas de savana do mundo, em termos de biodiversidade. Partindo da hipótese que esses fatores abióticos adversos selecionaram espécies resistentes ao estresse, com moléculas bioativas capazes de proteger tais espécies, realizamos um estudo in vitro que objetivou verificar a atividade antioxidante (AA) de partes comestíveis de doze espécies nativas do Cerrado, araticum (Annona crassiflora), baru (Dipteryx alata), cagaita (Eugenia dysenterica), ingá (Inga laurina), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), jenipapo (Genipa americana), jurubeba (Solanuma paniculatum), lobeira (Solanum lycocarpum), mangaba (Hancornia speciosa), tucum-do-cerrado (Bactris setosa); cajuzinho-docerrado (Anacardium humile) e o palmito da guariroba (Syagrus oleracea), em relação à AA da maçã vermelha (Malus domestica), utilizando o ensaio com o radical DPPH•. Entre as doze espécies analisadas, a lobeira, araticum, jurubeba, cagaita, cajuzinho e tucum apresentaram alta AA em relação à maçã. Com objetivo de verificar a AA in vivo do tucum, ratos Wistar (200g), machos, foram tratados por 30 dias com dieta para roedores (AIN-93G), suplementada ou não com ferro (agente estressor), adicionada ou não com 15% de tucum (polpa e casca). Como marcadores do estado em ferro, determinou-se os níveis de ferro sérico, nos tecidos e os níveis dos transcritos das proteínas hepcidina, ferroportina, transportador de metais bivalentes (DMT1). Os níveis teciduais de malondialdeído (MDA), proteína carbonilada, capacidade redutora de ferro no plasma (FRAP) e níveis de transcrito da catalase e do fator nuclear (erythroid-derived-2) like 2 (Nrf2), foram avaliados para determinação do estado oxidativo dos ratos. A suplementação com ferro resultou no aumento significativo dos níveis de ferro no soro, fígado, baço e intestino, no aumento da saturação de transferrina, nos níveis hepáticos de MDA e de transcritos de hepcidina, porém, reduziu os níveis de transcritos da ferroportina no baço. A suplementação com ferro resultou ainda, no aumento da atividade das enzimas Catalase (CAT) e Glutationa S-Transferase (GST) no rim, e da Glutationa Peroxidase (GPx) no intestino, além de aumentar os níveis de transcrito de Nrf2 no intestino e baço. O consumo de tucum reduziu os níveis de transcrito de hepcidina hepática e de ferro intestinal. Além disso, reduziu os níveis de danos oxidativos a proteínas e lipídeos no baço, e aumentou a capacidade redutora de ferro no plasma. O consumo de tucum pelos ratos suplementados com ferro suprimiu a indução da expressão do gene da Nrf2 no baço, o aumento das atividades das enzimas CAT, GST e GPx e a indução do gene da hepcidina induzidos pela suplementaçao com ferro. Além disso, o consumo de tucum aumentou a capacidade redutora no plasma dos ratos suplementados com ferro. Esses resultados sugerem que o tucum tenha compostos antioxidantes e que seu consumo protege os tecidos contra danos oxidativos, aumentando a mobilidade de ferro tecidual, pela inibição da expressão gênica da hepcidina. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
The Cerrado occupies large area of Brazil, characterized by extreme abiotic factors, such as long periods of drought, occasional fires and soils with heavy metals, which have transformed it into one of the richest savanna biomes of the world, in terms of biodiversity. Assuming that these adverse abiotic factors selected stress-resistant species with bioactive molecules that protect these species, we conducted an in vitro study that aimed to determine the antioxidant activity (AA) of edible parts of twelve species native from Cerrado, araticum (Annona crassiflora), baru (Dipteryx alata), cagaita (Eugenia dysenterica), Inga (Inga laurina), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), jenipapo (Genipa americana), jurubeba (Solanuma paniculatum), lobeira (Solanum lycocarpum), mangaba (Hancornia speciosa), tucum-do-cerrado (Bactris setosa); cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile) and the guariroba palm (Syagrus oleracea), in relation to the AA of red apple (Malus domestica), using the DPPH•. Among the twelve species studied, the lobeira, araticum, jurubeba, cagaita, cajuzinho and tucum showed high AA compared to apple. Aiming to evaluate the AA tucum in vivo, male Wistar rats (200g), were treated for 30 days with food for rodents (AIN-93G), supplemented or not with iron (stressor), added or not with 15 % of tucum (pulp and peel). As iron status markers, were determined the levels of serum iron and tissue levels of transcripts of protein hepcidin, ferroportin, divalent metal transporter (DMT1). The level of malondialdehyde (MDA) and carbonyl protein in tissues, iron reduction capacity in plasma (FRAP) and transcript levels of catalase and nuclear factor (erythroidderived- 2) like 2 (Nrf2), were measured to determine the oxidative state of rats. Iron supplementation resulted in a significant increase in the iron levels in serum, liver, spleen and intestine, increase transferrin saturation, hepatic levels of MDA and hepcidin transcripts, but reduced the levels of transcripts ferroportin in spleen. Iron supplementation also resulted in increased activity of the enzymes Catalase (CAT) and Glutathione S-transferase (GST) in the kidney, and Glutathione Peroxidase (GPx) in the intestine, in addition to increasing levels of Nrf2 transcript in the intestine and spleen. The consumption of tucum reduced transcript levels of liver hepcidin and intestinal iron. Furthermore, reduced levels of oxidative damage in lipids and proteins in the spleen, and increased capacity reduction of plasma iron. Tucum consumption by rats supplemented with iron, suppressed the induction of Nrf2 gene expression in spleen, increased activity of the CAT, GST and GPx enzymes, and the induction hepcidin gene induced by iron supplementation. Moreover, consumption of tucum increased ferric reducing ability in the plasma mice of iron supplemented. These results suggest that the tucum has antioxidant compounds and its consumption protects tissues against oxidative damage, increasing mobility of iron tissue by inhibiting the expression of hepcidin gene.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Departamento de Nutrição (FS NUT)
Informações adicionais: Tese (doutorado)–Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Programa de Pós-graduação em Nutrição Humana, 2013.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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