Quality of human life and non-existence : (some criticisms of David Benatar’s formal and material positions)

Abstract

Em seu livro Better never to Have Been (Oxford, 2006), David Benatar tenta mostrar que vir à existência constitui sempre um sério prejuízo. Com o objetivo de provar sua tese ele desenvolve duas linhas de argumento, uma formal, outra material. No presente trabalho tento mostrar que: (1) Existe um problema lógico na argumentação formal que afeta a correção da suposta “assimetria” entre ausência de prazer e ausência de dor, que constitui o cerne desta linha de argumentação; (2) Embora o argumento material seja basicamente correto, o mesmo se ressente das limitações da abordagem teórica adotada, de caráter empirista e utilitarista; (3) Discuto brevemente a alegada independência entre as linhas formal e material, tentando mostrar que a linha formal depende da material. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT

In his book, Better Never to Have Been (Oxford, 2006), David Benatar attempts to show that coming into existence is always a serious harm. In order to prove his point, he develops two lines of argument, one formal, another material. In this paper I intend to show that: (1) There is a logical problem in the formal argumentation that affects the soundness of the supposed “asymmetry” between the absence of pleasure and the absence of pain, which constitutes the core of this line of argumentation. (2) Although the material argument is basically correct, I maintain that it suffers from the limitations of the theoretical approach adopted, of empiricist and Utilitarian type. (3) I discuss briefly the alleged “independence” of the two lines of argument trying to show that the formal line depends on the material one. ______________________________________________________________________________________ RESUMEN

En su libro Better Never to Have Been (Oxford, 2006), David Benatar trata de demostrar que venir a la existencia constituye siempre un serio perjuicio. Para probar esta tesis, él desarrolla dos líneas de argumento, una formal y otra material. En el presente artículo, trato de mostrar que: (1) Existe un problema lógico en la argumentación formal, que afecta la corrección de la supuesta “asimetría” entre la ausencia de placer y la ausencia de dolor, que constituye el núcleo de esta línea de argumentación; (2) Aunque la línea material de argumento es básicamente correcta, trato de mostrar que la misma resulta perjudicada por el abordaje adoptado, de tipo empirista y utilitarista; (3) Finalmente, discuto brevemente la pretendida independencia de las dos líneas de argumento, mostrando que la línea formal depende de la material.