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Título: | A globalização popular e o sistema mundial não hegemônico |
Outros títulos: | Economic globalization from below the nonhegemonic world system La mondialisation populaire et le système mondial non hègémonique |
Autor(es): | Ribeiro, Gustavo Lins |
Assunto: | Pirataria (Direitos autorais) Falsificação Contrabando |
Data de publicação: | Out-2010 |
Editora: | ANPOCS |
Referência: | RIBEIRO, Gustavo Lins. A globalização popular e o sistema mundial não hegemônico. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 25, n. 74, p. 21-38, out. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 69092010000300002&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em: 22 maio 2014. |
Resumo: | Existe uma globalização econômica nãohegemônica formada por mercados populares
e fluxos de comércio animados,
em grande medida, por gente do povo e
não por representantes das elites. Essas
atividades são consideradas ilegais, “contrabando”,
e as mercadorias, produtos piratas.
Tais redes comerciais são ilegítimas
do ponto de vista dos poderosos, que as
combatem em nome da legalidade. Este
artigo discute o que é legal/ilegal, lícito/
ilícito, lançando mão da noção de (i)lícito
para dar conta das ambivalências e
das contradições neste domínio. Cunho a
noção de sistema mundial não-hegemônico,
analiticamente dividido em duas
esferas interconectadas: o “crime organizado
global” e a “globalização popular”. Por
fim, faço considerações sobre as razões da
existência da globalização popular e a formação
do preço de suas mercadorias. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT There is an economic non-hegemonic globalization made up of street markets and trading flows that are animated by actors of the lower classes and not by the elites. These activities are considered as illegal, as “smuggling.” The commodities traded are often classified as piracy. In consequence, the trading networks are seen by the powerful as illegitimate and are confronted with repression in the name of legality. I thus debate what is legal/illegal, licit/illicit and make use of the notion of the (il)licit to tackle with the ambivalences and contradictions of this domain. I offer the notion of some non-hegemonic world system, analytically divided into two interconnected spheres: the “global organized crime” and the economic globalization from below. Lastly, I make some considerations on why economic globalization from below exists and how the price of its commodities is made up. _______________________________________________________________________________ RESUMÉ Il existe une mondialisation économique non hégémonique formée par les marchés populaires et les échanges commerciaux animés, en grande partie, par des personnes ordinaires et non par des représentants des élites. Ces activités sont considérées illégales, de la «contrebande», et les marchandises, des contrefaçons. De tels réseaux commerciaux sont illégitimes du point de vue des de ceux qui détiennent le pouvoir, qui les combatent au nom de la légalité. Cet article aborde la question de ce qui est légal/illégal, licite/ illicite, sans considérer la notion de (il) licite pour comprendre les ambivalences et les contradictions dans ce domaine. Je propose la notion de système mondial non hégémonique, analytiquement divisé en deux sphères interconnectés: le “crime mondial organisé” et la “mondialisation populaire”. En conclusion, je présente mes considérations sur les raisons de l’existence de la mondialisation populaire et le prix de ses marchandises. |
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DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092010000300002 |
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