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dc.contributor.authorRibeiro, Gustavo Lins-
dc.date.accessioned2015-02-13T13:30:24Z-
dc.date.available2015-02-13T13:30:24Z-
dc.date.issued2007-
dc.identifier.citationRIBEIRO, Gustavo Lins. Cultural diversity as a global discourse. Série Antropologia, Brasília, v. 412, p.1-35, 2007. Disponível em: <http://www.dan.unb.br/images/doc/Serie412empdf.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2014.en
dc.identifier.urihttp://repositorio.unb.br/handle/10482/17697-
dc.description.abstractNeste trabalho concebo a “diversidade cultural” como um discurso global de elites envolvidas na cooperação internacional e na governança global. Primeiro, discuto as relações entre diversidade e globalização. Depois, exploro a tensão particular/universal para oferecer a noção de cosmopolítica como um tipo diferenciado de discurso global. Cosmopolítica permite ir além da tensão particular/universal. Antes de considerar os limites das pretensões à universalidade de discursos globais contemporâneos como direitos humanos e desenvolvimento, discuto “diversidade cultural” no contexto dos “discursos fraternos globais”. Este exercício serve de ponte para explorar as relações entre diversidade cultural e outro discurso global, o do Patrimônio Cultural da Humanidade. A definição de Patrimônio Cultural da Humanidade depende do que se entenda por “valor universal excepcional”. “Valor universal excepcional” define o quê (na verdade quem) é universal e merece ser parte do patrimônio mundial, isto é, o quê/quem transcende os confins de uma localidade e é capaz de ser admirado por outros em uma economia simbólica global. VUE mostra a força ilocucionária de alguns discursos. Cria reconhecimento em uma época na qual abundam demandas por reconhecimento. As discussões sobre VUE não podem ser reduzidas à luta para controlar uma definição abstrata, sem impacto, de universalidade. Ao contrário, VUE tornou-se uma questão a ser debatida graças à sua força ilocucionária. VUE é um artefato taxonômico e artefatos taxonômicos em geral provocam efeitos de poder que estruturam relações entre distintos atores coletivos. VUE é também um significante flutuante. Como não pode ser definido, sua força ilocucionária torna-se mais importante do que o seu significado. A noção de VUE congrega elites profissionais e políticas, nacionais e transnacionais, ao redor de discursos sobre que símbolos de identidades coletivas são mais legítimos para serem disseminados em fluxos simbólicos nacionais e globais nos quais abundam discursos globais sobre diversidade cultural.en
dc.language.isoPortuguêsen
dc.publisherDepartamento de Antropologia da Universidade de Brasíliaen
dc.rightsAcesso Abertoen
dc.titleDiversidade cultural como discurso globalen
dc.title.alternativeCultural diversity as a global discourseen
dc.typeArtigoen
dc.subject.keywordDiversidade culturalen
dc.subject.keywordGlobalizaçãoen
dc.subject.keywordCosmopolíticaen
dc.subject.keywordValor universal excepcionalen
dc.subject.keywordPatrimônio Cultural da Humanidadeen
dc.rights.licenseAutorização concedida ao Repositório Institucional da Universidade de Brasília (RIUnB) pelo editor, em 22 de dezembro de 2014, com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 3.0, que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que seja citado o autor e licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação desta.en
dc.description.abstract1In this paper I conceive “cultural diversity” as a global discourse of elites engaged in international cooperation and global governance. I first discuss the relationships between diversity and globalization. Then I explore the universal/particular tension to offer the notion of cosmopolitics as a distinct kind of global discourse. Cosmopolitics allows me to go beyond the particular/universal tension. Before considering the limits of the claims to universality of major contemporary global discourses (human rights and development) I discuss “cultural diversity” in the framework of “global fraternal discourses”. This exercise is a bridge to explore the relationships between cultural diversity and another global discourse, that of World Heritage. The definition of World Heritage revolves around what is understood by “outstanding universal value.” “Outstanding universal value” defines what (in reality, who) is universal and deserves to be part of the world heritage, i.e., what/who transcends the confinement of locality and is capable of being admired by others in a global symbolic economy. OUV shows how some discourses have illocutionary force. It creates recognition in a time when claims for recognition abound. In this sense, the discussions about OUV cannot be reduced to a struggle to control an abstract, unimpacting definition of universality. Rather, OUV has become an issue due to its illocutionary force. OUV is a taxonomic device and taxonomic devices often have power effects that structure relationships among different collective actors. OUV is also a floating signifier. Since it cannot be defined, its illocutionary force becomes more important than its meaning. The notion of OUV congregates national and transnational professional and political elites around discourses on what are the most legitimate collective identity symbols to be disseminated on global and national symbolic flows in which global discourses on cultural diversity abound.-
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