Título: | A cisão intransitiva em línguas da família tupí-guaraní |
Autor(es): | Mattos, Ana Cristina Rodrigues de |
Orientador(es): | Magalhães, Marina Maria Silva |
Coorientador(es): | Queixalós, Francesc |
Assunto: | Língua tupi-guarani |
Data de publicação: | 19-Mai-2015 |
Data de defesa: | 6-Fev-2015 |
Referência: | MATTOS, Ana Cristina Rodrigues de. A cisão intransitiva em línguas da família tupí-guaraní. 2015. x, 112 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015. |
Resumo: | Os verbos intransitivos têm recebido atenção dos estudos linguísticos desde o início do Século XX, em razão de diferenciarem, em algum aspecto da morfologia ou da sintaxe de muitas línguas, subclasses com comportamentos distintos. A esse fenômeno se dá o nome genérico de Cisão Intransitiva (CI). O objetivo mais comum das pesquisas nessa área é descobrir se a CI é determinada por parâmetros semânticos, sintáticos, ou se as cisões são arbitrárias. Nas línguas Tupí-Guaraní (TG), as questões sobre a CI ganham tons ainda mais divergentes, uma vez que não há unanimidade entre os pesquisadores em reconhecer a existência de duas subclasses intransitivas, uma composta por verbos ativos, outra por estativos, pois alguns pesquisadores consideram as palavras com semantismo adjetivo como verbos e outros como nomes. Esta dissertação tem por objetivo analisar a CI em algumas línguas do conjunto conhecido como Família Tupí-Guananí (FTG), e suas possíveis motivações, se sintáticas ou semânticas. Serão aqui investigados o Tapirapé, o Guajá, o Emerillón e o Guaraní. No capítulo 1 será feita uma retrospectiva dos estudos sobre a Cisão Intransitiva, suas manifestações e motivações e serão abordadas questões relevantes sobre as palavras que denotam estados em línguas que não possuem classe formal de adjetivo. O Capítulo 2 apresenta aspectos histórico-geográficos e tópicos básicos da morfossintaxe TG essenciais à compreensão deste trabalho. O Capítulo 3 apresenta como os especialistas em cada língua analisam a classe dos estados e o que os dados disponíveis em seus trabalhos nos mostram sobre a proximidade dessas palavras à classe dos nomes ou dos verbos. O capítulo 4 apresenta nossas conclusões sobre o funcionamento dos verbos intransitivos nas línguas analisadas e discute se o comportamento diferenciado entre as duas subclasses intransitivas constitui de fato uma cisão ou se é um tipo específico de alinhamento. |
Abstract: | Intransitive verbs have been receiving a lot of attention from linguistic research over the past one hundred years, as they frequently show a differentiated behaviour in some part of the morphology or the syntax of many languages, allowing the acknowledgement of distinct intransitive subclasses. This phenomenon is generically known by the name of Split Intransitivity. The main goal of these studies is to discover if the so-called “splits” are driven by semantics or syntax – or if they are arbitrary. In Tupí-Guaraní languages, the issue seems to be even more complex, as the researchers specialized in these languages do not agree on the existence of two subclasses of intransitive verbs, one grouping active verbs and another with stative verbs, as some linguists analyse the words with adjectival meaning as nouns. The main objective of this dissertation it to provide a definition on the type of Split Intransitivity shown in four languages of the Tupí-Guarany stock and withdraw some of its possible motivations, if semantic or syntactic. Languages to be analysed are Tapirapé, Guajá, Emerillón and Guaraní. Chapter 1 is a retrospect of studies on split intransitivity, outlining how languages show the splits and some its possible motivations, as well as introductory remarks on how to approach words with adjectival meaning in languages that do not formalize adjective classes. Chapter 2 brings some historical and geographical information on the TG stock and basic TG morphosyntax considered essential to the understanding or this work. Chapter 3 presents the languages as described by their specialists and what their data and glosses indicate to us on the classification of words with adjectival meaning, if they are closer to nouns or to verbs. Chapter 4 brings our conclusions about the class of the intransitive verbs in the languages examined and discusses if the patterns of differentiation between intransitive subclasses are better analysed as a “split” or if it would be more appropriate to consider it as a specific type of alignment. |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2015.02.D.18204 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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