Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/1860
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2006_Caroline Pedroso de Azevedo.pdf611,36 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Epidemiologia e controle da antracnose em Capsicum spp. e identificação de Colletotrichum spp. associados às solanáceas cultivadas
Autor(es): Azevedo, Caroline Pedroso de
Orientador(es): Café Filho, Adalberto Corrêa
Assunto: Antracnose
Pragas agrícolas
Fitopatologia
Data de publicação: 2006
Referência: AZEVEDO, Caroline Pedroso de. Epidemiologia e controle da antracnose em Capsicum spp. e identificação de Colletotrichum spp. associados às solanáceas cultivadas. 2006. 102 f., il. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
Resumo: A importância econômica de pimentões e pimentas do gênero Capsicum (Solanaceae), vem crescendo no Brasil e em diversos países, com aumento do consumo in natura ou pelo processamento de molhos, temperos e conservas de pimentas. Apesar dos avanços tecnológicos no sistema de produção, as doenças, como a antracnose, causada por Colletotrichum spp ainda representam um sério entrave à produtividade do pimentão, tanto em campo quanto em casa-de-vegetação. Dado ao crescimento da importância da antracnose em solanáceas e aos poucos relatos sobre medidas alternativas de controle voltadas para esse patossistema, este trabalho objetivou identificar isolados de Colletotrichum de Solanaceae cultivadas (no capítulo 1), avaliar o efeito do estádio fisiológico na resistência genética de frutos de diferentes espécies de Capsicum à doença (capítulo 2) e, por fim, avaliar medidas alternativas de controle através de testes da interação de controle químico e coberturas, além de manejo da adubação nitrogenada (capítulo 3). A antracnose em Capsicum pode ser causada por várias espécies de fungos do gênero Colletotrichum mas, no Brasil, a maioria dos relatos identificam Colletotrichum gloeosporioides como o principal agente causal da doença, com raros registros das demais espécies. No capítulo 1, vinte e dois isolados de Colletotrichum sp. foram estudados quanto ao crescimento micelial, coloração de colônias e morfometria e morfologia de conídios, e agressividade a frutos e plântula de Capsicum e outras solanáceas. Todos os cinco isolados de pimenta foram classificados como C. gloeosporioides, assim como a maioria dos de pimentão e um isolado de jiló. Os demais isolados foram identificados como C. acutatum. C. acutatum foi a espécie predominante entre os isolados de jiló. Os isolados mais agressivos em frutos de jiló foram aqueles originalmente isolados de frutos desta mesma espécie. Em geral, estes isolados foram também patogênicos ao pimentão. Os isolados que causaram maiores lesões em pimentão foram os isolados de pimenta e pimentão, e estes geralmente não foram capazes de causar lesões em fruto s de jiló.Os isolados mais agressivos aos frutos de jiló são da espécie C. acutatum, enquanto que os isolados mais agressivos ao pimentão são da espécie de C. gloeosporioides. A grande maioria dos isolados não foi capaz de causar sintomas em plântulas. Os resultados dos testes em plântulas foram insuficientes para diferenciar a agressividade ou a especificidade dos isolados. No capítulo 2, avaliou-se a reação de frutos verdes e maduros à inoculação com diferentes espécies de Colletotrichum em 11 genótipos de Capsicum (frutos pertencentes às espécies Capsicum annuum, C. baccatum e C. chinense). Frutos verdes de C.annuum se mostraram consistentemente mais suscetíveis que frutos maduros contra todos os isolados testados. A mesma resposta foi observada em C. baccatum e C. chinense quando inoculados com isolados de C. gloeosporioides. Entretanto, para inoculações com C. acutatum, as maiores lesões ocorreram em frutos maduros. Todas as três espécies de Capsicum testadas apresentaram diversidade quanto a suscetibilidade à Colletotrichum spp., variando de materiais extremamente suscetíveis até com bom nível de resistência, mostrando que o germoplasma desse gênero tem fontes de resistência promissoras para o melhoramento para resistência à antracnose. Os efeitos do controle químico, coberturas e adubação nitrogenada no progresso de antracnose do pimentão foram estudados no capítulo 3, em duas séries de experimentos instalados em condições de campo. Os experimentos foram realizados com o híbrido “Maximos F1” no inverno (março a julho)e no verão (setembro a dezembro). Os tratamentos de controle químico foram Fosfato bipotássico (K2HPO4) e Clorotalonil e os tratamentos de cobertura do solo foram cobertura plástica e orgânica (palhada de Andropogon sp.), totalizando quatro tratamentos, em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram testados os níveis 0 Kg/ha, 50 Kg/ha , 150 Kg/ha e 450 Kg/ha de N, aplicados na forma de uréia (45-46 % N), em blocos ao acaso com quatro repetições. O trabalho demonstrou que a severidade de antracnose de pimentão é influenciada pela época de plantio, cobertura do solo e pelos químicos adotados. A severidade da antracnose foi muito maior no plantio de verão que no de inverno, nas parcelas pulverizadas com K2HPO4 do que nas com Clorotalonil e com cobertura plástica do que com cobertura orgânica. No plantio de inverno, o efeito da cobertura orgânica foi melhor evidenciado sob K2HPO4, com menores taxas de progresso da doença em comparação com a cobertura plástica, enquanto as taxas de progresso foram uniformemente baixas com uso de Clorotalonil, independentemente do tipo de cobertura. Já no plantio de verão, o efeito da cobertura orgânica foi melhor evidenciado sob Clorotalonil, com menores taxas de progresso com cobertura orgânica, enquanto nas parcelas pulverizadas com K2HPO4 as taxas de progresso foram uniformemente altas, independentemente da cobertura usada. No plantio de verão, nenhum tratamento resultou em controle satisfatório da doença. A maior dosagem de nitrogênio (450 Kg/ha), resultou em maiores severidades de antracnose, tanto no inverno quanto no verão. As demais dosagens(0 a 150 Kg/ha) mostraram valores muito próximos de severidade. _____________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Although pepper and sweet-pepper anthracnose may be caused by several Colletotrichum species, most domestic (Brazilian) reports identify Colletotrichum gloeosporioide the main causal agent, with rare records of other species. Twenty-two Colletotrichum isolates were studied as to their mycelial growth, colony coloration and conidial morphology and morphometrics, as well as to their aggressiveness to Capsicum fruits and plantlets. All five pepper isolates belonged to the C. gloeosporioides taxon, as well as the majority of sweet-pepper isolates and one S. gilo isolate. Most of the remaining isolates were identified as C. acutatum. C. acutatum was the predominant species among S. gilo isolates. The most aggressive isolates on S. gilo fruits were the ones that were originally isolated from this same species, and they were generally pathogenic to sweetpepper as well. In agreement, most aggressive isolates to sweet-pepper were obtained from pepper and sweet-pepper, but these were not capable of inducing symptoms on S. gilo fruits. The most aggressive isolates to S. gilo fruits belong to C. acutatum, while most aggressive isolates to sweet-pepper belong to C. gloeosporioides. Almost none of the isolates was able to induce symptoms on plantlets. The results from plantlet inoculation were insufficient to differentiate among isolates according to their host specificity or aggressiveness. This work studied the reaction of green and mature fruits to inoculation with different Colletotrichum spp. isolates onto 11 Capsicum genotypes (fruits of the species Capsicum annuum, C. baccatum e C. chinense). Green fruits of C. annuum were consistently more susceptible than mature fruit, irrespective of the isolate tested. When inoculated with the C. gloeosporioides isolates, C. baccatum and C. chinense fruits responded the same way. However, when these Capsicum species were inoculated with the C. acutatum isolate, larger lesions were verified in mature fruit. All three Capsicum species presented genetic variability as to susceptibility to Colletotrichum spp., from extremely susceptible to resistant, demo nstrating that the genus includes promising sources for breeding for anthracnose resistance. The effects of chemical control, soil mulch and nitrogen fertilization on the progress of sweet-pepper anthracnose were studied in two series of field experiments. Experiments were conducted in the winter (March to July) and summer (September to December) seasons, with sweet-pepper hibrid “Maximos F1”. Chemical treatments were Potassium phosphate dibasic (K2HPO4) and Chlorotalonil, and soil mulch treatments were plastic mulch and organic (Andropogon sp.) mulch, in a total of four treatment-combinations, in a randomized complete block design (RCBD), replicated four times. In separate experiments, the effect of four levels of nitrogen fertilization (0 Kg/ha, 50 Kg/ha , 150 Kg/ha and 450 Kg/ha de N) were tested in the winter and summer seasons. Nitrogen was applied in the form of urea (45-46 % N) and the experiments followed a RCBD, with four replicates. Results showed that severity of sweet-pepper anthracnose is affected by planting season, soil mulch and chemical control. Disease severity was much larger in the summer than in the winter season, larger with K2HPO4 than Chlorotalonil, and also larger with plastic mulch than organic mulch. In the winter season, the effect of the organic mulch was better noted under K2HPO4, while disease progress rates were uniformly low with Chlorotalonil, irrespective of mulch type. On the other hand, on the summer season, the effect of organic mulch was better noted under Chlorotalonil, while disease progress rates were uniformly high with K2HPO4, irrespective of soil cover type. In the summer, however, no treatmentcombination gave sufficient disease control. The highest nitrogen dose (450 Kg/ha) resulted in significantly larger disease severities in both seasons, while a differ among the remaining doses from 0 to 150 Kg/ha.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Departamento de Fitopatologia (IB FIT)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2006.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.