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Título: Mulheres trabalhadoras rurais e violências por parceiros íntimos
Outros títulos: Rural women workers and violence by intimate partners
Autor(es): Griboski, Rejane Antonello
Orientador(es): Guilhem, Dirce Bellezi
Coorientador(es): Moura, Leides Barroso Azevedo
Assunto: Mulheres
Violência contra as mulheres
Maus-tratos - violência conjugal
População rural
Política pública
Atenção primária à saúde
Data de publicação: 16-Dez-2015
Referência: GRIBOSKI, Rejane Antonello. Mulheres trabalhadoras rurais e violências por parceiros íntimos. 2015. 163 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) — Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Introdução: A violência por parceiro íntimo ocorre independentemente da idade, grau de instrução, classe social, cor, raça/etnia e orientação sexual, considerada um problema de saúde pública. Objetivos: identificar os significados e a ocorrência de violências perpetradas por parceiros íntimos em mulheres trabalhadoras rurais; descrever o perfil sociodemográfico e a ocorrência de violências perpetradas por parceiros íntimos em trabalhadoras e líderes rurais; estimar a prevalência e a frequência da ocorrência de VPI; analisar os discursos atribuídos aos significados das VPI. Método: estudo transversal, descritivo, exploratório e abordagem mista. Coleta de dados: 2011/2012 em três etapas: I – levantamento bibliográfico; II – 795 trabalhadoras rurais participantes da 4ª Marcha das Margaridas e respondentes na Técnica de Urna; III-1 – 232 líderes rurais; III-2 – 7 líderes respondentes a entrevistas semiestruturadas. Dados analisados no SPSS, Intervalo de Confiança 95%, Razão de Prevalência, Análise Fatorial e o Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: 42%, das trabalhadoras rurais e líderes rurais informaram ter sofrido VPI; 86% das trabalhadoras e 38% das líderes rurais apontaram a violência psicológica mais prevalente seguida da violência física e da sexual; 48% das líderes declararam a violência sexual muito frequente e 67% das trabalhadoras rurais apontaram a violência psicológica, também, muito frequente. A RP mostrou-se significativa nas categorias: escolaridade; procedência, idade, pessoa de referência. O risco de sofrer violência é maior nestas categorias. A conjugalidade – encontrou-se significância na RP nas categorias “vivem” ou “já viveu em união”; o risco de sofrer uma violência é menor para quem nunca viveu em união. Nas líderes rurais a RP encontrou significância nas categorias: procedência, idade e conjugalidade, sendo que as outras categorias não apresentaram significância. Na análise fatorial, para mulheres que sofreram violência foi calculado um grau de exposição que variou de 0 a 9. Observou-se que as médias foram muito baixas, isto é, muitas mulheres não sofreram, ou não declararam que sofreram algum tipo de violência. O desvio padrão é alto (valores próximos ou igual a nota máxima), o que demonstra que existem mulheres que sofreram todos os tipos de violência em uma frequência alta. Em média as mulheres vivenciam pelo menos um tipo de violência com uma baixa frequência ao longo de sua vida. 48% buscaram informações em serviços públicos de saúde. Cerca de 30% das líderes conheciam a Lei Maria da Penha; e mais da metade não sabiam especificar as medidas protetivas disponíveis na lei. Nas narrativas as líderes rurais identificaram episódios de violências; buscam auxilio quando sofrem violências; respondem à violência por meio de atos violentos; sentem-se limitadas para verbalizar acontecimentos; relatam dificuldades impostas pela distância, ausência ou inadequação de serviços de atendimento, como delegacias, hospitais e profissionais capacitados para seu atendimento. Conclusão: A ocorrência de violências por parceiro íntimo foi confirmada pelas mulheres trabalhadoras rurais e pelas lideranças rurais. Elas estão se organizando para o enfrentamento das violências. Espera-se que este material contextualizado possa servir como fonte de informações e contribuição à novas pesquisas de enfermagem e no desenvolvimento de estratégias, articulação de redes de atenção às vítimas de VPI nas territorialidades rurais.
Abstract: Introduction: intimate partner violence (IPV) occurs regardless of age, level of education, social class, color, race/ethnicity and sexual orientation, considered a public health problem. Objectives: To identify the meanings and the occurrence of violence perpetrated by intimate partners in rural women workers; describe the sociodemographic profile and the occurrence of violence perpetrated by intimate partners in working and rural leaders; estimate the prevalence and the frequency of occurrence of IPV; analyze the speeches attributed to the meanings of IPV. Method: cross-sectional, descriptive, exploratory and mixed approach. Data collection: 2011/2012 in three stages: I - literature; II - 795 rural women workers who participated of the 4th. Marcha das Margaridas and respondents in Urn Technique; III-1 - 232 rural leaders; III-2- 7 respondent leaders to semi-structured interviews. Analyzed data in SPSS, Confidence Interval 95%, Prevalence Ratio, Factor Analysis and the Collective Subject Discourse. Results: 42% of rural workers and rural leaders reported having experienced IPV; 86% of workers and 38% of rural leaders showed psychological violence as the most prevalent, followed by physical violence and sexual; 48% of leaders have declared very frequent sexual violence and 67% of rural workers pointed to psychological violence is also very common. The Prevalence ratio (PR) was significant in the categories: education; origin, age, reference person. The risk of violence is greater in these categories. The conjugality – it was met significance in PR in the categories “living” or ”already lived in union”; the risk of violence is lower for those who have never lived in union. In rural leaders, the PR found significance in the categories: origin, age and conjugality, and other categories were not significant. In factor analysis, for women who have experienced violence was a calculated degree of exposure ranging from 0 to 9. It was observed that the averages were very low, that is, many women did not suffer, or have disclosed that suffered some kind of violence. The standard deviation is high (values close or equal to the maximum grade), which shows that there are women who have suffered all kinds of violence at a high frequency. On average, women experience at least one type of violence with a low frequency throughout his life. 48% sought information on public health services. About 30% of leaders knew the Maria da Penha Law; and more than half were unaware of specify the protective measures available in the law. In narratives, rural leaders identified episodes of violence; seek assistance when they suffer violence; respond to violence with violence; feel limited to voice events; report difficulties imposed by distance, lack or inadequacy of care services such as police stations, hospitals and trained professionals for their care. Conclusion: The occurrence of violence by intimate partners was confirmed by rural working women and the rural leaders. They are organizing to confront the violence. It is hoped that this contextualized material can serve as a source of information and contribution to new research in nursing and development of strategies, articulation of care networks for victims of IPV in rural territorialities.
Resumen: Introducción: La violencia en la pareja (VP) se produce independientemente de la edad, nivel de educación, la clase social, el color, la raza/etnia y orientación sexual, considerada un problema de salud pública. Objetivos: identificar los significados y la aparición de la violencia perpetrada por la pareja en las mujeres trabajadoras rurales; describir el perfil sociodemográfico y la aparición de la violencia perpetrada por la pareja en trabajo y líderes rurales; estimar la prevalencia y la frecuencia de ocurrencia de VP; analizar los discursos atribuidos a los significados de VP. Método: transversal, descriptivo, exploratorio y enfoque mixto. La recolección de datos: 2011/2012 en tres etapas: I - la literatura; II - 795 mujeres trabajadoras rurales participantes en la 4ª Marcha das Margaridas y encuestadas en la Técnica de Urna; III-1 - 232 líderes rurales; III-2 - 7 líderes encuestados a entrevistas semiestructuradas. Los datos analizados en SPSS, Intervalo de Confianza 95%, Relación de Prevalencia, Análisis de los Factores y Discurso del Sujeto Colectivo. Resultados: 42% de las trabajadoras rurales y las líderes rurales reportaron haber experimentado VP; 86% de las trabajadoras y el 38% de las líderes rurales mostraran que la violencia psicológica es más frecuente, seguida de la violencia física y sexual; 48% de las líderes han declarado la violencia sexual muy frecuente y el 67% de las trabajadoras rurales han señalado que la violencia psicológica también es muy común. La Razón de Prevalencia (RP) fue significativa en las categorías: educación; origen, edad, persona de referencia. El riesgo de violencia es mayor en estas categorías. La conjugalidad – se encontró importancia en RP en las categorías “viven” o “ya vivió en unión”; el riesgo de violencia es menor para aquellos que nunca han vivido en unión. En los líderes rurales, a RP encontró importancia en las categorías: origen, edad y estado civil, y otras categorías no fueron significativas. En el análisis factorial, para las mujeres que han sufrido violencia fue calculado un grado de exposición que fue de 0 a 9. Se observó que los promedios fueron muy bajos, es decir, muchas mujeres no sufren o no han revelado que sufrió algún tipo de violencia. La desviación estándar es alta (valores cercana o igual a la calificación máxima), lo que demuestra que hay mujeres que han sufrido todo tipo de violencia a una alta frecuencia. En promedio, las mujeres experimentan al menos un tipo de violencia con una frecuencia baja durante toda su vida. 48% buscaran información sobre los servicios de salud pública. Alrededor del 30% de las líderes conocían la Ley Maria da Penha; y más de la mitad no sabían especificar las medidas de protección disponibles en la ley. En narraciones, las dirigentes rurales identificaran episodios de violencia; buscan ayuda cuando sufren violencia; responden a la violencia con violencia; siéntense limitadas para hablar de los eventos; reportan las dificultades impuestas por la distancia, la falta o insuficiencia de los servicios de atención, tales como estaciones de policía, hospitales y profesionales capacitados para su cuidado. Conclusión: La ocurrencia de la violencia en la pareja fue confirmada por las mujeres trabajadoras rurales y las líderes rurales. Ellos están organizando para enfrentar la violencia. Se espera que este material contextualizado pueda servir como fuente de información y contribución a nuevas investigaciones de enfermería y en el desarrollo de estrategias, articulación de redes de atención a las víctimas de VP en las territorialidades rurales.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2015.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Licença: A concessão da licença desta coleção refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2015.06.T.18934
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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