Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Feitosa, Maria Angela Guimarães | - |
dc.contributor.author | Prestes, Marta Regueira Dias | - |
dc.date.accessioned | 2016-10-24T10:34:35Z | - |
dc.date.available | 2016-10-24T10:34:35Z | - |
dc.date.issued | 2016-10-24 | - |
dc.date.submitted | 2016-07-25 | - |
dc.identifier.citation | PRESTES, Marta Regueira Dias. Dislexia e alteração no processamento auditivo temporal: colocando a alteração perceptual auditiva em seu lugar. 2016. xxi, 219 f. Tese (Doutorado em Ciências do Comportamento) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016. | en |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/21608 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento, 2016. | en |
dc.description.abstract | Alteração no processamento temporal auditivo é um achado comum em disléxicos, no entanto a relação entre essa alteração e a sintomatologia da dislexia não é bem compreendida. Para alguns autores, a alteração perceptual auditiva é a causa da alteração na representação fonológica característica da dislexia. Outros autores refutam essa hipótese afirmando a especificidade do déficit linguístico na dislexia, e sendo assim, ambas as alterações apenas coexistem, sem que haja interferência da alteração perceptual na sintomatologia da dislexia. Existe ainda uma terceira vertente que atribui ao déficit na percepção de fala a causa da dislexia. O objetivo deste estudo foi verificar uma possível influência da alteração perceptual auditiva na sintomatologia da dislexia. Para tanto foram realizados três estudos. O Estudo 1 objetivou examinar a incidência da alteração no processamento temporal auditivo verificada por meio da avaliação das habilidades de ordenação e resolução temporal em uma amostra de 26 estudantes disléxicos com idades entre 9 e 15 anos. Foi constatada uma incidência de 69,23% de alteração no processamento temporal auditivo (PAT) nos disléxicos da amostra. Foram verificados os desempenhos dos disléxicos nas habilidades de leitura, escrita, consciência fonológica e discriminação auditiva de pares mínimos. Os disléxicos foram divididos em dois grupos: com e sem alteração no PAT e comparados em relação às habilidades avaliadas. O subgrupo com alteração no PAT apresentou desempenho inferior na leitura de palavras regulares e maior ocorrência de trocas surdas/sonoras. O Estudo 2 foi realizado com objetivo de verificar as diferenças entre leitores típicos com idades entre 9 e 15 anos (N=17) e dois grupos de disléxicos: com (N=17) e sem trocas surdas/sonoras (S/S) (N=09) nas medidas de leitura, escrita, consciência fonológica, discriminação auditiva de pares mínimos e processamento temporal auditivo e foram analisadas as correlações entre as diferentes medidas. As únicas medidas em que o subgrupo de disléxicos sem trocas S/S não se diferenciou do grupo de leitores típicos foram na ocorrência de trocas surdas/sonoras e no total de erros no ditado. Nas demais medidas, o grupo de leitores típicos apresentou desempenho superior a ambos os subgrupos de disléxicos. Os subgrupos de disléxicos com e sem trocas surdas/sonoras persistentes se diferenciaram na habilidade de resolução temporal auditiva e na consciência fonológica em nível de sílaba. As análises de correlações entre as diferentes variáveis, incluindo todos os disléxicos da amostra, evidenciaram que o desempenho inferior nas habilidades de resolução e ordenação temporal auditiva esteve relacionado com uma maior ocorrência de trocas surdas/sonoras; a maior ocorrência de outros erros e o desempenho inferior na leitura estiveram associados a um desempenho inferior na consciência fonológica e na ordenação temporal auditiva. Nas análises de correlações com os participantes do subgrupo dislexia com trocas surdas/sonoras, o desempenho inferior na leitura e na escrita esteve relacionado a um desempenho inferior na ordenação temporal auditiva e na consciência fonológica. A maior ocorrência de trocas surdas/sonoras esteve relacionada a um desempenho inferior na discriminação auditiva de pares mínimos. Com base na análise de regressão hierárquica foi observado que o desempenho na ordenação temporal auditiva ajudou a explicar o desempenho na leitura, mesmo levando em conta as contribuições da consciência fonológica. O Estudo 3 teve como objetivo verificar possíveis déficits na percepção de fala apresentados pelos disléxicos dos grupos estudados e como estes déficits relacionam-se com a leitura, escrita, consciência fonológica e processamento auditivo temporal. Foi realizado um experimento de identificação de estímulos que se diferenciavam em relação ao tempo de início de sonorização formando o continuum perceptual /bala-pala/. Ambos os grupos de disléxicos (com e sem trocas surdas/sonoras) apresentaram maior inconsistência na classificação dos estímulos de fala em comparação ao grupo de leitores típicos. A diferença apresentada pelo grupo de disléxicos com trocas S/S esteve presente em todas as medidas estudadas, o que não ocorreu no grupo de disléxicos sem trocas. Foram observadas correlações significantes entre a consistência na classificação dos estímulos do continuum e as medidas de leitura, escrita, consciência fonológica e processamento auditivo temporal. Os três estudos forneceram evidências que corroboram a proposição de que a dislexia possui uma base multifatorial, uma vez que os resultados indicaram que tanto a alteração perceptual auditiva, quanto a alteração na consciência fonológica exercem influência na sintomatologia da dislexia. | en |
dc.language.iso | Português | en |
dc.rights | Acesso Aberto | en |
dc.title | Dislexia e alteração no processamento auditivo temporal : colocando a alteração perceptual auditiva em seu lugar | en |
dc.type | Tese | en |
dc.subject.keyword | Dislexia | en |
dc.subject.keyword | Consciência fonológica | en |
dc.subject.keyword | Percepção auditiva | en |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | en |
dc.identifier.doi | http://dx.doi.org/10.26512/2016.07.T.21608 | - |
dc.description.abstract1 | Impairment in auditory temporal processing is a common finding in dyslexics; however the relationship between this deficit and the symptoms of dyslexia is not well understood. For some authors, auditory perceptual disorders is the cause of disorder in the phonological representation characteristic of dyslexia. Other authors refute this hypothesis stating the specificity of the language deficit in dyslexia, and therefore, both disorders only coexist without interference from perceptual impairment in the symptoms of dyslexia. A third theory attributes to the deficit in speech perception the cause of dyslexia. The aim of this study was to investigate a possible influence of auditory perceptual disorder in the symptoms of dyslexia among students ages 9 to 15 years. Tree studies were conducted. Study 1 aimed to examine the role of changes in auditory temporal processing verified by evaluating the temporal ordering and resolution skills in a sample of 26 dyslexic students . An incidence of 69.23% change in auditory temporal processing in dyslexics was found. The performance of dyslexics in reading skills, spelling, phonological awareness and auditory discrimination minimal pairs was assessed . Dyslexics were divided into two groups: with and without auditory processing disorder and compared for the assessed skills. The subgroup with auditory processing disorder showed lower performance in reading regular words and greater occurrence of voiced/voiceless errors. Study 2 was conducted to verify the differences between typical readers (N = 17) and two groups of dyslexics: with (N = 17) and without voiced/voiceless errors (S/S) (N = 9) in reading, writing, phonological awareness, auditory discrimination minimal pairs and auditory temporal processing; correlations between the different measures were analyzed. The only measures that dyslexic subgroup without S/S did not differ from the group of typical readers were in the occurrence of S/S errors and total errors in dictation. In the other measures, the group of typical readers had performance superior to that of both subgroups of dyslexic. Subgroups of dyslexics with and without S/S errors differed in auditory temporal resolution ability and phonological awareness at syllable level. Correlation analyses were performed among the different variables, including all dyslexics. The lower performance in solving abilities and auditory temporal ordering was associated with a higher occurrence of S/S errors. The increased occurrence of other errors and lower performance in reading were associated with a lower performance in phonological awareness and auditory temporal ordering. In the correlation analyses with participants of the dyslexia subgroup with S/S errors, the lower performance in reading and writing was related to a lower performance in auditory temporal ordering and phonological awareness. The highest occurrence of S/S errors was related to a lower performance in auditory discrimination of minimal pairs. Hierarchical regression analysis showed that the reading performance was better explained by the temporal ordering performance than the phonological awareness. Study 3 aimed to identify possible deficits in speech perception presented by dyslexics and how these deficits are related to reading, writing, phonological awareness and auditory temporal processing. A stimulus identification experiment was run for words which differed with respect to the voice onset time in the /bala-pala/ continuum. Both dyslexic groups (with and without S/S errors) showed greater inconsistency in the classification of speech stimuli compared to the group of typical readers. The difference presented by the group of dyslexics with S/S errors was present in all measures studied, which did not occur in the group of dyslexics without S/S errors. Both dyslexic groups did not differ in the different measures. Significant correlations were observed between consistency in the classification of continuum of stimuli and reading, writing, phonological awareness and auditory temporal processing. The study provided evidence supporting that dyslexia has a multifactorial basis, since the results indicated that both auditory perceptual deficits and phonological awareness deficit exerted influence on the symptoms of dyslexia. | - |
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