http://repositorio.unb.br/handle/10482/22118
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2011_ThiagoGehreGalvao.pdf | 25,61 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Parceria relutante : as relações entre Brasil e Venezuela (1810-2010) |
Autor(es): | Galvão, Thiago Gehre |
Orientador(es): | Lessa, Antônio Carlos |
Assunto: | Relações internacionais - Brasil - Venezuela América Latina - história |
Data de publicação: | 9-Jan-2017 |
Data de defesa: | 1-Jul-2011 |
Referência: | GALVÃO, Thiago Gehre. Parceria relutante: as relações entre Brasil e Venezuela (1810-2010). 2011. 579 f., il. Tese (Doutorado em Relações Internacionais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011. |
Resumo: | A partir de 1830, os contatos entre Simón Bolívar e seus sucessores, na Venezuela, e o
Império do Brasil promoveram o gradual entrelaçamento político e diplomático concernente a
acertos fronteiriços e comerciais, o que culminou em um modo de vida bilateral por volta de
1940. A baixa profundidade dos contatos internacionais e as flutuações conjunturais internas,
no Brasil e na Venezuela, colocaram os dois vizinhos em um curso de “ruptura” por volta da
década de 1960. Com o advento da Doutrina Betancourt e a eclosão de uma conjuntura crítica
em 1963, com o caso “Anzoátegui”, o ressentimento adormecido, nas duas sociedades e em
suas chancelarias, aflorou, levando à suspensão das relações diplomáticas em 1964. O
reatamento operado dois anos depois não foi suficiente para afastar o clima de tensão
existente nas negociações comerciais no âmbito da ALALC ou em virtude da presença
cubana na política regional, o que levou Caracas e Rio de Janeiro a triangularem suas
relações com Georgetown, a fim de garantir a paz e a estabilidade no norte da América do
Sul. A partir de 1969, o entendimento alvora no horizonte da vizinhança pela vontade de
desconstruir as rivalidades ainda persistentes na região e pelo florescimento das forças
econômicas. A partir de 1979, duas ondas de adensamento redefiniram e atualizaram os
parâmetros das relações bilaterais e deram consistência à parceria. Quando Hugo Chávez
surgiu no horizonte brasileiro, em 1998, a aproximação definitiva foi ancorada em uma
carteira de projetos infraestruturais e energéticos, amparados por um diálogo de alto nível
entre os mandatários que conformaram, entre 2003 e 2006, uma “aliança estratégica”. Não
obstante, uma conjunção de forças profundas de pulsão e pressão levou a um retraimento
vigilante a partir de 2007 que, ao invés de minar as relações bilaterais, apenas confirmou o
sentido da parceria entre Brasil e Venezuela nas relações internacionais. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT Since 1830, the contacts between Simón Bolívar and his successors with the Empire of Brazil have gradually fostered political and diplomatic intertwining successes concerning border and trade. That process culminated in a “bilateral way of life” by 1940. Brazil-Venezuela's low profile international contacts and internal cyclical fluctuations put the two neighbors into a “course of disruption” around the 1960s. With the advent of the Betancourt Doctrine and the emergence of a critical juncture in 1963, with the 'Anzoategui case', resentment asleep in both foreign ministries emerged, leading to the suspension of diplomatic relations in 1964. The resumption orchestrated two years after was not enough to dispel the atmosphere of tension in ALALC trade negotiations either on behalf of the Cuban presence in regional policy, which led Caracas and Rio de Janeiro to triangulate relations with Georgetown in order to ensure peace and stability in northern South America. In 1969, understanding diminished in the neighborhood. The desire to deconstruct the still persisting rivalries in the region and the flourishing of "economic forces" pushed Brazil and Venezuela to a profound rapprochement. Since 1979, two waves of consolidation redefined some parameters and upgraded the bilateral relations, giving consistency to the partnership. When Hugo Chavez appeared on the Brazilian horizon in 1998, a 'defining approximation' was anchored in a portfolio of energy and infrastructure projects, backed by a high-level dialogue of representatives that formed between 2003 and 2006 a "strategic alliance". Nevertheless, a combination of deep forces of pulsion and pressure led to a 'vigilante retreat' from 2007 that, rather than undermine bilateral relations, confirmed the sense of partnership between Brazil and Venezuela. _______________________________________________________________________________ RESUMEN A partir de 1830, los contactos entre Simón Bolívar y el Imperio del Brasil promovieran la progresiva interrelación entre los países en los ámbitos políticos y diplomáticos sobre la frontera y el comercio, lo que culminó en una peculiar “forma de vida bilateral” en 1940. La poca profundidad de los contactos internacionales y las fluctuaciones cíclicas internas en Brasil y Venezuela han puesto los dos vecinos en un curso de "ruptura" en torno a la década de 1960. Con el advenimiento de la Doctrina Betancourt y la aparición de una coyuntura crítica en 1963, con el caso "Anzoátegui", el resentimiento latente en las sociedades ha emergido a la superficie y llevado a la suspensión de relaciones diplomáticas en 1964. La reanudación promovida dos años después no fue suficiente para disipar el clima de tensión en las negociaciones comerciales en la ALALC, o en razón de la presencia cubana en la política regional, lo que llevó a Caracas y Río de Janeiro a triangular las relaciones con Georgetown para garantizar la paz y la estabilidad en el norte de América del Sur. Desde 1969, el amanecer de la comprensión en el horizonte brasileño-venezolano fue generado por el deseo de apaciguar las rivalidades aún persistentes en la región y por el florecimiento de las "fuerzas económicas". Desde 1979, dos ondas de densificación han redefinido y actualizado los parámetros de las relaciones bilaterales, dando consistencia a la alianza. Cuando Hugo Chávez apareció en el horizonte de Brasil en 1998, la “aproximación definidora” estaba anclada en una cartera de proyectos de energía e infraestructura, y en un diálogo de alto nivel de gobernantes, que han logrado formar entre 2003 y 2006 una "alianza estratégica". Sin embargo, una combinación de fuerzas profundas de pulsión y de presión llevó a un “retiro vigilante” a partir de 2007 que, en lugar de socavar las relaciones bilaterales, confirmó el sentido de la cooperación entre Brasil y Venezuela en las relaciones internacionales. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Relações Internacionais (IREL) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2011. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
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