http://repositorio.unb.br/handle/10482/2298
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2006_Sandro Alves Silveira.pdf | 10,54 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Fotografia e cubos : o fotográfico e o minimalismo |
Autor(es): | Silveira, Sandro Alves |
Orientador(es): | Martinez, Elisa de Souza |
Assunto: | Arte e fotografia Arte minimalista |
Data de publicação: | 2006 |
Data de defesa: | 25-Nov-2009 |
Referência: | SILVEIRA, Sandro Alves. Fotografia e cubos: o fotográfico e o minimalismo. 2006. 226 f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006. |
Resumo: | A maioria das teorias relativas à imagem fotográfica tratou a fotografia
como um objeto de pesquisa convencional. A busca da especificidade do meio
foi tônica dos debates mais importantes. Em 1990, ao lançar uma coletânea
intitulada O fotográfico, a teórica e historiadora da arte Rosalind Krauss
observa que autores como Walter Benjamin e Roland Barthes não produziram
uma teoria sobre a fotografia, mas a partir da fotografia. É desta forma que ela
se propõe a usar a fotografia como um objeto teórico, um filtro a partir do qual é
possível organizar os dados de outro campo. Devido ao caráter semiótico de
signo indicial − o que a localiza com ênfase no campo do imaginário lacaniano
−, a fotografia esquiva-se da condição de objeto de estudo, incidindo
reflexivamente sobre os tratamentos teóricos e históricos que a ela são
dirigidos. Krauss lança mão desta condição da fotografia articulando
aproximações entre o modo operativo da arte de Marcel Duchamp, o índice e a
fotografia, para, em seguida, demonstrar como a arte dos anos 70, em toda a
sua heterogeneidade, encontra, justamente no indicial e no fotográfico, um
princípio unificador. A partir daí, Krauss realiza estudos nos quais a fotografia
funciona como objeto teórico. A partir de seus estudos, e daqueles
subseqüentes de Philippe Dubois, as incidências dos modos operativos da
fotografia são encontradas nas mais diversas tendências da arte moderna e
contemporânea. Um grupo heterogêneo de artistas americanos do início dos
anos setenta, normalmente referidos como minimalistas, produziu objetos que
deveriam ser específicos, fazer referência apenas a si mesmos, sem nenhuma
conotação. Georges Didi-Huberman, em O que vemos, o que nos olha,
argumenta que os objetos minimalistas, especialmente alguns paralelepípedos
e cubos pretos, acabaram por se tornar novos objetos de culto. Com um olhar
mais detido sobre uma obra de Tony Smith, intitulada Die (1962) − uma caixa
preta com as dimensões de 6 x 6 x 6 pés, exatamente a medida do homem
vitruviano de Leonardo Da Vinci −, este autor perscruta a natureza de uma
forma com presença desta obra. Em sua dessemelhança com a forma humana,
em sua tentativa de esquivar-se ao antropomorfismo, Die acaba atuando como
um duplo, um índice da ausência humana suscitada pela contigüidade de suas
dimensões, com a estatura humana, e também pela sua convexidade, sua
condição de continente. A significação indicial − representação por
contigüidade − está presente não apenas neste caso, mas também na
serialidade de grande parte da produção minimalista. Hal Foster, por sua vez,
considera o minimalismo, ao lado da pop art, como um momento crucial da
arte, em que o modernismo alcança seu ápice e, ao mesmo tempo, se esgota,
é superado; ou seja: o minimalismo pode ser visto como um instante decisivo
das artes da modernidade e da modernidade tardia. A fotografia, com aspectos
axiais na significação por contigüidade, assume no presente trabalho esta
condição de objeto teórico, para um olhar sobre as incidências dos modos
operativos do fotográfico sobre estes novos objetos de culto criados pelos
minimalistas. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT Most of the theories related to the photographic image have treated photography as an object of conventional research. The search for the specificity of the media was the tonic of the most important debates. In 1990, releasing a compilation entitled The photographic, the theoretic and historian of the art Rosalind Krauss observes that authors like Walter Benjamin and Roland Barthes did not produce a theory about the photography, but from photography. This is how she proposes to use photography as a theoretic object, a filter from which it is possible to organize the data from another field. Due to the semiotic nature of indicial sign – which places it with emphasis in the field of the lacanian imaginary -, photography avoids the condition of object of study, incurring reflexively over the theoretic and historic treatments that are directed to it. Krauss makes use of this condition of photography articulating approximations between the operative mode of the art of Marcel Duchamp, the index and the photography, to, afterwards, demonstrate how the art of the 70s, in all its heterogeneity, encounters, precisely in the indicial and in the photographic, a unifier principle. From there, Krauss performs studies where photography works a theoretic object. From his studies, and from the subsequent ones of Phillipe Dubois, the incidences of the operative modes of photography are found in the most diverse tendencies of the modern and contemporary art. A heterogeneous group of American artists in the beginning of the seventies, usually referred to as the minimalists, produced objects that should be specific, refer to themselves, with no connotation. Georges Didi-Huberman, in What we see stares at us, argues that the minimalist objects, specially some parallelepipeds and black cubes, ended up becoming new objects of cult. With a more detained look in a work by Tony Smith, entitled Die (1962) – a black box with the dimensions of 6 x 6 x 6 feet, exactly the size of the vitruvian men of Leonardo Da Vinci -, this author inquires into the nature of a shape with presence of this work. In it’s dissimilarity with the human shape, in its try to draw back from anthropomorphism, Die ends up acting as a double, an index of the human absence engendered by the contiguity of its dimensions, with the human stature, and also by its convexity, its condition of continent. The indicial signification – representation by contiguity – is present not only in this case, but also in the seriality of great part of the minimalist production. Hal Foster, by his turn, considers the minimalism, beside the pop art, as a crucial moment of the art, where modernism reaches its apex and, at the same time, becomes exhausted, is overcome; that is: minimalism can be seen as a decisive instant of the arts from modernity and from late modernity. Photography, with axial aspects in the signification by contiguity, assumes, in the present work, this abovementioned condition of theoretic object, for a look over the incidences of the operative modes of the photographic over these new objects of cult, created by the minimalists. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Artes (IdA) Departamento de Artes Visuais (IdA VIS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Pós-Graduação em Arte, 2006. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais |
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