Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Vicente, Helena da Silva Guerra | - |
dc.contributor.author | Ferreira, Elisabete Luciana Morais | - |
dc.date.accessioned | 2017-09-11T15:45:58Z | - |
dc.date.available | 2017-09-11T15:45:58Z | - |
dc.date.issued | 2017-09-11 | - |
dc.date.submitted | 2017-06-26 | - |
dc.identifier.citation | FERREIRA, Elisabete Luciana Morais. Considerações sobre a sintaxe das construções de predicação secundária depictiva no português brasileiro. 2017. 221 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/24453 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2017. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta dissertação investiga um tipo específico de sentença, classificada como uma construção de predicação secundária depictiva (e.g., A Maria dirigiu o carro bêbada, O Pedro comeu a carne crua) (cf. Rothstein, 1983; Himmelmann & Schultze-Berndt, 2005), com foco no português brasileiro (PB). O interesse nesse tipo de sentença reside no fato de haver um intenso debate na literatura a respeito de sua correta representação sintática. Frequentemente, a discussão sobre esse tópico é reduzida à questão de haver ou não a formação um constituinte small clause (SC) pelo depictivo e por seu sujeito (cf. Stowell, 1983; Chomsky, 1981; Williams, 1980; Rothstein, 1983, entre outros). Outras questões relativas a essas sentenças são as seguintes: como explicar a concordância verificada entre o depictivo e o DP ao qual ele se orienta? Como explicar, do ponto de vista derivacional, a dupla atribuição de papel temático a um argumento? Essas questões ganham especial relevância dentro de uma ótica minimalista (cf. Chomsky, 2000, 2001), principalmente para uma proposta que dispense PRO (categoria utilizada em trabalhos como o de Stowell (1983), por exemplo) e que deseje analisar de maneira uniforme a concordância que se estabelece no nível da oração sentencial e no âmbito da predicação depictiva. Além disso, pesa o fato de que a questão da concordância permanece em aberto em trabalhos sobre o PB, como Carreira (2015) e Foltran (1999). Diante disso, os principais objetivos desta pesquisa são os seguintes: (i) caracterizar as construções depictivas, realizando uma comparação entre essas estruturas e outras semelhantes; (ii) definir a representação sintática dessas construções, de modo a determinar se elas apresentam um constituinte SC; e (iii) propor um esboço de análise para essas sentenças, apresentando uma derivação que esteja no caminho de explicar os fatos de concordância observados e a dupla atribuição de papel temático ao argumento partilhado. Quanto a (i), fornecemos uma ampla caracterização das sentenças depictivas, apresentando suas propriedades sintáticas e semânticas gerais. Além disso, realizamos uma reflexão sobre a noção de predicação e uma exposição detalhada de outras estruturas relacionadas à discussão. Quanto a (ii), oferecemos argumentos a favor de uma análise que propõe a formação de uma SC pelo depictivo e o seu sujeito (uma categoria vazia), estando essa SC em posição de adjunção. Quanto a (iii), apresentamos uma proposta de derivação para as sentenças em questão, assumindo o quadro minimalista, com algumas modificações essenciais: assumimos que o sistema permite instâncias de movimento lateral (cf. Nunes, 1995; Hornstein, 1999; Boeckx, Hornstein & Nunes, 2010), não submetido à condição de c-comando (Hornstein, 1999), e que o movimento para posições-θ é lícito (cf. Hornstein, 1999, entre outros). Vamos propor que o sujeito do depictivo (o DP) se move da SC para uma posição-θ na oração matriz e que a SC é de categoria Asp. O DP nessas construções entra em relação de concordância via Agree com Asp (valorando os traços-φ dessa sonda) e com outra sonda na oração matriz. Sendo Asp φ-incompleta, esse núcleo é incapaz de valorar o traço de Caso do DP, o que permite que ele se mova para a oração matriz. No que diz respeito às relações temáticas, o DP recebe um papel-θ no âmbito da SC e outro, de um predicado na oração principal. Assim, esse esboço de análise possui a vantagem de dispensar PRO, unificar o tratamento de concordância e explicar a dupla atribuição de papel-θ ao DP. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Considerações sobre a sintaxe das construções de predicação secundária depictiva no português brasileiro | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Predicados | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sintaxe - língua portuguesa | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sujeito oracional | pt_BR |
dc.subject.keyword | Análise lingüística | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.identifier.doi | http://dx.doi.org/10.26512/2017.06.D.24453 | - |
dc.description.abstract1 | This thesis investigates depictive secondary predication constructions (cf. Rothstein, 1983; Himmelmann & Schultze-Berndt, 2005) in Brazilian Portuguese (BP), e.g., A Maria dirigiu o carro bêbada (‘Maria drove the car drunk’), O Pedro comeu a carne crua (‘Pedro ate the meat raw’). The syntactic representation of depictive constructions has been a matter of debate in the literature, and the main issue regarding these constructions concerns whether or not the depictive predicate is a constituent of a small clause (SC) (cf. Stowell, 1983; Chomsky, 1981; Williams, 1980; Rothstein, 1983). However, other questions concerning these sentences arise, such as: how can we explain the agreement pattern between the depictive predicate and its subject? And how can we explain the fact that a singular DP bears more than one θ-role in depictive constructions? These issues become particularly relevant within a minimalism setting (cf. Chomsky, 2000, 2001), especially if one wants to put forward an analysis that dispenses with PRO (contra Stowell, 1983) and provide a unified analysis for the agreement relations that occur in the main clause and the agreement relation that holds between the depictive and its subject. Furthermore, it is worth noting that previous proposals focused on BP (Carreira, 2015; Foltran, 1999) do not provide an analysis for the agreement relation between the depictive and the DP. Given this scenario, the goal of this study is threefold: (i) to describe the main properties of depictive secondary predication constructions, by making a comparison between these constructions and other similar sentences; (ii) to define the syntactic structure of depictive constructions, in order to determine whether they present a small clause constituent or not; and (iii) to put forward an analysis for (subject-oriented and object-oriented) depictive constructions that enables us to further explain the thematic relations and the agreement facts in these sentences. As for the first goal, (i), this thesis provides a broad picture of depictive constructions in BP (and other languages). Moreover, we provide a detailed description of other related phenomena. As for the second goal, (ii), we argue against the anti-SC analysis of depictive secondary predication, providing evidence for a SC constituent (with an empty category as its subject). We take the depictive SC to be an adjunct. As for the third goal, (iii), this thesis presents an analysis for depictive sentences within the minimalist framework proposed by Chomsky, with some modification: we assume that sideward movement is licit (cf. Nunes, 1995; Hornstein, 1999; Boeckx, Hornstein & Nunes, 2010), that movement does not require c-command (Hornstein, 1999) and that movement to a thematic position is permitted (cf. Hornstein, 1999). That being so, we propose that the DP moves from the SC to the matrix clause. We also take the small clause to be a projection of a functional head Asp, which has an incomplete set of φ-features. The operation Agree, which establishes a relation between the DP and Asp, deletes the φ-set of Asp. However, the DP that moves to the specifier position of Asp cannot have its Case feature valued, given that Asp is defective: this explains why the DP is free to undergo further movement. A DP in these constructions receives two θ-roles (one within the SC, and other within the main clause). The proposal presented here (which still needs to be developed) dispenses with PRO, unifies the agreement phenomena and explains how a DP can receive two θ-roles. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|