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Título: | Influência da flora das florestas Amazônica e Atlântica na vegetação do cerrado sensu stricto |
Outros títulos: | The influence of Amazonian and Atlantic flora in the vegetation of cerrado sensu stricto |
Autor(es): | Méio, Beatriz B. Freitas, Cristiane V. Jatobá, Leuseroberta Silva, Mario E. F. Ribeiro, José F. Henriques, Raimundo Paulo Barros |
Assunto: | Cerrados Florestas - Amazônia Mata Atlântica Florestas Fitogeografia Padrões de distribuição |
Data de publicação: | Dez-2003 |
Editora: | Sociedade Botânica de São Paulo |
Referência: | MEIO, Beatriz B. et al. Influência da flora das florestas Amazônica e Atlântica na vegetação do cerrado sensu stricto. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 26, n. 4, p. 437-444, out./dez. 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-84042003000400002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042003000400002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em:25 jan. 2021. |
Resumo: | A contribuição das floras Atlântica e Amazônica foi analisada em doze localidades no bioma do cerrado. Um total de 290 espécies de arbustos e árvores foram registradas nas localidades de cerrado. Deste total 41,1% ocorreram apenas no cerrado, sendo provavelmente endêmicas e 58,9% ocorreram nas florestas Atlântica e Amazônica. Para as espécies não endêmicas, a contribuição da floresta Atlântica foi maior (44,8%) do que a da floresta Amazônica (1,4%), com as 12,7% de espécies restantes ocorrendo nos dois biomas florestais. A proporção de espécies com centro de distribuição na floresta Atlântica e Amazônica mostraram um pequeno decréscimo em direção ao centro do bioma do cerrado. Para o primeiro, a distância explicou apenas 30% da variação na proporção de espécies, por um modelo polinomial ajustado aos dados e, para o último, um modelo linear explicou 78% da variação. A proporção de espécies com centro de distribuição na floresta Atlântica mostrou um pequeno aumento com a altitude, mas um modelo polinomial explicou apenas 18% dessa variação. Inversamente, ocorreu um decréscimo linear na proporção de espécies com a altitude para aquelas com centro de distribuição na floresta Amazônica; o modelo explicou 31% da variação. As diferenças na contribuição das floras da floresta Atlântica e Amazônica para a fisionomia de cerrado é discutida com relação às mudanças climáticas durante o Quaternário e diferenças na tolerância entre espécies às queimadas e baixas temperaturas no bioma do Cerrado. |
Abstract: | The contribution of Amazonian and Atlantic floras was analyzed in twelve localities in the cerrado biome. A total of 290 tree and shrub species were recorded in those localities. Of these, 41.1% occurred only in cerrado and are probably endemic, and 58.9% also occurred in Atlantic and/or Amazonian forest. For non-endemic species the contribution of Atlantic forest was greater (44.8%) than Amazonian ones (1.4%), with the remaining 12.7% species found in both forest biomes. The proportions of species with centers of distribution in Atlantic and Amazonian forest showed a slight decrease toward the center of cerrado biome. For the former, the distance explained only 30% of variation in proportions by a polynomial model fit to the data, and for the latter a significant linear model explained 78% of variations. The flora of Amazon forest and Atlantic forest showed a segregation with altitude. The proportions of species with centers of distribution in the Atlantic forest showed a slight increase with altitude, but a polynomial model explained only 18% of this variation. Inversely, there was a linear relationship between the proportions of species with centers of distribution in Amazonian forest and altitude that explained 31% of variation. The differences in contribution patterns of the Atlantic and Amazonian forest flora to the cerrado physiognomy is discussed with respect to climatic changes during the Quaternary and to differences in plant species tolerance to fire and low temperature in the cerrado biome. |
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DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042003000400002 |
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