http://repositorio.unb.br/handle/10482/34746
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2018_LuisFredericoDornelasConti.pdf | 6,13 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Desigualdades sociais e letramento crítico : uma pesquisa-ação crítica com professoras da rede pública do DF |
Autor(es): | Conti, Luís Frederico Dornelas |
Orientador(es): | Andrade, Mariana Rosa Mastrella de |
Assunto: | Desigualdade social Professores - formação continuada Letramento crítico Língua inglesa - estudo e ensino Comunidade de práticas |
Data de publicação: | 6-Jun-2019 |
Data de defesa: | 6-Dez-2018 |
Referência: | CONTI, Luís Frederico Dornelas. Desigualdades sociais e letramento crítico: uma pesquisa-ação crítica com professoras da rede pública do DF. 2018. 176 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | Esta pesquisa-ação crítica (BARBIER, 2002; CROOKES, 1993; EL ANDALOUSSI, 2004; GREENWOOD; LEVIN, 2006) objetivou criar uma comunidade de práticas (WENGER, 1998) através da qual professoras de inglês como língua estrangeira da rede pública de ensino do Distrito Federal pudessem refletir conjuntamente sobre as dificuldades comuns e específicas que encontram onde atuam; sobre como essas dificuldades podem se relacionar à questão das injustiças sociais; sobre qual o papel da escola e da professora face essas injustiças; sobre como o tema da desigualdade pode ser incluído em seus planejamentos; e sobre como o construto do letramento crítico (MONTE MOR, 2014; STREET, 2001) nos representa um valioso instrumento para repensarmos todas essas problemáticas. Para tanto, foi oferecido um curso de formação no Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação (EAPE) da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com duração de dez encontros, entre agosto e novembro de 2017. Com as leituras e os debates de textos que abordem essas temáticas e as realizações de atividades e de planejamentos de aulas durante o curso, que se chamou Desigualdade social e letramento crítico no ensino de línguas: trazendo a realidade para o planejamento das aulas, as três participantes centrais dessa pesquisa, nele inscritas, refletiram sobre a importância de trazermos para as nossas salas de aula as chamadas práticas situadas de letramento (KLEIMAN, 2005): práticas que envolvam textos multissemióticos, cujas múltiplas interpretações possíveis sejam articuladas pelos alunos de maneira colaborativa, que lhes possibilitem questionar os modos de organizar a realidade e que reconheçam que os nossos aprendizes não existem fora do espaço e do tempo de maneira descorporificada (hooks, 2010), mas têm, sim, suas identidades constantemente (re)construídas (HALL, 2006; WOODWARD, 2007) em um mercado de trocas simbólico-discursivas (BOURDIEU, 2001). As práticas trazidas em nossos planejamentos podem, como evidenciam os materiais empíricos gerados durante a pesquisa, silenciar ou dar voz aos desejos e aos investimentos (DARVIN; NORTON, 2016) de nossos alunos e é através desse reconhecimento ético e político que a professora de inglês pode se tornar mais consciente de seu papel, do posicionamento que toma em meio às injustiças e, sendo a neutralidade um objetivo impossível para quem ensina línguas (PENNYCOOK, 2001), de como pode ajudar, através do seu fazer pedagógico, a reproduzir ou a fazer face ao status quo. Dado o aumento das desigualdades nas últimas décadas, especialmente no Brasil e no DF, este trabalho aponta, também, para a urgência de uma escola democrática que possibilite a resistência (FOUCAULT, 2016) e que perspective a transformação social (SOARES, 2000) de que tanto precisamos e para como, com esse fim, carecemos, igualmente, de mais espaços onde os professores da rede pública possam dialogar sobre as suas realidades e as de seus alunos. |
Abstract: | This critical action research (BARBIER, 2002; CROOKES, 1993; EL ANDALOUSSI, 2004; GREENWOOD; LEVIN, 2006) aims at creating a community of practice (WENGER, 1998) through which English as Foreign Language (EFL) teachers in state-run schools from Distrito Federal (Brazil) could reflect together about the common and specific challenges they face; about how these challenges can relate to the problem of social inequalities; about the role of the school and of the teacher facing these inequities; about how the theme of social disparities can be included in their lesson plans; and about how the construct of critical literacy (MONTE MOR, 2014; STREET, 2001) represents an invaluable tool with which one can rethink all these issues. With this intent, a training course was taught at Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (Distrito Federal State Secretary of Education)’s Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação (Center of Improvement of Education Professionals), during ten meetings, from August to November 2017. Reading and debating texts about these subjects, doing activities and planning lessons during the training course, which was called Desigualdade social e letramento crítico no ensino de línguas: trazendo a realidade para o planejamento das aulas (Social inequality and critical literacy in language teaching: bringing reality into lesson planning), the three central research subjects reflected on the importance of carrying out situated literacy practices in our lessons (KLEIMAN, 2005): practices that involve multisemiotic texts allowing not only multiple interpretations thought out collaboratively by the students but also questioning the current modes of organizing reality and acknowledging that our students do not exist out of time and space as though they were disembodied (hooks, 2010), but are constantly (re)constructing their identities (HALL, 2006; WOODWARD, 2007) in a market for symbolic and discursive exchanges (BOURDIEU, 2001). As the empirical body generated in this research informs us, the practices we bring into our planning can silence or give voice to our students’ desires and investments (DARVIN; NORTON, 2016) and it is through this ethical and political recognition that the EFL teacher can become more aware of his/her role, of the stance he/she takes among social injustices and, as neutrality is an impossible aim for those who teach languages (PENNYCOOK, 2001), of how he/she can help, through these very practices, to reproduce or to challenge the status quo. Given the rise in inequalities during the last decades, especially in Brazil and in Distrito Federal, this study also points to the urgency for a democratic school that is the base for resistance (FOUCAULT, 2016) and that addresses the social transformation (SOARES, 2000) we so desperately need and to how much, for this last purpose, we are also in need of more spaces where state-run school teachers may converse about their realities and about that of their students. |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, 2018. |
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