Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Gassen, Valcir | - |
dc.contributor.author | Gross, Alexandre Felix | - |
dc.date.accessioned | 2019-07-26T21:49:39Z | - |
dc.date.available | 2019-07-26T21:49:39Z | - |
dc.date.issued | 2019-07-26 | - |
dc.date.submitted | 2019-03-18 | - |
dc.identifier.citation | GROSS, Alexandre Felix. Desigualdade de acesso à saúde no Brasil e consequências redistributivas da judicialização. 2019. 131 f., il. Dissertação (Mestrado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/35169 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2019. | pt_BR |
dc.description.abstract | A Constituição da República de 1998 foi responsável pela criação de um sistema
público de saúde universal, gratuito e integral, erigindo o direito à saúde à categoria dos
direitos fundamentais sociais. Contudo, com o passar dos anos, generalizou-se entre a
população a percepção de que a promessa constitucional não foi cumprida. As graves,
persistentes e inegáveis carências do Sistema Único de Saúde (SUS), aliadas ao protagonismo
assumido pelas instâncias judiciais, acabaram por transferir parte do lócus de implementação
do direito à saúde dos poderes executivo e legislativo para o judiciário, naquilo que se
convencionou chamar de judicialização da saúde. As milhares de demandas determinando a
entrega de medicamentos, internações hospitalares etc., chamaram a atenção de pesquisadores
que passaram a questionar a legitimidade do judiciário e o impacto sobre a sustentabilidade
das políticas de saúde. Em grande parte, as pesquisas jurídicas sobre o tema também se
dedicaram à delimitação do âmbito de eficácia jurídico-normativa do direito à saúde, sendo
conhecida a produção acadêmica sobre temas como mínimo existencial e reserva do possível.
Este trabalho, no entanto, adota uma diferente abordagem sobre o fenômeno da judicialização
da saúde, preocupando-se, essencialmente, com as suas consequências redistributivas. Isto é,
com a possibilidade de se operar uma concretização igualitária e generalizante do direito à
saúde pelo sistema de justiça. A pergunta que norteia a pesquisa, portanto, é se o modelo de
judicialização construído pelos tribunais a partir dos anos 1990 promove equidade ou acentua
as iniquidades percebidas no campo do acesso à saúde. Em outras palavras, o objetivo é
investigar se, na intersecção entre o sistema de saúde e o sistema de justiça, onde prevaleceu o
modelo de judicialização ampla e irrestrita, que entende possível entregar tudo a todos,
promove-se equidade ou acentuam-se as iniquidades percebidas no acesso à saúde no Brasil.
Como hipótese de trabalho, afirma-se que, ao realizar escolhas alocativas inconscientes,
ignorando o problema da escassez de recursos, o judiciário favorece grupos sociais que
possuem melhor acesso à justiça, e que são, via de regra, os mesmos grupos que
experimentam melhores condições de acesso à saúde. Como consequência, verifica-se uma
acentuação da regressividade no gasto em saúde, notadamente do gasto com medicamentos.
Tem-se, portanto, que há uma sobreposição das iniquidades percebidas no campo da saúde, as
quais são determinadas por fatores socioeconômicos como renda, local de residência, região
do país, escolaridade etc. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Desigualdade de acesso à saúde no Brasil e consequências redistributivas da judicialização | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Judicialização da saúde | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sistema Único de Saúde (Brasil) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Saúde pública | pt_BR |
dc.subject.keyword | Acesso à saúde | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The Constitution of 1998 created a universal, free and integral public health system,
placing the right to health at the category of fundamental social rights. Over the years,
however, the perception that the constitutional promise has not been fulfilled has become
widespread among the population. The serious, persistent and undeniable shortcomings of the
Unified Health System (SUS), together with the role played by judicial bodies, transferred
part of the locus of implementation of the right to health of the executive and legislative
branches to the judiciary, in what is conventionally called of health judicialization. The
thousands of demands determining the delivery of medicines, hospitalizations, etc. have
drawn the attention of researchers who have come to question the legitimacy of the judiciary
and the impact on the sustainability of health policies. In large part, legal research on the
subject has also been devoted to delimiting the scope of juridical and normative effectiveness
of the right to health, being known the academic production on subjects as existential
minimum and reserve of the possibilities. This work, however, adopts a different approach on
the phenomenon of the judicialization of health, being essentially concerned with its
redistributive consequences. That is, with the possibility of operating an egalitarian and
generalizing realization of the right to health by the justice system. The research question,
therefore, is whether the judicial model constructed by the courts from the 1990s promotes
equity or accentuates perceived inequities in the field of access to health care. In other words,
the objective is to investigate whether, at the intersection between the health system and the
justice system, where the model of wide and unrestricted judicialization prevailed, which
considers possible to deliver everything to all, equity is promoted or perceived inequities in
the field of access to health in Brazil are accentuated. As a working hypothesis, it is stated that
by making unconscious allocative choices, ignoring the problem of scarce resources, the
Judiciary favors social groups that have better access to justice, which are, as a rule, the same
groups that experience better access to health. As a consequence, there is an accentuation of
regressivity in health spending, especially drug spending. There is, therefore, an overlap of
perceived inequities in the health field, which are determined by socioeconomic factors such
as income, place of residence, region of the country, schooling, etc. | pt_BR |
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