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Título: Efeito da oxigenioterapia hiperbárica na cicatrização de anastomoses de cólon esquerdo com e sem isquemia induzida em ratas : avaliação clínica, biomecânica e histopatológica
Autor(es): Andrade, Jose Luiz Fontoura de
Orientador(es): Sousa, João Batista de
Assunto: Anastomose
Oxigenioterapia hiperbárica
Cirurgia
Cicatrização
Data de publicação: 21-Nov-2019
Referência: ANDRADE, Jose Luiz Fontoura de. Efeito da oxigenioterapia hiperbárica na cicatrização de anastomoses de cólon esquerdo com e sem isquemia induzida em ratas: avaliação clínica, biomecânica e histopatológica. 2019. 103 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Introdução - A deiscência anastomótica é causa relevante de morbidade e mortalidade em cirurgia colorretal. Várias intervenções têm sido propostas a fim de diminuir a incidência de vazamento anastomótico e dentre elas a oxigenioterapia hiperbárica. Alguns autores já demonstraram benefícios dessa terapêutica na cicatrização de anastomoses, contudo faltam evidências para estabelecer se há melhores protocolos de sessões de oxigenioterapia hiperbárica. Objetivo - Verificar possíveis efeitos de um protocolo de sessões de oxigenoterapia hiperbárica realizadas no período perioperatório na evolução clínica e na cicatrização do sítio de anastomose no cólon esquerdo com e sem isquemia induzida em ratas. Material e Método - O protocolo de oxigenioterapia hiperbárica consistiu de duas sessões antes e de três sessões após a operação de hiperóxia a 100% a 2,4 Atmosfera absoluta. Quarenta ratas foram aleatoriamente distribuídas em quatro grupos com dez animais cada. Todos animais passaram por resseção de segmento de 1 cm do cólon esquerdo seguida de anastomose término-terminal e reoperação no quarto dia pós-operatório. Os animais do grupo controle (G Contr) passaram também pela simulação de isquemia e de sessão de oxigenioterapia hiperbárica. Os animais grupo oxigenioterapia hiperbárica (G OTH) receberam essa terapêutica e passaram por simulação de isquemia. Os animais do grupo isquemia e oxigenioterapia hiperbárica (G Isq/OTH) foram submetidos às sessões de oxigenioterapia e à isquemia. Os animais do grupo isquemia (G Isq) foram submetidos apenas à indução de isquemia e não receberam oxigenioterapia hiperbárica. Segmento de três centímetros localizado a partir de dois centímetros cranial a placa de Peyer da reflexão peritoneal era isolado e a isquemia era induzida por eletrocoagulação dos vasos. A seguir, era ressecado um centímetro do terço médio desta porção desvascularizada. Nos animais dos grupos G Contr e G OTH, as mesmas medidas foram tomadas para ressecção de mesmo segmento, mas apenas a simulação de indução de isquemia foi realizada. Os parâmetros de avaliação foram a evolução clínica, a mortalidade, a variação ponderal, o aspecto macroscópico da cavidade abdominal no dia da eutanásia, a medida da força de ruptura da linha de anastomose e o estudo histopatológico. Resultados – Houve quatro óbitos, dois animais do grupo isquemia e dois do grupo controle, três durante anestesia e um na véspera da reoperação. Apenas animais do grupo isquemia apresentaram fístula 2/8 (25%), enquanto nenhum animal do Grupo Isq/OTH 0/10 apresentou essa complicação. Quando os eventos mortalidade e fístula são analisados, observa-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre os quatro grupos experimentais. Entretanto, houve diferença estatisticamente significativa quando são estudados os animais que passaram pela oxigenioterapia hiperbárica independente de isquemia, com animais que não foram submetidos a essa terapêutica. Os eventos morte e de fístula não ocorreram nos animais submetidos a oxigenioterapia hiperbárica (p= 0,036). Medianas e valores de primeiro e de terceiro quartil no primeiro dia do experimento para peso foram: no G Contr 219g (209-237,25); no G Isq 218,50g (212,50-243,75); no G Isq/OTH 220g (215,75-226,25) e no G OTH 222g (218,50-230). No sétimo dia do experimento, mediana do peso e valores de primeiro e de terceiro quartil foram G Contr 206g (193,25-216); G Isq 198,50 (193,50-222); G Isq/OTH 202g (196,50-214); G OTH 208g (193,25-213). Não houve diferença estatisticamente significativa da perda ponderal relativa entre os grupos p=0.921 nem do peso no dia 1 p=0,619; nem do peso no sétimo dia p=0,990. Todos animais perderam peso entre o primeiro e o sétimo dia do experimento. A perda de peso em cada grupo foi estatisticamente significativa mas a variação ponderal foi semelhante nos quatro grupos. As medianas e valores de primeiro quartil e de terceiro quartil nas medidas de força de ruptura em Newtons foram G Contr 0,03N (0,00-0,006); G Isq 0,03N (0,01-0,015); G Isq/OTH 0,13N (0,07-0,27); G OTH 0,02N (0,01-0,023). Nas medidas de força de ruptura não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos experimentais. Conclusão - Nas condições em que este estudo foi realizado e baseado nos resultados obtidos, o protocolo de oxigenioterapia hiperbárica não interferiu na cicatrização de anastomose colônica pelos parâmetros histopatológicos e biomecânicos. Entretanto a formação de fístula e mortalidade não ocorreram nos animais que foram submetidos a oxigenioterapia hiperbárica. Isso sugere que a oxigenioterapia hiperbárica pode ter protegido os animais desses dois eventos.
Abstract: Introduction - Anastomotic dehiscence is a relevant cause of morbidity and mortality in colorectal surgery. Several interventions have been proposed in order to reduce the incidence of anastomotic leakage and among them hyperbaric oxygen therapy. Some authors have already demonstrated benefits of hyperbaric oxygen therapy in the healing of anastomosis, but the best protocol for hyperbaric oxygen therapy sessions remains yet to be established. Objective - To verify the possible effects of a protocol of hyperbaric oxygen therapy sessions conducted in the perioperative period on clinical evolution and healing of the anastomosis site in the left colon with and without induced ischemia in female rats. Material and Method - The protocol of hyperbaric oxygen therapy consisted of two sessions before and three sessions after the operation of hyperoxia at 100% to 2.4 Absolute Atmosphere. Forty female rats were randomly assigned to four groups with ten animals each. All animals underwent segment resection of one cm of the left colon followed by end-to-end anastomosis and reoperation on the fourth postoperative day. The animals of the Control Group (G Contr) also underwent the simulation of ischemia and hyperbaric oxygen therapy session. The animals of the hyperbaric oxygen therapy Group (HBOT) received this therapy and underwent simulation of ischemia. The animals of the ischemia and hyperbaric oxygen therapy Group (Isch/HBOT) were submitted to oxygen therapy sessions and to ischemia. The animals of the Ischemia Group (Isch) were submitted only to the induction of ischemia and did not receive hyperbaric oxygen therapy. A segment of the length of three centimeters located two centimeters apart of the peritoneal reflection Peyer's plaque was isolated and ischemia was induced by electrocoagulation of the vessels. Then one centimeter of the middle third of this devascularized portion was resected. The same measurements were taken for resection of the same segment in the animals of both Contr and HBOT groups, but only the simulation of induction of ischemia was conducted. The evaluation parameters were clinical evolution, mortality, ponderal variation, macroscopic appearance of the abdominal cavity on the day of euthanasia, measurement of the bursting strength of the anastomosis line and histopathological study. Results - There were four deaths, two animals from the Ischemia Group and two from the Control Group, three during anesthesia and one on the day before reoperation. Only animals from the ischemia group presented fistula 2/8 (25%), whereas no animals from the Isch/HBOT group 0/10 presented this complication. There was no statistically significant difference between the four experimental groups when mortality and fistula events were analyzed. However, there was a statistically significant difference when the animals that underwent hyperbaric oxygenation independent of ischemia are compared with animals that were not submitted to this therapy. Death and fistula events did not occur in any animals submitted to hyperbaric oxygen therapy (p= 0.036). Median (first quartile-third quartile) weight on the first day of experiment was as follows: Control group, 219 g (209-237.25); Ischemia group, 218.50 g (212.50-243.75); Ischemia/HBOT group, 220 g (215.75-226.25); and HBOT group, 222 g (218.50-230). On the seventh day of the experiment, weight had decreased to 206 (193.25-216) g in the Control group; 198.50 (193.50-222) g in the Ischemia group; 202 (196.50-214) g in the HBOT/Ischemia group; and 208 (193.25-213) g in the HBOT group. There was no statistically significant difference in relative ponderal loss between groups (p=0.921) nor on first day weight (p = 0.619); nor on the weight at the seventh day (p = 0.990). All animals lost weight between the first and seventh day of the experiment. The weight loss in each group was statistically significant but the weight variation was similar in the four groups. The medians (first quartile-third quartile) in the measures of bursting strength in Newtons were Contr 0,03N (0,00-0,006); Isch G 0.03N (0,01-0,015); Isch/HBOT 0.13N (0,07-0,27); HBOT 0.02N (0,01-0,023). There was no statistically significant difference in the measures of bursting strength between the experimental groups. Conclusion - Under the conditions in which this study was conducted and based on the results obtained, the protocol of hyperbaric oxygen therapy did not interfere in the histopathological and biomechanical parameters of healing of colonic anastomosis. However, the formation of fistula and mortality did not occur in the animals exposed to hyberbaric oxygen therapy. This suggests that hyperbaric oxygen therapy could have protected animals from these two events.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
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