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Título: Leishmaniose visceral no Brasil : avaliação econômica dos esquemas de tratamento
Autor(es): Carvalho, Isis Polianna Silva Ferreira de
Orientador(es): Oliveira, Maria Regina Fernandes de
Coorientador(es): Romero, Gustavo Adolfo Sierra
Peixoto, Henry Maia
Assunto: Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceral - tratamento
Impacto orçamentário
Data de publicação: 11-Fev-2020
Referência: CARVALHO, Isis Polianna Silva Ferreira de. Leishmaniose visceral no Brasil: avaliação econômica dos esquemas de tratamento. 2019. 202 f., il. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Introdução: A leishmaniose visceral humana (LV) é uma doença tropical negligenciada, fatal quando não tratada. Estudo multicêntrico realizado no Brasil mostrou que os esquemas terapêuticos com anfotericina B lipossomal apresentaram eficácia semelhante e maior segurança em relação ao tratamento com antimoniato de meglumina. Métodos: Foram realizados três estudos econômicos - custos da doença, análise de custo-efetividade, e análise de impacto orçamentário. O estudo de custos da LV foi realizado nas perspectivas do SUS e da sociedade, considerando o número de casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no ano de 2014. Foram estimados os custos diretos médicos relacionados ao diagnóstico, à assistência e ao tratamento dos casos de LV; e os custos indiretos, relacionados à perda de produtividade por mortalidade precoce e por morbidade. A análise de custo-efetividade foi desenvolvida nas perspectivas do SUS e da sociedade, para um horizonte analítico de 180 dias, comparando as seguintes estratégias: 1) Antimoniato de meglumina; 2) Anfotericina B lipossomal; e 3) Combinação da anfotericina B lipossomal com antimoniato de meglumina. A análise considerou os seguintes desfechos: 1) Falha terapêutica precoce evitada aos 30 dias; 2) Dia de internação evitado; e 3) Cura da LV aos 180 dias. Foram realizadas análises de sensibilidade univariada determinística e probabilística. Para a análise de impacto orçamentário, o cenário de referência refletiu a recomendação atual para tratamento da LV. No cenário alternativo foi avaliada a utilização do medicamento anfotericina B lipossomal para todos os casos novos confirmados de LV, para horizonte temporal de três anos. Resultados: O custo total da LV no Brasil foi de R$ 32.070.985,40 e 80% dos custos corresponderam à perda de produtividade por mortalidade precoce. Os custos diretos totalizaram R$ 4.234.521,22, e a maioria foi relacionada à hospitalização (40%), seguida pelos custos com o tratamento (22%) e 18% com profilaxia secundária para pacientes que apresentavam coinfecção Leishmania-HIV. A análise de custo-efetividade demonstrou, para todos os desfechos analisados, que a estratégia anfotericina B lipossomal apresentou maior efetividade. A estratégia antimoniato de melgumina foi dominada pela estratégia que usa a combinação de anfotericina B lipossomal com antimoniato de meglumina, para os desfechos falha terapêutica precoce evitada e cura. Foi estimado o custo de R$ 629,55 para cada falha terapêutica precoce adicionalmente evitada, um custo de R$ 60,74 a cada dia adicional de internação evitado e um custo de R$ 203,14 para cada caso adicional de LV curado, para a estratégia anfotericina B lipossomal, em comparação ao antimoniato de meglumina, na perspectiva da sociedade. A análise de impacto orçamentário estimou que o custo total no cenário de referência para tratamento dos 3.453 casos confirmados de LV em 2014 foi de R$ 3.271.602,57. O impacto orçamentário incremental com a utilização da anfotericina B lipossomal para todos os casos confirmados de LV foi de R$ 1.045.766,04 no terceiro ano. Conclusões: O tratamento com anfotericina B lipossomal poderá prover uma terapêutica mais segura e eficiente aos pacientes com LV. A análise apresentada poderá subsidiar o processo de decisão para ampliação do uso da anfotericina B lipossomal para todos os casos confirmados de LV no Brasil.
Abstract: Introduction: Human visceral leishmaniasis (VL) is a neglected tropical disease, fatal when untreated. A multicenter study conducted in Brazil showed that the therapeutic regimens with liposomal amphotericin B presented similar efficacy and greater safety compared to the treatment with meglumine antimoniate. Methods: Three economic studies were carried out: a cost-of-illness study, cost-effectiveness analysis and budget impact analysis. Cost-of-illness study was carried out on the SUS and societal perspectives, considering the number of cases registered in the Notifiable Diseases Information System (SINAN) in the year of 2014. Direct medical costs regarding diagnostic, treatment, and care provided to VL patients; and indirect costs related to productivity loss due to premature mortality and morbidity. Cost-effectiveness analysis was developed on the SUS and societal perspectives, for a 180-day time horizon, comparing three strategies: 1) Meglumine antimoniate; 2) Liposomal amphotericin B; and 3) Combination of liposomal amphotericin B with meglumine antimoniate. The analysis considered the following outcomes: 1) Early therapeutic failure avoided at 30 days; 2) Day of hospitalization avoided; and 3) VL cure at 180 days. Univariate deterministic and probabilistic sensitivity analyzes were performed. For the budget impact analysis, the baseline scenario reflected the current recommendation for treatment of VL. In the alternative scenario, the use of the drug liposomal amphotericin B was evaluated for all new confirmed cases of VL, with a time horizon of three years. Results: The total VL cost in Brazil was R$ 32,070,985.40 and 80% of the costs corresponded to the loss of productivity due to premature mortality. The total of direct costs corresponded to R$ 4,234,521.22, and the majority of costs was associated with hospitalization (40%), followed by treatment (22%) and 18% secondary prophylaxis for patients with Leishmania-HIV coinfection (18%). Cost-effectiveness analysis showed, for all the analyzed outcomes, that the liposomal amphotericin B strategy presented greater effectiveness. Meglumine antimoniate strategy was dominated by the strategy that uses the combination of liposomal amphotericin B with meglumine antimoniate, for the outcomes early therapeutic failure avoided and cure. The cost of R$ 629.55 was estimated for each additional early therapeutic failure avoided, a cost of R$ 60.74 for each additional day of hospitalization avoided, and a cost of R$ 203.14 for each additional case of cured VL for the liposomal amphotericin B strategy compared to meglumine antimoniate, from a societal perspective. The budget impact analysis estimated R$ 3,271,602.57 as total costs in the baseline scenario for treatment of the 3,453 VL confirmed cases in 2014. The incremental budget impact with the use of liposomal amphotericin B for all confirmed cases of VL was R$ 1,045,766.04 in the third year. Conclusion: Treatment with liposomal amphotericin B may provide safer and more efficient therapy for patients with VL. The analysis presented may support the decision process to increase the use of liposomal amphotericin B for all confirmed cases of VL in Brazil.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FM)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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