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2019_RaquelPereiraPacheco.pdf4,39 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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dc.contributor.advisorFreire, Sandra Ferraz de Castillo Dourado-
dc.contributor.authorPacheco, Raquel Pereira-
dc.date.accessioned2020-03-31T01:53:59Z-
dc.date.available2020-03-31T01:53:59Z-
dc.date.issued2020-03-30-
dc.date.submitted2019-07-16-
dc.identifier.citationPACHECO, Raquel Pereira. A constituição do self em estudantes autistas : uma perspectiva dialógica sobre as relações eu-outro na escola. 2019. 133 f, il. Dissertação (Mestrado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/37248-
dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2019.pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho teve como principal objetivo investigar como as relações estabelecidas na escola afetam a constituição do self dos sujeitos autistas. A partir disso foi possível descrever processos de escolarização no local de pesquisa de campo com foco em práticas inclusivas; investigar significações dos educadores sobre a subjetividade dos seus estudantes autistas e suas interações com seus colegas e com a comunidade escolar; e analisar como ocorre a dinâmica de posicionamentos de cada um dos sujeitos diante às práticas escolares. Fizemos um estudo de caso múltiplo com três crianças autistas de 7 a 14 anos matriculadas em uma escola da rede pública. No total, tivemos 11 participantes, dois professores, um coordenador, um monitor, 5 crianças autistas, além de mais duas crianças não autistas. Durante o período de 6 meses, foram feitas entrevistas com os adultos, observações naturalísticas das situações escolares (como sala de aula e recreio) e observação direta durante uma dinâmica com as crianças participantes. À luz das teorias de uma perspectiva dialógico-cultural, foi possível analisar nossas descobertas com base em um framework de I-positions, posições do eu, para cada sujeito participante. A partir da convergência de cada um dos posicionamentos possíveis de todos os sujeitos, chegamos a três eixos de relacionamento: Brincar, Ajudar e Cuidar, que permeiam também a tríade de significado Inclusivo v. Especial v. Regular. O eixo Brincar foca principalmente nas relações lúdicas e horizontais entre dois sujeitos; o eixo Ajudar foca nas relações baseadas em suporte e auxílio objetivo e direto, como atividades pedagógicas; e o eixo Cuidar foca nas relações afetivas e de carinho. O eixo Brincar é populado principalmente por relações criança-criança, sendo desfavorecido pelo papel dos educadores dentro da escola. O eixo Ajudar é observado nas relações com todos os perfis de sujeitos, sendo o que apresenta maior diversidade de posicionamentos; nesse eixo, observamos que a relação mais comum é um educador (monitor ou professor) ou um colega não autista que dá auxílio e suporte para uma criança autista. O eixo cuidar é estabelecido também em todos os sujeitos, mas toma formas diferentes de acordo com seu perfil e diferença de idade. Quando essa relação ocorre entre um educador e uma criança, ela se manifesta como um cuidado quase que maternal, enquanto ocorre entre duas crianças, ela se manifesta com preocupação e atenção ao outro. Após análise de cada um dos eixos e as relações que os compunham, foi possível estabelecer uma série de proposições para concluir este estudo de caso: 1) a inclusão, enquanto fenômeno cultural, é ao mesmo tempo individual e coletiva, pois é necessário atenção para as necessidades e diferenças individuais mas também é necessário uma mudança de estrutura e atitude da comunidade ao redor desse individuo dado como diferente. 2) A palavra inclusão tem significados distintos para cada um dos sujeitos, mas perpassa os conceitos de igualdade, normalidade e diferença. Não há consenso sobre como tratar essa diferença, alguns optando por valorizá-la, pois todos são diferentes; e outros optando por ignorá-las, pois todos são normais. 3) A cultura escolar não favorece as relações do Brincar entre duas crianças quando uma delas é autista, impactando no desenvolvimento sociais destes envolvidos. Enquanto as crianças autistas não se conectarem com seus pares neurotípicos, estaremos perdendo também possibilidades de desenvolvimento dentro de uma relação lúdica. 4) Compreender as posições externas do eu não são suficientes para analisar a sensação de pertencimento na cultura escolar, mas nos ajuda a entender melhor como a estrutura da escola (não só física, mas de práticas, burocracias e relacionamentos) impacta no papel em que educadores, crianças autistas e crianças não autistas estabelecem dentro da comunidade escolar. A partir dessas quatro proposições, concluímos que a cultura escolar canaliza I-positions, principalmente pela criação coletiva de significados envolvendo os alunos chamados de especiais, incluídos ou regulares.pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleA constituição do self em estudantes autistas : uma perspectiva dialógica sobre as relações eu-outro na escolapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordEducação inclusivapt_BR
dc.subject.keywordInclusão escolar - crianças - adolescentespt_BR
dc.subject.keywordTranstorno do Espectro Autistapt_BR
dc.subject.keywordSubjetividadept_BR
dc.subject.keywordCrianças autistaspt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1This work aimed to investigate how the relationships established in the school affect the self constitution of autistic subjects. From this objective, it was possible to describe schooling processes in the field research site focusing on inclusive practices; investigate educators' meanings about the subjectivity of their autistic students and their interactions with their peers and the school community; and analyze how the positioning dynamics of each subject occurs in relation to school practices. We conducted a multiple case study with three autistic children aged 7 to 14 enrolled in a public school. In total, we had 11 participants, two teachers, a coordinator, a monitor, 5 autistic children, plus two non- autistic children. During the 6-month period, interviews were conducted with adults, naturalistic observations of school situations (such as the classroom and playground) and direct observation during a dynamic with the participating children. From a dialogical-cultural perspective, it was possible to analyze our findings based on an I-position framework, for each participating subject. From the convergence of each of the possible positions of all subjects, we come to three relationship axes: to play, to help and to take care of, which also permeate the triad of Inclusive meaning v. Special v. Regular. The to play axis focuses mainly on the playful and horizontal relations between two subjects; the to help axis focuses on relationships based on objective and direct support and support, such as pedagogical activities; and the to take care of axis focuses on affective and caring relationships. The to play axis is mainly populated by child-child relations, being disadvantaged by the role of educators within the school. The to help axis is observed in the relations with all subject profiles, which presents the greatest diversity of positions; In this respect, we observe that the most common relationship is an educator (monitor or teacher) or a non-autistic peer who gives help and support to an autistic child. The to take care of axis is also established in all subjects, but it takes different forms according to their profile and age difference. When this relationship occurs between an educator and a child, it manifests as an almost maternal care, while it occurs between two children, it manifests with concern and attention to the other. After analyzing each of the axes and their relations, it was possible to establish a series of propositions to conclude this case study: 1) the inclusion, as a cultural phenomenon, is both individual and collective, since Attention is needed to individual needs and differences, but a change in the structure and attitude of the community around this different individual is also required. 2) The word include has different meanings for each subject, but it permeates the concepts of equality, normality and difference. There is no consensus on how to treat this difference, some choosing to value it, as all are different; and others choosing to ignore them because they are all normal. 3) School culture does not favor Play relations between two children when one of them is autistic, impacting on the social development of those involved. Until autistic children connect with their neurotypical peers, we are also losing possibilities for development within a playful relationship. 4) Understanding the external positions of the self is not enough to analyze the sense of belonging in the school culture, but it helps us to better understand how the structure of the school (not only physical, but practices, bureaucracies and relationships) impacts on the role. in which educators, autistic children and non-autistic children establish within the school community. From these four propositions, we conclude that school culture channels I-positions, mainly by the collective creation of meanings involving students called special, included or regular.pt_BR
dc.description.unidadeFaculdade de Educação (FE)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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