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Título: Concinittas : Alberti e o legado vitruviano
Autor(es): Borges, Carolina da Rocha Lima
E-mail do autor: carolrlb@gmail.com
Orientador(es): Kothe, Flávio René
Assunto: Vitrúvio
Alberti, Leon Battista, 1404-1472 - análise da obra
Renascimento
Concinnitas
Data de publicação: 13-Abr-2020
Referência: BORGES, Carolina da Rocha Lima. Concinittas: Alberti e o legado vitruviano. 2019. 204 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: A Antiguidade possui a natureza como referência para o belo e toda a arte é criada a partir da mimese e da geometria. Dentro desse conceito, o homem, nas suas proporções e medidas, se torna uma referência de perfeição e modelo de beleza – fato que se tornou conhecido posteriormente, especialmente pela descrição de Vitrúvio. O Renascimento resgata essa ideia do homem enquanto ser perfeito, mas menos no sentido físico do corpo e mais relacionado à anima. O belo não estaria somente no aspecto visual do corpo com proporções perfeitas, mas no desenvolvimento racional e intelectual humano. Por conseguinte, a arquitetura e a cidade teriam como propósito principal a criação de condições para o desenvolvimento das capacitações intelectivas e sensíveis do homem. Por meio do ordenamento e do decoro, ambas teriam condições de gerar uma sociedade perfeita. Nesse contexto moderno, o desenvolvimento das diferentes noções de espacialidade passa a se manifestar na arquitetura de um modo determinante para o desenho dos monumentos e da própria cidade. Ademais, o conceito da concinnitas, incorporado na obra de Leon Battista Alberti, gera novas formas de entendimento da beleza, nas quais o tempo se torna também uma variável. O tempo e o espaço se expressam na arquitetura e na cidade por meio de uma nova retórica idealizada pelos humanistas, o que inclui o homem como um terceiro elemento. No entanto, é possível perceber discordâncias entre os conceitos e princípios renascentistas e a arquitetura/cidade construída. Na prática, a cidade moderna, concebida para o engrandecimento do principado, continha uma retórica que tratava o homem como elemento secundário para uma arquitetura dominante. E toda a ornamentação urbana, tanto na escala do edifício como na escala da cidade (monumentos), juntamente com as variáveis “tempo” e “espaço”, eram tratadas no sentido de gerar uma linguagem de dignidade e respeito, o que teria como consequência um distanciamento com o homem, mesmo que, teoricamente, este fosse o centro da relação.
Abstract: Antiquity possesses nature as a reference to beauty and all art is created from mimesis and geometry. Within this concept, man, in his proportions and measures, becomes a reference of perfection and a model of beauty – a fact that later became known especially after the description of Vitruvius. The Renaissance rescues this idea of man as a perfect being, but not so much in the physical meaning of the body and more as it relates to anima. Therefore, beauty would not only be considered in the visual aspect of a body with perfect proportions, but in the rational and intellectual human development. Accordingly, architecture and the city would have as their main purpose the creation of conditions for the development of the intellective and sensitive capacities of men. Both would be able to generate a perfect society through order and decorum. In this modern context, the development of different notions of spatiality becomes manifested in architecture in a determinant way for the design of monuments and the city itself. Moreover, the concept of concinnitas, incorporated in the work of Leon Battista Alberti, generates new forms of understanding of beauty, in which time also becomes a variable. Time and space are expressed in architecture and in the city by means of a new rhetoric devised by humanists, which includes man as a third element. However, it is possible to perceive disagreements between Renaissance concepts and principles and the constructed architecture / city. In practice, the modern city, designed for the exaltation of the principality, contained a rhetoric that treated man as a secondary element by a dominant architecture. And all the urban ornamentation, both on the scale of the building and on the scale of the city (monuments), together with the variables "time" and "space", were treated in order to generate a language of dignity and respect, which would distantiate man, even if, theoretically, he was the center of the relationship.
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2019.
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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