Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Coutinho, Carlos Luciano Silva | - |
dc.contributor.author | Afonso, Cláudia | - |
dc.date.accessioned | 2020-06-25T12:02:21Z | - |
dc.date.available | 2020-06-25T12:02:21Z | - |
dc.date.submitted | 2019-08-15 | - |
dc.identifier.citation | AFONSO, Cláudia. Arquitetura e criação artística: o erro da verdade-certeza em Descartes . 2019.179 fl. 179. il. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38146 | - |
dc.description.abstract | O progressivo avanço das tecnologias de processamento de dados tem colocado nos
ateliês de criação, ferramentas de projeto com capacidade de armazenar e combinar
quantidades quase infinitas de projetos. Como resultado, esses mesmos softwares de
começam a “sugerir” aos arquitetos ideias de projetos que parecem originais, mas que
não ultrapassam as vivências estéticas já vividas pela humanidade. Diante desse
contexto, a presente pesquisa resgata o elemento primordial da geometria, o Plano
Cartesiano, utilizado tanto pelos softwares quanto nas pranchetas, e discute os seus
fundamentos filosóficos para, a partir de seus elementos constitutivos analisar como se
situa o salto da criação, ilustrado pelo salto do zero ao um. Recuperou-se os
fundamentos da filosofia de René Descartes, da construção de seu método e sua
aplicação no espaço por meio da obra Géométrie, na qual aparece pela primeira vez o
Plano Cartesiano. Dessa análise, observou-se que a origem no sistema de Descartes era
a unidade e não o zero, o que levou a consideração de que a utilização do zero na
origem do sistema de coordenadas possui um valor de ente ausente e controlador do
sistema. Nessa configuração, a criação artística pela matemática não se sustenta, e a
proposta de controle que o método apresentava ao mundo e sobre o qual reivindicava a
exclusividade da verdade foi sendo desconstruída pelas críticas de Nietzsche e de
Heidegger. Analisou-se, então, as consequências que as propostas que fundamentam a
verdade da essência humana no nada, propostas por Heidegger, acarretam para a criação
artística. Observou-se que, se por um lado essa nova proposta filosófica reinseria o
homem no sistema evidenciando sua verdade enquanto ser do mundo, paradoxalmente
também fundamentava o zero como elemento de verdade em si. Dessa forma, os
elementos tecnológicos baseados na matemática passaram a ter fundamento filosófico
para reivindicarem a possibilidade de criarem arte. Contudo pensamos que a verdade da
essência humana precisa abarcar tanto a razão quanto a emoção e por isso propusemos
como alternativa a recuperação das propostas de Blaise Pascal. Analisou-se suas ideias
que reconheciam o valor fundamental da razão na construção da certeza, e ao mesmo
tempo, sua limitação para acessar os valores essenciais da verdade, alcançáveis apenas
pela emoção. Por fim, propõe-se que os processos de criação nos ateliês de arquitetura
tenham seus pressupostos repensados para conseguirem abarcar a técnica após a
vivência da emoção do amor altruísta, que define a essência humana e sua verdade. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Arquitetura e criação artística : o erro da verdade-certeza em Descartes | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Arquitetura | pt_BR |
dc.subject.keyword | Estética | pt_BR |
dc.subject.keyword | Descartes, René, 1596-1650 | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The progressive advancement of data processing technologies has placed in the creation
workshops, design tools with the capacity to store and combine almost endless amounts
of projects. As a result, this same design software begins to "suggest" to architects ideas
for projects, which seem original but do not go beyond the aesthetic experiences already
lived by humanity. Given this context, the present research rescues the primordial
element of geometry, the Cartesian Plane used in projects both by the softwares as well
as the drawing boards and discusses its philosophical foundations in order to starting
from its constituent elements analyze how the creative jump takes place illustrated by
the jump from zero to one. The foundations of the philosophy of Rene Descartes, the
construction of its method and its application in space are recovered through the work
Géométrie, in which the Cartesian Plane appears for the first time. From this analysis it
is observed that the origin in Descartes’s system was the unit and not the zero; which
led to the consideration that the use of zero in the origin of the system of coordinates
has a value of absent entity and system controller. In this configuration, artistic creation
through mathematics does not support itself, but the proposal of control that the method
presented to the world and on which it claimed the exclusivity of the truth was
deconstructed by the criticisms of Nietzsche and Heidegger. The consequences that the
proposals that base the truth of the human essence on nothing, proposed by Heidegger,
entail for the artistic creation were therefore analyzed. It was observed that if on the one
hand this new philosophical proposal reinserted the man in the system evidencing its
truth as being of the world, paradoxically also it grounded zero as element of truth in
itself. In this way the technological elements based on mathematics have a philosophical
foundation to claim the possibility of creating art. We think that the truth of the human
essence must encompass both reason and emotion, and that is why we proposed as an
alternative through the recovery of Blaise Pascal's proposals. His ideas that recognized
the fundamental value of reason in the construction of certainty and at the same time
recognized its limitation to reach the essential values of truth, achievable only by
emotion, were analyzed. It is concluded therefore in the form of a proposal that the
creation processes in architecture workshops should have their presupposition, at least
reimagined, to be able to embrace the technique after experiencing the emotion of
altruistic love, which defines the human essence and its truth. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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