http://repositorio.unb.br/handle/10482/38495
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_TatianeRibeirodeOliveira.pdf | 1,54 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Sobrecarga e resiliência de cuidadores familiares em serviços de oncologia públicos e privados |
Autor(es): | Oliveira, Tatiane Ribeiro de |
Orientador(es): | Araujo, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de |
Assunto: | Oncologia - tratamento Cuidadores - aspectos psicológicos Cuidadores - família Saúde coletiva Resiliência psicológica Bem-estar pessoal Saúde mental |
Data de defesa: | 31-Jan-2020 |
Referência: | OLIVEIRA, Tatiane Ribeiro de. Sobrecarga e resiliência de cuidadores familiares em serviços de Oncologia Públicos e Privados. 2020. 126 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | O diagnóstico de câncer representa um desafio para pacientes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde. Diante disso, é importante voltar-se para o familiar cuidador e identificar como ele é afetado pelas suas responsabilidades com o paciente com câncer, desenvolvendo alternativas e intervenções adequadas que favoreçam sua qualidade de vida e bem-estar emocional. Neste contexto, realizou-se uma pesquisa exploratória, com o objetivo de avaliar e comparar a sobrecarga, ansiedade, depressão e resiliência de cuidador familiar de paciente oncológico em regime de internação hospitalar no contexto público e privado. O projeto foi previamente autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Brasília. Participaram da pesquisa 12 indivíduos provenientes do Hospital Universitário de Brasília e nove do Hospital do Câncer Anchieta. Os familiares cuidadores foram abordados na enfermaria dos respectivos hospitais e convidados a participarem da pesquisa após o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Resiliência – ER; Caregiver Reaction Assessment (CRA); Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar – HAD; e entrevista semiestruturada. De acordo com os dados coletados, a idade dos acompanhantes variou entre 18 e 64 anos e houve predominância do sexo feminino (71,4%); 28,6% tinham o ensino médio incompleto; 42,8% ensino médio completo; 28,6% ensino superior; 38,1% dos participantes eram solteiros; 57,1% viviam em união estável; 4,8% eram divorciados ou separados; 19,0% dos familiares era cônjuge; 66,7% filho (a); 9,5% irmão (a); e 4,8% sobrinho. Houve diferenciação entre os hospitais em relação à renda e escolaridade dos cuidadores, porém, esses dados não apresentaram correlação com as demais variáveis. Os participantes do hospital público se distinguiram dos outros participantes no que se refere à percepção de um maior prejuízo nas atividades de vida diária. Os dados evidenciaram que não houve um impacto significativo nos fatores preditores de sobrecarga, tampouco em sintomas de ansiedade e depressão. Contudo, as seguintes variáveis obtiveram maior predominância, indicando a necessidade de se estar mais atento a elas: a ansiedade foi a que teve maior mediana, indicando sintomas de ansiedade leve nos cuidadores de ambos os hospitais e apresentou correlação com a depressão, sugerindo que cuidadores com sintomas ansiosos tendem também a apresentar sintomas depressivos; suporte social se correlacionou com sintomas de ansiedade, percepção de prejuízo nas atividades de vida diária e maior tempo desempenhando a função; a depressão apresentou correlação negativa com o fator Resolução de ações e valores, e o fator Autoestima foi o que apresentou maior mediana. A pesquisa sugere que a atribuição de sentido às dificuldades vivenciadas possibilita no cuidador uma ressignificação do contexto, facilitando a adaptação e assim, tonando-se mais resiliente. Com isso, existe uma menor probabilidade de repercussões na saúde do indivíduo. Em trabalhos futuros, recomenda-se a ampliação da amostra e a condução de mais pesquisas com o foco no familiar cuidador visando, sobretudo, subsidiar programas institucionais que promovam a melhora da qualidade assistencial em saúde e, consequentemente, a qualidade de vida desses indivíduos. |
Abstract: | Cancer diagnosis poses a challenge to patients, family members, caregivers and health professionals. Therefore, it is important to focus on the family member serving as a caregiver and to identify how one is affected by the responsibilities towards the cancer patient, developing adequate alternatives and interventions that favor one’s quality of life and emotional well-being. An exploratory research was conducted, aiming to evaluate and compare the overload, anxiety, depression and resilience in a family member serving as a caregiver for an oncologic patient hospitalized, both in the public and private contexts. The project was previously authorized by the Research and Ethics Committee of the Human and Social Sciences Institute from University of Brasilia. Twelve individuals at the University Hospital of Brasilia and nine patients at the Anchieta Cancer Hospital participated in this research. Family members serving as caregivers were approached in the wards of each hospital and invited to participate after signing the free and informed consent form. The following instruments were used for data collection: Resilience Scale – RS, Caregiver Reaction Assessment (CRA), Hospital Anxiety and Depression Scale – HAD, and a semi-structured interview. According to the data collected, caregivers ages varied between 18 and 64, most of them were female (71.4%), 28.6% had no high school diploma, 42.8% had a high school diploma, 28.6% had a college degree, 38.1% were single, 57.1% were in common-law marriage, 4.8% were divorced or separated, 19% were the patient’s spouses, 66.7% were their children, 9.5% were their siblings, and 4.8% were their nieces or nephews. There were differentiations between hospitals regarding the caregivers’ income and schooling levels – however, this data had no correlation with the other variables. The participants from the public hospitals were distinguished for these activities and were observed as having a larger impact on their daily activities. Data showed there was no significant impact on overload predictive factors, nor on anxiety and depression symptoms. However, the following variables were highly predominant, indicating the need to be more attentive to them. Anxiety had the highest median value, as light anxiety symptoms were observed in both hospitals and there was a correlation with depression, suggesting that caregivers with anxiety symptoms tend to show depression symptoms too. Social support presented a correlation with anxiety symptoms, the perception of damage in daily life activities and a longer period serving as a caregiver. Depression showed a negative correlation with the Action and values resolution factor, and the Self Esteem factor had the highest median value. The research suggests that attributing a sense to the difficulties caregivers face enables them to give the context a new meaning, adapting to it in an easier way and thus, becoming more resilient. Thus, there is a lower probability of repercussions on the individual’s health conditions. In future works, sample increase is recommended, as well as conducting more research focusing on the family member who serves as a caregiver, aiming to fund institutional programs to improve health assistance quality and, consequentially, provide a better life quality for these individuals. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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Agência financiadora: | CAPES |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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