http://repositorio.unb.br/handle/10482/38938
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_MauraPereiradosAnjos.pdf | 4,62 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Institucionalização da licenciatura em educação do campo na UNIFESSPA : avanços e contradições |
Outros títulos: | Institucionalización de la licenciatura de “educación de campo” en la UNIFESSPA : avances y contradicción Institutionalization process of the degree in rural education at the UNIFESSPA : advance of contradiction |
Autor(es): | Anjos, Maura Pereira dos |
Orientador(es): | Molina, Mônica Castagna |
Assunto: | Educadores - formação profissional Direito à educação Educação do campo Formação de educadores |
Data de publicação: | 3-Jul-2020 |
Data de defesa: | 19-Fev-2020 |
Referência: | ANJOS, Maura Pereira dos. Institucionalização da licenciatura em educação do campo na UNIFESSPA: avanços e contradições. 2020. 325 f., il. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | Este trabalho investiga o processo de institucionalização da Licenciatura em Educação do Campo na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, contribuindo no registro e análise da Política Pública de Educação do Campo, criada em 2007, que recolocou na cena pública o direito à formação de educadores e à educação dos povos do campo. Ampara-se no materialismo histórico dialético, cujas categorias historicidade, contradição e dialética contribuem para a compreensão do objeto. A pesquisa de campo foi realizada no sudeste do Pará, de julho/2018 a fevereiro/2019, incluindo pesquisa documental nos arquivos do Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará, na Faculdade de Educação do Campo e no site da Unifesspa; observação sistemática em Tempos Universidade e um Tempo Comunidade e entrevistas com docentes, estudantes e representantes da Comissão Político Pedagógico. Para a análise, os dados obtidos foram cotejados com conceitos e princípios da Educação do Campo na luta pela formação de educadores e o direito à educação, assim como com a literatura sobre as reformas da educação superior e os impactos das políticas de avaliação no trabalho docente e na autonomia universitária. Como resultado da pesquisa, apresenta-se como marcos do processo de institucionalização: a criação do projeto formativo no âmbito do Movimento da Educação do Campo no Sudeste do Pará, em 2009 e sua expansão e reconfiguração, produzida no âmbito da ampliação do Procampo, concomitante com a criação da Unifesspa em 2013. O Procampo provocou a expansão e reconfiguração da Licenciatura pelo edital de 2012, novamente demandado pelos movimentos sociais, ampliando e diversificando do seu quadro de estudantes, incluindo professores das escolas do campo, indígenas, quilombola e camponeses, tornando a universidade pública o locus de formação dos educadores do campo, constituindo um quadro técnico-administrativo e ampliando o seu quadro docente. A Faculdade de Educação do Campo foi criada, e como parte das contradições, na nova institucionalidade foi dada centralidade à avaliação externa, cujo neotecnicismo impactou a autonomia político pedagógica, valorizando o disciplinar, o trabalho docente individual e a produtividade. Os espaços de decisões político, pedagógico e técnico administrativo na Licenciatura, historicamente realizadas coletivamente, enfrentaram-se com a criação de instâncias exigidas pelo MEC. Provocam tensionamentos a centralidade do técnico administrativo na construção de novas regulamentações, o aumento da demanda de trabalho docente, a formação multidisciplinar dos docentes. A formação interdisciplinar, o trabalho coletivo, a alternância pedagógica, pilares do projeto formativo, permanecem, numa direção contrária ao hegemônico na Educação Superior A resistência também se expressa na disputa por influenciar na concepção de universidade e na aprendizagem coletiva produzida pela relação com os movimentos e pelas especificidades do trabalho com os povos do campo e os povos indígenas. Como intelectuais orgânicos, os estudantes se tornam os principais defensores do projeto formativo, tensionando a universidade e a Fecampo pela garantia da formação de educadores do campo, pelo direito à educação por dentro da nova universidade e na defesa das escolas do campo, se inserindo como educadores e participando de lutas nos diversos espaços que configuram o campo. |
Abstract: | This work investigates the institutionalization process of the Degree in Rural Education at the Federal University of the South and Southeast of Pará (Unifesspa), contributing to the registration and analysis of the Public Policies for Rural Education which were stablished in 2007, and again brought to light the right to the teacher’s formation and rural people education of. For this, we rely on dialectical historical materialism, whose categories historicity, contradiction and dialectics contribute to the understanding of the research object. We conducted field research in the southeast of the state of Pará, from July 2018 to February 2019, including conducting documentary research in the archives of the Regional Education Forum of Campo do Sul and Southeast of Pará, at the Faculty of Rural Education (Fecampo) and on the Unifesspa website; We also carry out a systematic observation in University Times and a Community Time and interviews with teachers, students and representatives of the Political Pedagogical Commission. For the analysis, we compared the data obtained with concepts and principles of Rural Education in the struggle for the training of educators and the right to education, as well as with the literature on the reforms of higher education and the impacts of evaluation policies on teaching work and university autonomy. As a result of the research, we present as milestones of the institutionalization process: the creation of the training project within the Rural Education Movement in Southeast Pará in 2009 and its expansion and reconfiguration, produced within the scope of the expansion of Procampo, which occurred in the same period that Unifesspa was created in 2013. Procampo caused the expansion and reconfiguration of the Rural Education degree by the 2012 public notice, with the expansion and diversification of its student base, including rural schools’ teachers, indigenous, quilombolas and rural workers, recognizing the University as a locus for teachers’ education in different fields of the country. knowledge and constituting personnel for the technical-administrative areas for the course, as a result of the social movements demands. Fecampo was created, and as part of the contradictions, in the new institutional framework, external evaluation was given centrality, whose neotechnic impacted political pedagogical autonomy, valuing disciplinary, individual teaching work and productivity. The spaces for political, pedagogical and administrative decisions in the Rural Education degree that historically have always been carried out collectively, faced with the creation of instances required by the Ministry of Education (MEC). The centrality of the administrative technician in the construction of new regulations, the increased demand for teaching work and the disciplinary teachers’ education cause tension. The pillars of the education project, which are interdisciplinary education, collective work, pedagogical alternation, remain in a direction opposed to the hegemonic in Higher Education. The resistance is also expressed in the dispute for influencing the conception of the University and the collective learning produced by the relationship with the movements and the specificities of the work with the rural and indigenous people. As organic intellectuals, students become the main defenders of the training project, tensioning the university and Fecampo by guaranteeing the rural teachers’ education, by the right to education within the new University and in the defense of rural schools, inserting themselves as educators and participating in struggles in the various areas that constitute the rural field. |
Resumen: | Este trabajo investiga el proceso de institucionalización de la Licenciatura de “Educación de Campo”, en la Universidad Federal del Sur e Sudeste de Pará, contribuyendo al registro y análisis de la política pública de educación rural, creada en el año de 2007, que recolocó en la escena pública el derecho a la formación de educadores y a la educación de las poblaciones rurales. Este trabajo se apoya en el materialismo histórico dialéctico, cuyas categorías: historicidad, contradicción y dialéctica, contribuyen a la comprensión del objeto. La pesquisa de campo fue realizada en el sudeste de Pará, de julio/2018 a febrero/2019, incluyendo: investigación bibliográfica en los archivos del Foro Regional de Educación de Campo del Sur y Sudeste de Pará, de la Facultad de “Educación de Campo” y en la página web de la Universidad Federal del Sur e Sudeste de Pará; observación sistemática, en diferentes momentos de las actividades de la Educación de Campo: momentos en la universidad y momentos en la comunidad; y entrevistas con docentes, estudiantes y representantes de la Comisión Político Pedagógica. Para el análisis, los datos obtenidos fueron cotejados con conceptos y principios de la “Educación de Campo” en la lucha por la formación de educadores y el derecho a la educación, así como con la literatura sobre las reformas de la educación superior y los impactos de las políticas de evaluación en el trabajo docente y en la autonomía universitaria. Como resultado de la investigación se presentan, en el marco del proceso de institucionalización: la creación del proyecto formativo, en el ámbito del Movimiento de la Educación de Campo en el Sudeste de Pará, en 2009, y su expansión y reconfiguración, producida en el ámbito de la ampliación de Procampo, concomitante con la creación de la UNIFESSPA en 2013. O Procampo provocó la expansión y la reconfiguración de la licenciatura, a través de la convocatoria de 2012, que incorporó las demandas de los movimientos sociales, ampliando y diversificando el cuadro de estudiantes, incluyendo los profesores de las escuelas de campo, indígenas, quilombolas y campesinos, tornando a la universidad pública el locus de formación de los educadores rurales, constituyendo un cuadro técnico-administrativo y ampliando el cuadro docente. La Facultad de “Educación de Campo” fue creada y como parte de las contradicciones, en la nueva institucionalidad, se dio mayor importancia a la evaluación externa, cuyo neotecnicismo impactó en la autonomía político-pedagógica, dando mayor valor a lo disciplinar, al trabajo docente individual y a la productividad. Los espacios de decisiones políticas, pedagógicas y técnico-administrativas en la licenciatura, históricamente realizadas de forma colectiva, se enfrentaron con la creación de instancias exigidas por el Ministerio de Educación. Provocan tensiones la centralidad de lo técnico administrativo en la construcción de nuevos reglamentos, el aumento de la demanda del trabajo docente, la formación disciplinar de los docentes. La formación interdisciplinar, el trabajo colectivo, la alternancia pedagógica, pilares del proyecto formativo, permanecen en una dirección contraria a la dirección hegemónica en la Educación Superior. La resistencia también se expresa en la disputa por tener influencia en la concepción de universidad y en el aprendizaje colectivo producido por la relación con los movimientos y por las especificidades del trabajo con las poblaciones rurales y con los pueblos indígenas. Como intelectuales orgánicos, los estudiantes se tornan los principales defensores del proyecto formativo, tensionando a la universidad y a la Fecampo, para exigir: la garantía de la formación de los educadores rurales, el derecho a la educación dentro de la nueva universidad y la defensa de las escuelas de campo, insertándose como educadores y participando de las luchas en los diversos espacios que configuran lo rural. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Educação (FE) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Educação |
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Agência financiadora: | CAPES |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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