http://repositorio.unb.br/handle/10482/39126
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_YuriTatianaCampoRodríguez.pdf | 16,64 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Química mineral de magnetita e assinatura isotópica de enxofre em sulfetos de Cu-Fe : implicações para o modelo evolutivo do depósito tipo IOCG metamorfizado do salobo, província mineral de Carajás |
Autor(es): | Rodríguez, Yuri Tatiana Campo |
Orientador(es): | Della Giustina, Maria Emilia Schutesky |
Assunto: | IOCG Isótopos Química de magnetita Enxofre |
Data de publicação: | 7-Jul-2020 |
Data de defesa: | 28-Fev-2020 |
Referência: | RODRÍGUEZ, Yuri Tatiana Campo. Quimica Mineral de Magnetita e Assinatura Isotópica de Enxofre em Sulfetos de Cu-Fe: implicações para o Modelo Evolutivo do Depósito Tipo IOCG Metamorfizado do Salobo, Província Mineral de Carajás. 2020. 72 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | Os depósitos tipo IOCG são formados por fluidos magmático -hidrotermais com forte controle estrutural, e são ricos em óxidos de Fe e sulfetos de Cu-Fe precedidos por alteração hidrotermal sódico-cálcica. No entanto, modelos conceituais ainda não esclarecem se a fonte de enxofre deriva da mesma fonte do magma ou apresenta contribuições de fontes externas, e quais processos hidrotermais geram o enriquecimento em óxido de ferro no depósito. Além disso, modelos atuais não estabelecem um paralelo quando comparado a outros tipos de depósitos de cobre magmáticos de alta temperatura. O principal depósito IOCG do Brasil, o depósito do Salobo localiza-se na Província Mineral de Carajás, sudeste do Cráton Amazônico. Contém recursos de 986 Mt a 0,82% Cu e 0,49 g/t Au. O minério é caraterizado por um alto teor de sulfetos de cobre (bornita e calcocita) hospedados em rochas ricas em magnetita as quais apresentam metamorfismo-deformação e alteração hidrotermal sobreposta. Diversos eventos geológicos como metamorfismo Neoarqueno associado à atividade da zona de Cizalhamente de Cinzento e alterações hidrotermais produto de magmatismo Paleoproterozoico tem dificultado interpretações geoquímicas e da origem do minério no depósito. À parte de discussões relacionadas à geocronologia desse depósito, este estudo tem o objetivo de contribuir para melhor compreensão do modelo evolutivo da mineralização primária, a partir da combinação de análises texturais e mineralógicas de óxidos com isótopos de enxofre em sulfetos de Cu e Fe. Os estudos mineralógicos indicam que há pelo menos três episódios de formação de magnetita. A primeira magnetita (Mgt tipo I) rica em Pb (média 884 ppm), antecede a formação dos sulfetos constituindo a matriz de uma brecha composta por silicatos ricos em Fe (Ferrosilita, Faialita e Hastingsita). A segunda geração (Mgt tipo II) é rica em inclusões de Apatita, Calcopirita, Pirita e Monazita, e ocorre como xenocristais em brechas cimentadas por calcopirita, refletido em maiores concentrações de Cu (média 712 ppm). A terceira fase (Mgt tipo III) constitui um agregado granoblástico em xistos miloníticos ricos em magnetita com altos valores de V (média 503 ppm). No entanto, os padrões composicionais não apresentam um zoneamento geoquímico nem distinção entre os três tipos de magnetita quando analisados em diagramas discriminantes. Os dados isotópicos revelaram um intervalo no δ34SV-CDT de 0,88 a 5,04 ‰ que em conjunto com as associações texturais da calcopirita relacionada a Mgt I e II apontam para uma fonte de enxofre principalmente magmática sem/ou com contribuições mínimas de fluidos altamente salinos externos e indicam um processo de desproporcionalização do enxofre na formação inicial dos sulfetos. Portanto, nossos resultados suportam os tipos de magnetita I e II foram formados a partir de um fluido magmático-hidrotermal oxidado rico em Cu em evolução durante o magmatismo Neoarqueano (anterior à ~2,5 Ga), sob condições atmosféricas não oxidantes. Além disso a oxidação no sistema provocada pela cristalização da magnetita desencadeou a desproporcionalização do enxofre no fluido de caráter magmático -hidrotermal, assim a redução do sulfato contido nesse fluido resultou na formação dos sulfetos de cobre, ou seja, na formação da mineralização de Cu-Au nas brechas de calcopirita (Mgt tipo II), a qual também teve uma contribuição em Cu pela substituição de pirita por calcopirita. O metamorfismo/metasomatismo subsequente de baixo grau asso ciado ao emplacement do Granito Old Salobo e à reativação da Zona de Cisalhamento Cinzento em ~ 2,5 Ga resultou em uma recristalização de magnetita (Mgt tipo III). Finalmente, um magmatismo granítico regional volumoso do tipo A durante o Paleoproterozoico produziu uma remobilização e reconcentração dos sulfetos de Cu, resultando em veios de caráter rúptil e discordantes, de bornita, digenita, covelita e calcocita, além de texturas de exsoluções de minerais de baixa temperatura. Durante esse evento de remobilização não se produziu um novo crescimento de magnetita. |
Abstract: | The genesis of IOCG deposits has been intensely debated, in particular, conceptual models are not yet clear whether the sulfur source is derived from the same magma source or have external contributions and which hydrothermal processes create the iron oxide enrichment. The Salobo deposit is a world-class iron oxide copper and gold (IOCG) deposit located in the Carajás Mineral Province, southeastern Amazon Craton, Brazil. It contains resources of 986 Mt @ 0.82% Cu and 0.49 g/t Au. The ore is characterized by a high tenor of copper-sulfides (bornite and chalcocite) hosted in magnetite-rich rocks with superimposed hydrothermal alteration and metamorphism- deformation, which have complicated ore-genesis and the geochemical interpretations. In this study, we combine mineralogical and chemical analysis of magnetite with sulfur isotopes on Cu-Fe sulfides of the Salobo deposit. Mineralogical studies show that there are three magnetite types, including massive, pristine to inclusion-poor magnetite breccia (Mgt type I), inclusion-rich magnetite-bearing breccia (Mgt type II), and the granoblastic magnetite schist (Mgt type III). The Mgt type I is characterized by an association with high-temperature Fe-rich silicate minerals (i.e., ferrosilite, fayalite, and hastingsite), whereas the Mgt type II is associated with Cu- Fe sulfides relate to chalcopyrite-rich breccias. The Mgt type III is related to the mylonitic schist crosscutted by discordant veins of low-temperature Cu-Fe sulfides. In general, the trace element composition of these magnetite populations is similar without display a distinctive geochemical trend in discrimination diagrams. Thus, the Mgt type III represents recrystallization possible of the other magnetite types during Neoarchean metamorphism/metasomatism with an overprint of magmatic-hydrothermal alteration during the Paleoproterozoic. The range in δ34SV-CDT of 0.88 to 5.04‰ is consistent with a magmatic-hydrothermal sulfur source without/or minimal external contributions and indicates a sulfur disproportionation process in the early sulfide formation. Therefore, our data support that the magnetite types I and II were formed from an evolving oxidized -magmatic-hydrothermal Cu- rich fluid, under non-oxidizing atmospheric conditions. Moreover, the magnetite oxidation (crystallization) triggered the sulfur disproportionation, thus the sulfate reduction and the sulfide formation. Subsequent low-grade metamorphism associated with the emplacement of the Old Salobo Granite and reactivation of the Cinzento Shear Zone in ca. ~2.5 Ga resulted in the recrystallized Mgt type, which subsequently underwent hydrothermal alteration as a result of Paleoproterozoic magmatism. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Geociências (IG) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Geologia |
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