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2020_RaianeNunesNogueira.pdf1,25 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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dc.contributor.advisorCosta, Liana Fortunato-
dc.contributor.authorNogueira, Raiane Nunes-
dc.date.accessioned2020-08-24T16:15:06Z-
dc.date.available2020-08-24T16:15:06Z-
dc.date.issued2020-08-24-
dc.date.submitted2020-07-03-
dc.identifier.citationNOGUEIRA, Raiane Nunes. Distorções cognitivas de ofensores sexuais em interação grupal e familiar. 2020. vi, 129 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/39412-
dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2020.pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa buscou ampliar a compreensão sobre a distorção cognitiva, um dos sintomas clínicos observados em ofensores sexuais adultos de crianças e adolescentes. A distorção cognitiva é uma justificativa do ofensor acerca do cometimento da ofensa sexual que destoa das normas sociais e implica em possibilidade de mudança a partir de atendimento terapêutico. As distorções cognitivas também aumentam a vulnerabilidade para o cometimento da ofensa sexual e, portanto, seu tratamento está significativamente relacionado com a diminuição da probabilidade de reincidência. A principal função das distorções cognitivas é neutralizar emoções negativas do ofensor sexual que surgem a partir de um conflito interno e da estigmatização social. Utilizando-se do olhar sistêmico, investigou-se a distorção cognitiva de homens adultos ofensores sexuais intrafamiliares de crianças e adolescentes durante o processo de avaliação e intervenção em contexto da saúde, especificamente grupal e familiar. Realizou-se uma etnografia da intervenção grupal e das entrevistas familiares conduzidas pela equipe do CEPAV Alecrim, unidade de saúde pública especializada no atendimento de adultos ofensores sexuais. Os ofensores atendidos pela unidade foram encaminhados por varas criminais, tendo já respondido a processo criminal, ou em cumprimento de sentença. A intervenção grupal observada contou com a presença de 13 homens e, em relação às entrevistas familiares, foram observadas quatro sessões. Todas as informações foram registradas com o auxílio do diário de campo que foi analisado a partir de uma leitura fluida e exaustiva buscando por sentidos comuns relacionados às distorções cognitivas presentes na interação grupal e nas interações familiares. Para a construção do corpus de análise, foram valorizadas as impressões do observador, assim como as falas individualizadas e as falas ocorridas nas interações. Os resultados mostraram que a distorção cognitiva esteve presente durante a intervenção grupal, sendo compreendida como expressão da ansiedade no enfrentamento de emoções negativas. Por outro lado, também foram observadas como parte do planejamento de futuro e reinserção social. Observou-se que as distorções cognitivas apareceram durante os diálogos ocorridos no grupo naqueles momentos em que a discussão envolveu estigmas de ser um ofensor sexual, motivação para o cometimento da ofensa sexual, questionamento da masculinidade e incontrolabilidade do desejo sexual. A expressão das distorções cognitivas, por vezes, aliviou o clima de tensão da interação grupal. Com relação às interações familiares, as distorções cognitivas identificadas possuíram função de fortalecer os vínculos familiares. A ausência do membro ofensor sexual gera grande sofrimento para a família, que precisa se reorganizar material e emocionalmente. Uma vez que a relação de apoio mútuo e lealdade é construída ao longo dos anos e sustenta a estrutura familiar, a família busca se ajustar ao seu retorno do sistema judiciário. Entretanto, a partir da revelação da ofensa sexual, a família precisa se reposicionar. Para amenizar a tensão e o sofrimento, a família aceita e acompanha o ofensor sexual nas distorções cognitivas e constroem uma percepção alterada da realidade que é mantida a partir do mito familiar, por meio do exercício do compromisso da lealdade. Ainda, evitam falar sobre o ocorrido tentando manter o segredo familiar sobre a ofensa sexual intrafamiliar ocorrida. Dessa forma, a família consegue reconstruir a estrutura familiar após o retorno do ofensor sexual e protegê-lo de um novo cometimento.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleDistorções cognitivas de ofensores sexuais em interação grupal e familiarpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordAbuso sexualpt_BR
dc.subject.keywordDinâmica de grupopt_BR
dc.subject.keywordRelações familiarespt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1The main goal of this research was to broaden the understanding of cognitive distortions, a clinical symptom commonly observed in adult sexual offenders of children and adolescents. Cognitive distortions refers to the justifications of offenders for committing sexual offences and disagreeing with social norms, being a venue for development in therapeutic interventions. Cognitive distortions also increase motivations for a sexual offence and therefore, focused treatments may decrease reoffending. The main function of cognitive distortions is to compensate for the sexual offender's negative emotions that arise from internal conflict and social stigmatization. Using the systemic view, cognitive distortions of adult male sexual offenders of children and adolescents were investigated during the process of evaluation and intervention, specifically from groups and family. An ethnography of the group interventions and family interviews was conducted in CEPAV Alecrim, a public health unit specialized in the care of adult sexual offenders. The offenders treated by the unit were forwarded by criminal courts, having already responded to criminal proceedings, or in compliance with a sentence. The ethnographer observed 13 men in group interventions and four sessions of family interviews. All data was recorded with a field diary, which was analyzed from a fluid and exhaustive reading, looking for common meanings related to the cognitive distortions present in the group and family interactions. For the analysis, the observer's impressions were evaluated, as well as the individualized topics and the topics that occurred in the interactions. The results showed that cognitive distortions were present during the group intervention, being understood as an expression of anxiety in coping with negative emotions. On the other hand, cognitive distortions were also observed as part of future planning and social reintegration. Cognitive distortions appeared during the dialogues that took place in the group when the discussion involved stigmas of being a sexual offender, motivation to commit sexual offense, questioning masculinity and uncontrollable sexual desire. The expression of cognitive distortions has sometimes eased the tension in interactions between groups. Regarding family interactions, the cognitive distortions identified had the function of strengthening family bonds. The absence of the sexual offending member generates great suffering for the family, which needs to reorganize itself materially and emotionally. Since the relationship of mutual support and loyalty was built over the years and supports the family structure, the family seeks to adjust to its return from the judicial system. However, after the occurrence of a sexual offense, the family needs to reorganize itself. To alleviate tension and suffering, the family accepts and accompanies the sexual offender in cognitive distortions and builds an altered perception of reality that is maintained from the family myth, through the exercise of loyalty commitment. Still, they avoid talking about what happened, trying to keep secrecy about intrafamily sexual offenses. In this way, families are able to reconstruct the family structure after the reintegration of sexual offenders and protect them from a new offence.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Psicologia (IP)pt_BR
dc.description.unidadeDepartamento de Psicologia Clínica (IP PCL)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Culturapt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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