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Título: Práticas integrativas e complementares em saúde na prevenção, controle e tratamento das arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya : uma sistematização qualitativa, Brasil 2019
Autor(es): Alves, João Armando
E-mail do autor: armandounb@gmail.com
Orientador(es): Souza, Silvia Ribeiro de
Assunto: Práticas integrativas e complementares
Saúde da comunidade
Promoção da saúde
Plantas medicinais
Arboviroses - tratamento
Data de publicação: 16-Set-2020
Referência: ALVES, João Armando. Práticas integrativas e complementares em saúde na prevenção, controle e tratamento das arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya: uma sistematização qualitativa, Brasil 2019. 2020. 85 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Os cuidados populares aliados à ciência podem influenciar os determinantes de saúde. Nesse contexto, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) foram reconhecidas desde Alma-Ata em 1978 e, no Brasil, foi instituída em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares pelo Ministério da Saúde (PNPIC/MS). O Projeto ArboControl UnB/MS, realizou oficinas onde os entrevistados responderam sobre a utilização de plantas, rituais e crenças como auxiliares na prevenção e tratamento das arboviroses, incluindo-se as práticas integrativas da medicina tradicional ligadas à educação popular nas diversas comunidades. Com o objetivo de analisar as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) associadas à prevenção, ao controle e ao tratamento das arboviroses dengue, zika e chikungunya em 16 municípios brasileiros no ano de 2017, desenvolveu-se o método a partir do Projeto ArboControl que consiste numa proposta de investigação do controle do vetor Aedes aegypti e das arboviroses dengue, zika e chikungunya. O recorte apresentado neste trabalho representa um estudo exploratório qualitativo descritivo orientado por análise de conteúdo, sob a coordenação do Laboratório de Educação, Comunicação e Informação em Saúde (Ecos/FS/UNB). Analisou-se o conteúdo de oficinas realizadas com a comunidade em 16 municípios brasileiros. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa FS/UnB. Os resultados foram obtidos a partir da análise das oficinas, onde se considerou os trechos que emergiram nas questões e respostas relacionadas às PICs que apontaram para as especificidades socioculturais em relação à percepção e atitude, com destaque para a categoria: cuidado realizado pelo uso de plantas e práticas da medicina tradicional. Destacaram-se aquelas conhecidas popularmente, aplicadas como repelentes, para o preparo de banhos terapêuticos e na forma de chás. Com a função repelente, seja para o ambiente ou para aplicar na pele, a citronela e o cravo da índia diluídos em álcool, separadamente ou em combinações variadas surgiram como as plantas mais citadas. A cana brejeira como infusão para banho foi recomendada para o alívio da coceira causada pela chikungunya. As duas práticas de maior destaque foram a Auriculoterapia e a Massoterapia como auxiliares no alívio das dores causadas pela chikungunya. A título de conclusões, é possível destacar como partes integrantes do SUS, o uso de plantas medicinais no cuidado à saúde bastante difundido no Brasil, regulamentado pela Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e, as terapias orientadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A população as reconhece cada vez mais, porém é preciso haver orientação profissional e observar a regulamentação para garantir a segurança dos usuários sobre a prescrição e a melhor forma de utilização. Para a prevenção das arboviroses, ficou evidente o interesse pelo efeito repelente das plantas. A PNPIC garante a oferta e acesso, mas a população precisa ser melhor informada sobre as possibilidades de ampliação do autocuidado.
Abstract: Popular care combined with science can influence health determinants. In this context, Integrative and Complementary Health Practices (PICs) have been recognized since Alma Ata in 1978 and, in Brazil, the National Policy of Integrative and Complementary Practices was instituted in 2006 by the Ministry of Health (PNPIC/MS). The ArboControl UnB/MS Project, held workshops where the interviewees answered about the use of plants, rituals and beliefs as aids in the prevention and treatment of arboviruses, including the integrative practices of traditional medicine linked to popular education in different communities. In order to analyze the Integrative and Complementary Health Practices (PICs) associated with the prevention, control and treatment of dengue, zika and chikungunya arboviruses in 16 Brazilian municipalities in 2017, the method was developed from the ArboControl Project which consists of a proposal to investigate the control of the vector Aedes aegypti and arboviruses dengue, zika and chikungunya. The cut presented in this work represents a qualitative descriptive exploratory study guided by content analysis, under the coordination of the Laboratory of Education, Communication and Information in Health (Ecos/FS/UNB). The content of workshops held with the community in 16 Brazilian municipalities was analyzed. Project approved by the Research Ethics Committee FS/UnB. The results were obtained from the analysis of the workshops, where it was considered the excerpts that emerged in the questions and answers related to the PICs that pointed to the socio-cultural specificities in relation to the perception and attitude, with emphasis on the category: care performed by the use of plants and practices of traditional medicine. Noteworthy were those known popularly, applied as repellents, for the preparation of therapeutic baths and in the form of teas. With the repellent function, either for the environment or to apply on the skin, citronella and cloves diluted in alcohol, separately or in various combinations, have emerged as the most mentioned plants. Brown sugar cane as a bath infusion was recommended for the relief of itchiness caused by chikungunya. The two most prominent practices were Auriculotherapy and Massotherapy as aids in the relief of pain caused by chikungunya. As conclusions, it is possible to highlight as integral parts of SUS, the use of medicinal plants in health care, which is widespread in Brazil, regulated by the National Policy on Medicinal Plants and Herbal Medicines (PNPMF) and, the therapies guided by the National Policy on Practices Integrative and Complementary (PNPIC). The population recognizes them more and more, however, there is a need for professional guidance and compliance with the regulations to ensure the safety of users regarding the prescription and the best form of use. For the prevention of arboviruses, interest in the repellent effect of plants was evident. PNPIC guarantees the offer and access, but the population needs to be better informed about the possibilities for expanding self-care.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2020.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado Profissionalizante
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado Profissionalizante
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
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