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2020_MariaTerezaRibeiroAlves.pdf4,75 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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dc.contributor.advisorMatricardi, Eraldo Aparecido Trondoli-
dc.contributor.authorAlves, Maria Tereza Ribeiro-
dc.date.accessioned2021-01-04T14:35:23Z-
dc.date.available2021-01-04T14:35:23Z-
dc.date.issued2021-01-04-
dc.date.submitted2020-03-19-
dc.identifier.citationALVES, Maria Tereza Ribeiro. Modelos de assentamentos como propulsores do desmatamento na Amazônia. 2020. xx, 128 f., il. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/39853-
dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 2020.pt_BR
dc.description.abstractAs florestas tropicais fornecem serviços ecossistêmicos relevantes nas escalas local, regional e global, como a conservação da biodiversidade, o armazenamento de carbono, e a regulação dos ciclos hidrológicos. Contudo, estas florestas, incluindo a floresta Amazônica, estão sob intensa pressão antrópica para conversão de áreas nativas em áreas de agricultura ou pastagens. Um dos fatores apontados como propulsor do aumento das taxas de desmatamento na Amazônia brasileira é representado pelos projetos de assentamentos de colonização implementados desde a década de 1970 e por outros tipos de assentamentos rurais implantados nas décadas posteriores. O design espacial de projetos de assentamentos na Amazônia denominado fishbone (espinha de peixe) foi o mais utilizado para a distribuição de lotes nos primeiros assentamentos, planejados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária nas décadas de 1970 e 1980. Este designs de projeto sofreu severas críticas devido aos impactos ambientais causados pelo design do projeto, com destaque aos impactos nos recursos hídricos e florestais. Subsequentemente, foi adotado outros designs na tentativa de minimizar os impactos ambientais, destacando-se o design dendrítico, com reservas legais em bloco, que prevê distribuição dos lotes com base nas características físicas do terreno (e.g., topografia e presença de rios). Este desenho agrupa as reservas legais, previstas pelo Código Florestal Brasileiro antigo (Lei no 4.771/65) e atual (Lei no 12.651/12), para todas as propriedades rurais, em grandes fragmentos florestais, denominados reservas em blocos, permitindo, dessa maneira, o uso dos lotes para atividades agrícolas/pastagem. Além destes designs, existem ainda os assentamentos adjacentes, também denominados “espontâneos” ou “mistos”, decorrentes de invasões que foram posteriormente regularizadas e sem design espacial definido, às vezes caracterizados como expansão dos projetos do tipo espinha de peixe. Embora os designs e efeitos dos projetos de assentamento sejam variados, ainda faltam estudos quantitativos para avaliar seus impactos nas taxas de desmatamento e na paisagem. No presente estudo, conduzimos uma análise quantitativa das diferenças nas taxas de desmatamento no período entre 1985 e 2015 em projetos de assentamentos implantados com os três designs espaciais (fishbone, dendrítico e espontâneo/misto). Também analisamos, de forma quantitativa, os impactos dos diferentes designs de assentamentos na fragmentação da paisagem da região centro-norte de Rondônia e uma modelagem de cenários de desmatamentos futuros para a área deste estudo usando o programa DINAMICA EGO. Analisamos quatro projetos de assentamentos com três designs de ocupação no estado de Rondônia: Cujubim e Machadinho, com design dendrítico e reservas em bloco; Burareiro, com design fishbone; e os assentamentos espontâneos/mistos. Os resultados da avaliação das taxas de desmatamento apontaram que o uso da terra nos assentamentos mudou severamente no período estudado, com a conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas em todos os anos analisados e com desmatamento atingindo aproximadamente 50% da área original em 2015. O design de assentamento dendrítico, com reserva em blocos, apresentou a maior capacidade de contenção de desmatamento na área de estudo. A análise da fragmentação da paisagem evidenciou que a maioria dos fragmentos se concentra na classe de 0-10 hectares em todos os assentamentos, indicando alto grau de fragmentação e permanência de poucos remanescentes florestais indicados para a conservação. Os processos de fragmentação da vegetação nativa nos três designs de assentamento diferiram entre si. Os valores oscilaram de acordo com os processos de ocupação e com a data de criação dos assentamentos. A fragmentação direcional se mostrou viável para a delimitação de áreas para conservação e para a modelagem de corredores ecológicos, indicando a direção Sudeste-Noroeste para o estabelecimento de um corredor na paisagem. Com base nos resultados da modelagem dos cenários adotados neste estudo, observamos a consolidação da fragmentação da paisagem nos próximos 30 anos, sugerindo semelhança no design de ocupação dos projetos na paisagem. Nos cenários tendencial e pessimista, observamos as piores taxas de desmatamentos futuros. Embora tenhamos observado diferenças dos efeitos dos designs dos projetos de assentamento na paisagem da região de estudo, também foi perceptível que as políticas públicas (por exemplo, a criação de unidades de conservação), o envolvimento das comunidades tradicionais na conservação (por exemplo, comunidades extrativistas) e implementação da legislação, produzem maiores efeitos na conservação da vegetação nativa.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleModelos de assentamentos como propulsores do desmatamento na Amazôniapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.subject.keywordDesmatamentopt_BR
dc.subject.keywordAssentamentos ruraispt_BR
dc.subject.keywordUnidades de conservaçãopt_BR
dc.subject.keywordConservação da biodiversidadept_BR
dc.subject.keywordAssentamentos rurais - projetospt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1Tropical forests provide ecosystem services that are relevant at the local, regional, and global scales, such as biodiversity conservation, carbon stocking, and the regulation of hydrological cycles. These forests, however, including the Amazon forest, have been facing severe anthropogenic pressure for the conversion of its native vegetation to cropland and pastureland. One of the factors identified as a driver of deforestation are the rural settlements created in the 1970s, as well as the settlements established in the subsequent decades. The spatial pattern (fishbone) mostly used in the establishment of the first settlement plots by the National Institute for Colonization and Agrarian Reform (INCRA) has received a lot of criticism. Subsequently, a dendritic pattern was adopted, which concentrates the Legal Reserves in blocks and takes into consideration the physical characteristics of the terrain (e.g., topography and river network). This design clusters the Legal Reserves in large patches (reserves in block), which are prescribed for all rural properties by the former (Law no 4.771/65) and current (Law no 12.651/12) Brazilian Forest Codes. Agricultural and cattle ranching activities are permitted in these reserves, according to the legislation. Besides these patterns, there are also settlements in a fishbone and dendritic pattern without reserves in block. Reserves in areas with this pattern, termed 'mixed settlements', were small and, therefore, analyzed together. Although the designs and the effects of these settlement projects are varied, there is a lack of quantitative studies that relate the contribution of different settlement patterns to deforestation and landscape fragmentation. In the present study, we conducted a quantitative analysis of deforestation rates observed between 1985 and 2015 in settlement projects established in the three spatial patterns (fishbone, dendritic, and mixed). A quantitative and directional analysis of the landscape fragmentation was conducted in settlements and in the north-central portion of the state of Rondônia, with models of future scenarios of deforestation using the software DINAMICA EGO. We analyzed four settlements in the state of Rondônia: Cujubim and Machadinho, with dendritic patterns and reserves in block; Burareiro, with a fishbone pattern; and mixed settlements, with various patterns and without reserves in block. Results on deforestation rates indicated that land use in the settlements changed greatly over the analyzed period, with the gradual conversion of the forest into agricultural and pasture areas. These deforested areas reached up to 50% of the original area during the study period. The dendritic pattern with reserves in block showed the highest capacity to contain deforestation. The landscape deforestation analysis showed that the size of most patches varied between 0-10 hectares in all settlements, indicating a high fragmentation rate and a few forest remnants suitable for conservation. However, the fragmentation process of the native vegetation was different among the three spatial patterns. Patterns varied according to the settlements' process of occupation and date of creation. Directional fragmentation was successful to identify areas for conservation and for the modeling of ecological corridors, with the indication of the southeasternnorthwestern portion of the landscape for the creation of a corridor. The modeled scenarios pointed to the consolidation of the fragmented areas in the landscape in the next 30 years. The business-as-usual and pessimistic scenarios presented the worst deforestation rates modeled for the future. In all analyses, differences were identified among settlement patterns and plot distribution. However, the impacts of economic policy actions had a greater role in the maintenance of the native vegetation. For instance, the absence of environmental law enforcements in the conservation units of the Cujubim settlement, with a dendritic pattern, caused the deforestation rates to rise over time with human intrusion in the reserves in block.pt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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