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Título: Distress e enfrentamento de mulheres adultas e idosas com câncer : perspectivas sobre gênero e desenvolvimento
Autor(es): Tavares, Agni Gonçalves
E-mail do autor: agni_gonçalves@hotmail.com
Orientador(es): Araujo, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de
Assunto: Distress - enfrentamento
Mulheres - saúde mental
Psico-oncologia
Câncer - aspectos psicológicos
Data de publicação: 15-Jun-2021
Referência: TAVARES, Distress e enfrentamento de mulheres adultas e idosas com câncer: perspectivas sobre gênero e desenvolvimento. 2021. 114 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Ao longo do tempo, numerosos estudos sobre distress e enfrentamento têm sido empreendidos em Psico-oncologia. Nessa área, denomina-se distress, o sofrimento psicológico de origem multifatorial, relacionado ao diagnóstico e aos tratamentos oncológicos. Quanto ao enfrentamento, persiste o interesse clínico no acompanhamento de pacientes oncológicos, em razão da necessidade de se estimular estratégias mais adaptativas, tendo em vista suas necessidades psicossociais, notadamente aquelas relacionadas ao gênero e às etapas de desenvolvimento do ciclo vital. Assim, considerando tais preocupações científicas e assistenciais, realizou-se uma investigação com o objetivo geral de descrever, avaliar e comparar distress e enfrentamento de mulheres adultas e mulheres idosas, diagnosticadas com câncer. No total, participaram do estudo, 21 mulheres submetidas a tratamento quimioterápico em um centro especializado privado, localizado no Distrito Federal e que tinham os seguintes diagnósticos: câncer de mama (n = 10), estômago (n = 3), ovário (n = 3), colo do útero (n = 2), intestino (n = 1), pulmão (n = 1) e pâncreas (n = 1). Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados: Termômetro do Distress (TD), Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), Questionário Sociodemográfico e Roteiro de Entrevista Semiestrurada. Duas subamostras foram constituídas, de acordo com a faixa etária: Grupo A - nove pacientes entre 20 e 50 anos de idade (M = 40,5; DP = 4,1); e Grupo B - 12 pacientes entre 51 e 80 anos de idade (M = 61,0; DP = 11,5). Os dados quantitativos foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial. Os resultados obtidos apontaram níveis de distress mais elevados em mulheres adultas (M = 5,67; DP = 3,35), em comparação com as mulheres idosas (M = 4,08; DP = 2,31). Quanto às mulheres idosas, constatou-se maior proporção de problema físico (fadiga e nariz seco/congestionado) identificados pelo TD. A análise geral da amostra estudada (N = 21) revelou predomínio da estratégia de enfrentamento ‘focalizada no problema’. Somente 10 pacientes participaram das entrevistas, em razão das dificuldades associadas ao contexto de coleta de dados (distanciamento social estabelecido pela clínica), a qual foi conduzida durante a pandemia deflagrada pela Covid-19. Os relatos obtidos foram categorizados em dois eixos gerais ‘estratégias de enfrentamento’ e ‘estresse’, os quais foram organizados em torno dos seguintes temas: fase diagnóstica, tratamento, familiar e trabalho. Foi possível notar concepções negativas das pacientes no que se refere ao tratamento. Para melhor caracterização das especificidades vinculadas ao gênero e ao desenvolvimento humano, recomenda-se que futuras pesquisas analisem grupos etários com menor intervalo de tempo. Também se recomendam estudos multicêntricos com o intuito de ampliar a compreensão sobre aspectos socioculturais.
Abstract: Over time, numerous studies on distress and coping have been undertaken in Psycho-oncology. In this area, it is called distress, the psychological suffering of multifactorial origin, related to the diagnosis and oncological treatments. As for coping, the clinical interest in monitoring cancer patients persists, due to the need to encourage more adaptive strategies, in view of their psychosocial needs, notably those related to gender and the stages of development of the life cycle. Considering such scientific and care concerns, an investigation was carried out with the general objective of describing, evaluating and comparing distress and coping of adult women and elderly women, diagnosed with cancer. Participated in the study, 21 women who underwent chemotherapy treatment in a private specialized center, located in the Federal District and who had the following diagnoses: breast (n = 10), stomach (n = 3), ovary (n = 3), cervix (n = 2), intestine (n = 1), lung (n = 1) and pancreas (n = 1) cancer. As instruments of data collection, the following were used: Distress Thermometer (TD), Ways of Coping Checklist (adapted version) Sociodemographic Questionnaire and Semi-structured Interview. Two subsamples were constituted, according to the age group: Group A - nine patients between 20 and 50 years of age (M = 40.5; SD = 4.1); and Group B - 12 patients between 51 and 80 years of age (M = 61.0; SD = 11.5). Quantitative data were subjected to descriptive and inferential statistical analysis. The results obtained showed higher levels of distress in adult women (M = 5.67; SD = 3.35), compared to elderly women (M = 4.08; SD = 2.31). As for elderly women, there was a higher proportion of physical problems (fatigue and congested nose) identified by TD. The general analysis of the studied sample (N = 21) revealed a predominance of the coping strategy 'focused on the problem'. 10 patients participated in the interviews, due to the difficulties associated with the context of data collection (social distancing established by the clinic), which was conducted during Covid-19 pandemic. The reports obtained were categorized into two general axes ‘coping strategies’ and ‘stress’, which were organized around the following themes: diagnostic phase, treatment, family and work. It was possible to notice negative conceptions of patients regarding treatment. For a better characterization of the specificities linked to gender and human development, it is recommended that future studies analyze age groups with a shorter interval of time. Multicenter studies are also recommended in order to broaden the understanding of socio-cultural aspects.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
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