http://repositorio.unb.br/handle/10482/41437
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_JosefaNeianeGoulartBatista.pdf | 1,93 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Podridão negra das crucíferas no Brasil : etiologia e estratégias de manejo em couve-flor |
Outros títulos: | Black rot of crucifers in Brazil : etiology and management strategies in cauliflower |
Autor(es): | Batista, Josefa Neiane Goular |
E-mail do autor: | neianev@gmail.com |
Orientador(es): | Ferreira, Marisa Alvares da Silva Velloso |
Coorientador(es): | Duval, Alice Maria Quezado |
Assunto: | Controle biológico - pragas e insetos Proteção fitossanitária Resistência genética Hortaliças - doenças e pragas Podridão negra Couve-flor - doença e pragas |
Data de publicação: | 16-Jul-2021 |
Data de defesa: | 18-Nov-2020 |
Referência: | BATISTA, Josefa Neiane Goulart. Podridão negra das crucíferas no Brasil: etiologia e estratégias de manejo em couve-flor. 2020. 137 f., il. Tese (Doutorado em Fitopatologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | A couve-flor é uma hortaliça pertencente à família Brassicaceae, tem grande importância econômica e alto valor nutritivo na alimentação humana. Uma das principais doenças que afeta esse grupo de hortaliças é a podridão negra, que tem como agente causal a bactéria Xanthomonas campestris pv. campestris (Xcc). Outros patovares de X. campestris também podem induzir sintomas em brássicas. Assim, é importante melhor esclarecer a etiologia da doença, além da variabilidade genética e fenotípica do agente causal. A busca por cultivares resistentes tem sido um desafio constante, pois essa é a principal medida de controle para a doença. Mesmo assim, após o início da doença, poucas medidas de controle são eficientes. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivos: i) identificar isolados de Xanthomonas, obtidos em lavouras de brássicas no Brasil e no Distrito Federal, em nível de espécie e patovar, e caracterizar sua variabilidade via PCR específica, perfis genômicos por BOX-PCR, sequenciamento do gene rpoD e raças presentes; ii) Caracterizar a sensibilidade in vitro de isolados de Xcc ao cobre e casugamicina; iii) Avaliar híbridos comerciais de couve-flor em casa de vegetação e no campo quanto à severidade da podridão negra; iv) Avaliar a estabilidade de dois híbridos frente a 10 isolados de Xcc; e v) Avaliar o desempenho de agrotóxicos para o controle da podridão negra no cultivo de couve-flor em casa de vegetação e no campo. Cento e cinquenta isolados de brócolis, couve, couve chinesa, couve-flor, mostarda selvagem, rabanete e repolho e um isolado de uma planta voluntária de tomate foram identificados como Xcc, por PCR com primers específicos e sequenciamento parcial do gene housekeeping rpoD. De acordo com os resultados dos ensaios in vitro de sensibilidade ao cobre e a casugamicina, 143 isolados foram resistentes a 100 µg/ml de casugamicina e cinco a 200 µg/ml de sulfato de cobre. A análise de BOX-PCR detectou 65 haplótipos distintos na coleção. Na identificação das raças de 79 isolados, verificou-se a ocorrência das raças 1, 3, 4, 6 e 9, com predominância da raça 4 (54,43%, n= 43) e da raça 1 (32,91%, n= 26). Avaliou-se as cultivares Cindy, Sarah, Sharon, Verona, EACF 2000, Veridiana, Shiro, Piracicaba de Verão, Vera F1, Vigo F1 e Champagne Snow, e, posteriormente, a estabilidade da reação das cultivares Sarah e Cindy frente a 10 isolados. O híbrido EACF 2000 apresentou menor severidade em casa de vegetação. A cultivar Piracicaba de Verão apresentou menor severidade em campo. Já as cultivares mais produtivas foram Vera F1 (19,64 t ha1 ), Verona (17,18 t ha1 ) e Veridiana (17,15 t ha1 ). No ensaio de estabilidade, a resistência intermediária de Sarah foi mantida. Avaliou-se os agrotóxicos azoxistrobina e difenoconazol; óleo essencial de Melaleuca alternifolia; trifloxistrobina e tebuconazol; oxicloreto de cobre e mancozebe; Bacillus subtilis linhagem Y1336 e casugamicina. Em condições de campo nenhum programa de integração teve efeito na severidade da doença. Além disso, observou-se efeitos dos programas de integração nas variáveis peso da inflorescência e produtividade. Em casa de vegetação, o agrotóxico à base de Bacillus subtilis reduziu a severidade da podridão negra em couve-flor quando aplicado via foliar. Desse modo, o emprego de variedades menos suscetíveis aliado a aplicações do produto biológico apresenta um potencial de controle da doença a ser validado em condições de campo e lavouras comerciais de couve-flor. |
Abstract: | Cauliflower is a vegetable belonging to the family Brassicaceae. It has great economic importance and high nutritional value for human consumption. One of the main diseases that affects this crop is black rot caused by the bacterium Xanthomonas campestris pv. campestris (Xcc). Other pathovars of X. campestris can also induce symptoms in brassicas. Therefore, it is important to better clarify the etiology of the disease, in addition to the genetic and phenotypic variability of the causal agent. The search for resistant cultivars has been a constant challenge, as this is the main control measure for this disease. Even so, after the disease onset, few control measures are expected to be effective. In this context, the present work aimed at: i) Identify the causal agent at species and pathovar levels, and characterize the variability of Xanthomonas isolates obtained from brassica crops in Brazil and the Federal District via specific PCR, genomic profiles by BOX PCR, rpoD gene sequencing and race identification, ii) Evaluate in vitro sensitivity of Xcc isolates to copper and kasugamycin; iii) Evaluate the severity of black rot in commercial cauliflower hybrids under greenhouse and field conditions; iv) Assess the stability of the best hybrids against 10 Xcc isolates; and v) Evaluate the performance of pesticides for the control of black rot in cauliflower under greenhouse and field conditions. One hundred and fifty bacterial isolates from broccoli, kale, Chinese cabbage, cauliflower, wild mustard, radish, and cabbage and one isolate from a voluntary tomato plant, were identified as Xcc through PCR with specific primers and confirmed by the partial sequencing of the housekeeping gene rpoD. In vitro tests for sensitivity to copper and kasugamycin showed that 143 isolates were resistant to 100 µg/ml of kasugamycin and five to 200 µg/ml of copper sulfate. BOX-PCR analysis detected 65 distinct haplotypes in the collection. The occurrence of races 1, 3, 4, 6 and 9 was observed, with predominance of races 4 (54.43%, n = 43) and race 1 (32.91%, n = 26) in a subset of 79 isolates. Reaction of cultivars Cindy, Sarah, Sharon, Verona, EACF 2000, Veridiana, Shiro, Piracicaba de Verão, Vera F1, Vigo F1, and Champagne Snow was compared. The stability of the reaction of Sarah and Cindy against 10 isolates was evaluated. The EACF 2000 hybrid showed less severity under greenhouse conditions. On the other hand, cultivars Veridiana and Piracicaba de Verão showed less disease severity in the field. The most productive cultivars were Vera F1 (19.64 t ha1), Verona (17.18 t ha1) and Veridiana (17.15 t ha1). In the stability test, Sarah's intermediate resistance was confirmed. The following agrochemicals were evaluated for control of black rot: azoxystrobin and difenoconazole, Melaleuca alternifolia essential oil; trifloxystrobin and tebuconazole; copper oxychloride and mancozebe; Bacillus subtilis strain Y1336 and kasugamycin. Under field conditions, no integration program influenced the severity of the disease. In addition, the effects of integration programs on inflorescence weight and yield were observed. In the greenhouse experiment, the pesticide based on Bacillus subtilis reduced the severity of black rot in cauliflower by foliar application. In conclusion, high genetic variability was detected among Xcc isolates in Brazil, the reaction of cultivars was not consistent among greenhouse and field trials, but some cultivars showed lower disease severity than others, and one biological pesticide was shown to be promising for black rot control. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Biológicas (IB) Departamento de Fitopatologia (IB FIT) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Univesidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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