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Título: Florística e biologia reprodutiva de espécies de melastomataceae no parque estadual da serra de Caldas Novas e parque estadual dos Pireneus, Goiás
Autor(es): Santos, Mirley Luciene dos
Orientador(es): Oliveira, Paulo Eugênio Alves Macedo de
Assunto: Melastomataceae
Biologia reprodutiva
Data de publicação: 2-Set-2021
Referência: SANTOS, Mirley Luciene dos. Florística e biologia reprodutiva de espécies de melastomataceae no parque estadual da serra de Caldas Novas e parque estadual dos Pireneus, Goiás. 2003. x, 159 f., il. Tese (Doutorado em Ecologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2003.
Resumo: O inventário florístico da família Melastomataceae foi realizado de janeiro de 2001 a dezembro de 2002 no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas e de outubro de 2001 a dezembro de 2002 no Parque Estadual dos Pireneus. As coletas foram mensais e ao longo das principais estradas e trilhas que percorrem os parques, cobrindo os diferentes tipos fisionômicos da vegetação. Os exemplares herborizados foram identificados e depositados nos herbários da Universidade Federal de Uberlândia (HUFU) e da Universidade de Brasília (UB). Análise comparativa qualitativa das espécies de Melastomataceae foi feita com outras áreas de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Informações sobre a fenologia da floração e frutificação foram obtidas a partir do inventário florístico e acompanhamento das espécies no campo. Para algumas das espécies de Melastomataceae com ocorrência nas áreas foram estudados aspectos da biologia reprodutiva. Esses estudos se basearam na realização de polinizações controladas e análise da viabilidade polínica. Em ambas as áreas do estudo a família Melastomataceae está bem representada, com grande diversidade de hábitos em diferentes habitats. No Parque Estadual da Serra de Caldas Novas as Melastomataceae estão representadas por 28 espécies distribuídas em 10 gêneros, sendo Miconia e Tibouchina os mais numerosos, com 12 e 5 espécies respectivamente, seguidos por Clidemia, com 3 e Microlicia, com 2 espécies. Cambessedesia, Leandra, Macairea, Marcetia, Rhynchanthera e Trembleya apresentam uma única espécie cada. No Parque Estadual dos Pireneus foram encontradas 39 espécies distribuídas em 15 gêneros, sendo Miconia, Tibouchina e Microlicia os mais numerosos, com 10, 8 e 5 espécies respectivamente, seguidos por Trembleya, com 3 e Lavoisiera e Leandra, com 2 espécies. Os demais gêneros; Acisanthera, Cambessedesia, Chaetostoma, Comolia, Desmoscelis, Macairea, Ossaea, Rhynchanthera e Tococa estão representados por uma única espécie cada. O maior número de espécies em comum entre as áreas do estudo e Chapada dos Veadeiros (Goiás) e Serra da Canastra (Minas Gerais) indica que com relação à família Melastomataceae, essas áreas apresentam composição florística semelhante de modo geral, espécies de Melastomataceae foram observadas florescendo e/ou frutificando ao longo de todo o ano em ambas as áreas. No entanto, maior número de espécies floresceu na transição entre a estação seca e estação chuvosa, e ainda no final dessa estação. Já a frutificação concentrou-se ao longo da estação seca e nos primeiros meses da estação chuvosa. As espécies anemocóricas frutificaram durante a estação seca, enquanto as espécies zoocóricas frutificaram ao longo de todo o ano, mas com pico nos primeiros meses da estação chuvosa. As flores das Melastomataceae apresentam atributos melitófilos e são polinizadas por abelhas com comportamento vibrátil. Das oito espécies com sistema reprodutivo estudado, Miconia ferruginata e Microliciafasciculata são apomiticas, o que confirma a freqüência desse mecanismo de reprodução na família. Macairea radula, Rhynchanthera grandiflora, Tibouchina papyrus, T villosissima e Trembleya neopyrenaica são autocompatíveis, enquanto Tibouchina aegopogon é auto-incompatível. A análise da viabilidade polínica mostrou que, em geral as espécies apomiticas produzem uma proporção de grãos viáveis bem menor do que aquelas que não são apomiticas. Entre as espécies apomiticas os valores médios de viabilidade de pólen variaram entre 1,9 e 8%, enquanto entre as espécies não apomiticas, esses valores variaram entre 59,9% e 97,5%. Esses percentuais de pólen viável podem trazer indícios se o sistema de reprodução é apomítico ou sexuado.
Abstract: A floristic inventory ofthe Melastomataceae was carried out from January 2001 to December 2002 at the Serra de Caldas Novas State Park and from October 2001 to December 2002 at the Pireneus State Park, Goiás - Brazil. The collections were made monthly along the main roads and tracks within the Parks, covering the different vegetational types. The herborized materials were identified and deposited in the herbaria of the Universidade Federal de Uberlândia (HUFU) and Universidade de Brasilia (UB). A comparative floristic analysis of the Melastomataceae species was carried out with other areas of Minas Gerais, Goiás and Bahia. Information about the flowering and fruiting phenology were obtained from the floristic inventory and complementary observations of the species in the field. Aspects of the reproductive biology were studied in some species occurring in the areas. These studies were based on controlled pollinations and pollen viability estimates (stainability with Acetic carmine). In both study areas the family is well represented, with a great variety of life forms in different habitats. At the Serra de Caldas Novas state park, the Melastomataceae were represented by 28 species distributed among 10 genera. The Miconia and Tibouchina were the most diverse, with 12 and 5 species respectively, followed by Clidemia, with 3 and Microlicia with 2 species. Cambessedesia, Leandra, Macairea, Marcetia, Rhynchanthera and Trembleya presented a single species. At the Pireneus state park there were found 39 species distributed among 15 genera, with Miconia, Tibouchina and Microlicia as the most diverse, with 10, 8 and 5 species respectively; followed by Trembleya with 3 and Lavoisiera and Leandra with 2 species. The other genera, Acisanthera, Cambessedesia, Chaetostoma, Comolia, Desmoscelis, Macairea, Ossaea, Rhynchanthera e Tococa were represented by a single species each. The largest number of species in common among the study areas and Chapada dos Veadeiros (statre of Goias), and Serra da Canastra (state of Minas Gerais), indicate that the Melastomataceae of these areas present similar floristic composition. In general, species of Melastomataceae flowering and/or fruiting were observed throughout the year at both study areas. The largest number of species flowered in the transition between the dry and the rainy season, and also at the end of the rains. The fruiting species were concentrated during the dry season and in the first months of the rainy season. Anemochorous species produced fruits mostly during the dry season while the zoochorous species presented fruits all over the year, with greater intensity at the first months of the rainy season. The flowers of the studied Melastomataceae species presented melitophillous attributes and were pollinated by large bees which vibrate the anthers (buzz pollination). Among the eight species for which the reproductive systems were studied, Miconia ferruginata and Microlicia fasciculata were apomictic, confirming the frequency of this reproductive mechanism in the family. Macairea radula, Rhynchanthera grandiflora, Tibouchina papyrus, T. villosissima e Trembleya neopyrenaica were self-compatible while Tibouchina aegopogon was self-incompatible. The pollen viability estimates showed that, in general, the apomictic species produce a proportion of potentially fertile grains but much smaller proportion than those from apomictic ones. Among the apomictic species the mean values of pollen viability varied between 1,9 and 8 %, while among the non-apomictic species these values varied between 59,9% and 97,5%. These percentages of potentially fertile pollen may be used as an indicator of apomictic or sexual breeding systems in further Melastomataceae species.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2003.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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