Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Diniz, Janaína Deane de Abreu Sá | - |
dc.contributor.author | Brennand, Cláudio Alves Ribeiro | - |
dc.date.accessioned | 2022-02-24T18:34:10Z | - |
dc.date.available | 2022-02-24T18:34:10Z | - |
dc.date.issued | 2022-02-24 | - |
dc.date.submitted | 2021-11-03 | - |
dc.identifier.citation | BRENNAND, Cláudio Alves Ribeiro. Resiliência social no semiárido brasileiro: as perspectivas de assentadas e assentados da reforma agrária. 2021. 160 f., il. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/42987 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta pesquisa busca analisar a resiliência social de assentadas e assentados da reforma agrária
no Semiárido Brasileiro, considerando suas percepções diante dos riscos dos eminentes e
recorrentes ciclos de secas. As categorias mobilizadas (seca, água, políticas públicas e
tecnologias sociais) se basearam no lugar de fala das mulheres e homens entrevistados,
militantes do MST, nos auxiliando na compreensão das estratégias para convivência com o
Semiárido e na construção permanente de sua resiliência social. O ob jetivo geral da dissertação
consiste, portanto, em pesquisar a percepção da resiliência social à seca de assentadas e
assentados da reforma agrária no Semiárido. Para cumprirmos esse objetivo, definimos três
objetivos específicos: elaborar uma retrospectiva das secas no Semiárido; caracterizar e
analisar, a partir de relatos, os diferentes efeitos das cisternas de placas na vida de assentadas
e assentados; e identificar o papel das políticas públicas na estratégia de convivência com o
Semiárido. Nossa opção metodológica foi a adoção da pesquisa qualitativa, com foco nas
perspectivas dos próprios participantes. Utilizamos amostragem não probabilística, com critérios
mais flexíveis paras as necessidades não previstas que surgiram durante a pesquisa, sem nos
basearmos em elementos estatísticos. Esse tipo de amostragem não resulta em generalizações,
tendo em vista a falta de sustentação probabilística. Adotamos a realização de entrevistas
semiestruturadas, cuja interação social é mediada pelas perguntas que formulamos às pessoas
entrevistadas, focadas no tema da pesquisa, promovendo o diálogo para a coleta de dados.
Realizamos seis entrevistas com pessoas de cinco assentamentos da reforma agrária no
Nordeste, sendo quatro mulheres e dois homens, militantes do MST de Sergipe, Pernambuco e
Ceará. Os efeitos dos ciclos de seca têm fortes impactos na população do Semiárido ao longo
da história, acarretando milhões de perdas de vida humanas. Entretanto, os recentes ciclos de
secas a partir de 2010, algumas extremas, não acarretaram tais calamidades. Esta pesquisa é
motivada para se compreender como as pessoas entrevistadas atuaram e agem, não raras vezes
em árduas condições de vida, na construção da resiliência social, em sua busca por água nas
secas no transcorrer de suas vidas, a relação com as tecnologias sociais, as lutas e conquistas
pela reforma agrária e o papel das políticas públicas. Os resultados obtidos indicam o atingimento
dos três objetivos específicos definidos da pesquisa e, consequentemente, o objetivo geral. Ao
abordarmos o histórico das secas no Semiárido, perpassando os anos compreendidos pelos
séculos XVI ao XXI, cumprimos o primeiro objetivo. O segundo objetivo foi atingido através das
contribuições das pessoas entrevistadas, cujos relatos detalham os efeitos das cisternas de
armazenamento de água em suas vidas. O terceiro objetivo também foi contemplado pelas
entrevistas, em que constatamos a centralidade do papel das políticas públicas para a resiliência
social. Esses três objetivos específicos compõem o mosaico que viabilizou o atingimento do
objetivo geral do estudo: pesquisar a percepção da resiliência social à seca de assentadas e
assentados da reforma agrária no Semiárido. Os resultados apresentam que as pessoas
entrevistadas do MST atuam articuladamente, através de redes em rede, com a ASA, entre os
assentamentos, com outros movimentos sociais e sindicatos, além de demonstrarem capacidade
de interlocução com mandatos parlamentares e dos poderes executivos municipais e estaduais.
Essas interlocuções têm buscado contrabalancear a redução de políticas e recursos de origem
federal. A luta por reforma agrária é um elemento chave, estando presente em todos os
processos de atuação das pessoas entrevistadas, desde a organização para ocupações,
conquistas de assentamentos, na pressão por políticas públicas, acesso à água, na produção de
alimentos etc. Luta por reforma agrária emerge como o fundamento da construção cotidiana da
resiliência social. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Resiliência social no semiárido brasileiro : as perspectivas de assentadas e assentados da reforma agrária | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Resiliência social | pt_BR |
dc.subject.keyword | Semiárido | pt_BR |
dc.subject.keyword | Reforma agrária | pt_BR |
dc.subject.keyword | Política pública | pt_BR |
dc.subject.keyword | Seca | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research seeks to analyze the social resilience of agrarian reform settlers and settlers in the
Brazilian Semiarid Region, considering their perceptions regarding the risks of the eminent and
recurrent drought cycles. As mobilized categories (drought, water, public policies and social
technologies) were based on the place of speech of the women and men interviewed, MST
militants, helping us to understand the strategies for living with the semiarid and in the permanent
construction of their social resilience. The general objective of the dissertation consists, therefore,
in researching the perception of social resilience to the drought of agrarian reform settlers and
settlers in the Semiarid region. To fulfill this objective, we defined three specific ob jectives: to
prepare a retrospective of droughts in the Semiarid Region; characterize and analyze, based on
reports, the different effects of plate cisterns on the lives of settlers and settlers; and identify the
role of public policies in the strategy for living with the Semiarid region. Our methodological option
was to adopt qualitative research, focusing on the perspectives of the participants themselves.
We use non-probabilistic sampling, with more flexible criteria for unforeseen needs that arose
during the research, without relying on statistical elements. This type of sampling does not result
in generalizations, given the lack of probabilistic support. We adopted semi-structured interviews,
whose social interaction is mediated by the questions we asked the people interviewed, focused
on the research theme, promoting dialogue for data collection. We conducted six interviews with
people from five agrarian reform settlements in the Northeast, four women and two men, MST
activists from Sergipe, Pernambuco and Ceará. The effects of drought cycles have had strong
impacts on the population of the Semiarid region throughout history, resulting in millions of loss
of human life. However, the recent drought cycles from 2010 onwards, some of which are
extreme, have not brought about such calamities. This research is motivated to understand how
the people interviewed acted and act, often in arduous living conditions, in the construction of
social resilience, in their search for water in droughts in the course of their lives, the relationship
with social technologies, the struggles and achievements for agrarian reform and the role of public
policies. The results obtained indicate the achievement of the three specific defined objectives of
the research and, consequently, the general objective. By approaching the history of droughts in
the Semi-arid, spanning the years from the 16th to the 21st centuries, we have fulfilled the first
objective. The second objective was achieved through the contributions of the people interviewed,
whose accounts detail the effects of water storage cisterns on their lives. The third objective was
also covered by the interviews, in which we found the centrality of the role of public policies for
social resilience. These three specific objectives make up the mosaic that made it possible to
reach the general objective of the study: to research the perception of social resilience to drought
of settlers and settlers of agrarian reform in the Semi-arid region. The results show that the people
interviewed from the MST act articulately, through networked network, with the ASA, among the
settlements, with other social movements and unions, in addition to demonstrating capacity for
dialogue with parliamentary mandates and municipal and state executive po wers. These
dialogues have sought to counterbalance the reduction in federal policies and resources. The
struggle for agrarian reform is a key element, being present in all the processes of action of the
people interviewed, from organization to occupations, settlement conquests, pressure for public
policies, access to water, food production, etc. Struggle for agrarian reform emerges as the
foundation of the everyday construction of social resilience. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | Esta investigación busca analizar la resiliencia social de asentadas y asentados de la reforma
agraria en la región del semiárido brasileño, considerando sus percepciones frente a los riesgos
de los inminentes y recurrentes ciclos de sequía. Las categorías levantadas (sequía, agua,
políticas públicas y tecnologías sociales) tienen origen en los testimonios recogidos en las
entrevistas de mujeres y hombres, militantes del Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra-MST, que nos ayudaron a comprender las estrategias para la convivencia con el semiárido
y la construcción permanente de su resiliencia social. El objetivo general de la tesis se enfoca
en investigar la percepción de la resiliencia social frente a la sequía entre asentados y asentadas
de la reforma agraria en la región Semiárida. Para cumplir este objetivo definimos tres objetivos
específicos: elaborar una retrospectiva de las sequías en la región semiárida; caracterizar y
analizar, a partir de relatos, los diferentes efectos de las cisternas de placas en la vida de
asentadas y asentados; e, identificar el papel de las políticas públicas en la estrategia de
convivencia con el semiárido. Nuestra opción metodológica fue realizar una investigación
cualitativa con foco en las perspectivas de los propios participantes. Se utilizó el muestreo no
probabilístico, con criterios más flexibles para las necesidades imprevistas que surgieron
durante la investigación, sin depender de elementos estadísticos. Este tipo de muestreo no da
lugar a generalizaciones, en vista de la falta de apoyo probabilístico. Optamos por entrevistas
semiestructuradas, cuya interacción está mediada por las preguntas que hacemos a las personas
entrevistadas, centradas en el tema de la investigación, promoviendo el diálogo para la
recolección de los datos. Realizamos seis entrevistas con personas de cinco asentamientos de
la reforma agraria en el Noreste, cuatro mujeres y dos hombres, militantes del MST de Sergipe,
Pernambuco y Ceará. Los efectos de los ciclos de sequía han tenido fuertes impactos en la
población del semiárido a lo largo de la historia, con millones de pérdidas de vidas humanas.
Sin embargo, los recientes ciclos de sequías a partir de 2010, algunas extremas, no han
provocado tales calamidades. La motivación para esta investigación es comprender cómo las
personas entrevistadas actuaron y actúan, no pocas veces en condiciones de vida arduas, en la
construcción de resiliencia social, la búsqueda de agua en sequías en el curso de sus vidas, la
relación con las tecnologías sociales, las luchas y logros por la reforma agraria y el papel de las
políticas públicas. Los resultados alcanzados indican la consecución de los tres objetivos
específicos definidos en la investigación y, en consecuencia, del objetivo general. A medida
que nos acercamos a la historia de las sequías en el semiárido, pasando por los años entre los
siglos XVI y XXI, cumplimos el primer objetivo. El segundo objetivo se logró a través de las
contribuciones de las personas entrevistadas, cuyos relatos detallan los efectos de las cisternas
de almacenamiento de agua en sus vidas. El tercer objetivo también se alcanzó en las
entrevistas, en las que verificamos la centralidad del rol de las políticas públicas para la
resiliencia social. Estos tres objetivos específicos conformaron el mosaico que permitió el logro
del objetivo general del estudio: investigar la percepción de resiliencia social ante la sequía de
asentadas y asentados de la reforma agraria en el semiárido. Los resultados muestran que las
personas entrevistadas del MST trabajan articuladamente, a través de redes en red, con la ASA-
Articulação Semiárido Brasileiro, entre los asentamientos, con otros movimientos sociales y
sindicatos, además de demostrar la capacidad de interlocución con los mandatos parlamentarios
y poderes ejecutivos municipales y estatales. Estos diálogos han buscado contrarrestar la
reducción de políticas y recursos de origen federal. La lucha por la reforma agraria es un
elemento clave, presente en todos los procesos de acción de las personas entrevistadas, desde
la organización hasta las ocupaciones, las conquistas de los asentamientos, la presión por
políticas públicas, el acceso al agua, la producción de alimentos, etc. La lucha por la reforma
agraria surge como la base de la construcción cotidiana de la resiliencia social. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade UnB Planaltina (FUP) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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