http://repositorio.unb.br/handle/10482/43055
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2021_LucasdeToledoLauretto.pdf | 934,86 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Morcegos frugívoros de Brasília |
Autor(es): | Lauretto, Lucas de Toledo |
Orientador(es): | Aguiar, Ludmilla Moura de Souza |
Assunto: | Phyllostomidae Ecologia urbana Interação animal-planta Urbanização Fobia lunar |
Data de publicação: | 17-Mar-2022 |
Data de defesa: | 27-Ago-2021 |
Referência: | LAURETTO, Lucas de Toledo. Morcegos frugívoros de Brasília. 2021. 52 f., il. Dissertação (Mestrado em Ecologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Resumo: | A urbanização se caracteriza como um dos distúrbios antrópicos de grande intensidade que gera extinções locais. Morcegos estão presentes em todas as cidades, e apesar de sua imensa diversidade em áreas preservadas, algumas poucas espécies ocupam áreas urbanas. Aqui, avalio primeiramente se morcegos frugívoros presentes em uma área urbana e uma área protegida bastante próximas têm dieta similares, e como a riqueza e abundância de morcegos se altera entre essas áreas (Capítulo 1, artigo submetido). Durante um ano morcegos foram capturados e tiveram as fezes coletadas e analisadas. A área urbana teve menor número de espécies de morcego, mas maior abundância, enquanto a área protegida teve maior número de espécies e menor abundância. Na área urbana e na área preservada a maioria dos frutos consumidos era de espécies nativas. Artibeus lituratus (Olfers, 1818) e A. planirostris (Spix, 1823) foram dominantes na área urbana, e a planta mais utilizada foi Miconia sp. Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) e Glossophaga soricina (Pallas, 1766) foram as espécies mais comuns na área nativa, e as plantas mais utilizadas foram Ficus sp. e Piper sp. A riqueza de espécies de plantas consumidas na área protegida foi menor durante a seca, mas na área urbana não teve diferença, indicando que a disponibilidade constante de alimentos em áreas urbana pode explicar a grande abundância observada para as espécies dominantes nessas áreas. Registrei o primeiro uso em área urbana brasileira das seguintes espécies: Piper hispidum Sw. usado por Glossophaga soricina (Pallas, 1766), Artibeus planirostris (Spix, 1823) e A. lituratus (Olfers, 1818); Licania tomentosa (Benth.) Fritsch usada por Artibeus obscurus (Schinz, 1821), A. planirostris (Spix, 1823) e A. lituratus (Olfers, 1818); Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) utilizando Miconia sp., Ficus gomelleira Kunth e Terminalia catappa L.; Artibeus planirostris (Spix, 1823) utilizando Ficus nymphaeifolia Mill., Ficus gomelleira Kunth, Mangifera indica L., Miconia sp., Piper aduncum L. e Terminalia catappa L.; e Artibeus lituratus (Olfers, 1818) utilizando Ficus nymphaeifolia Mill.. Posteriormente, testei a ocorrência de fobia lunar em morcegos urbanos (Capítulo 2). A fobia lunar é o fenômeno da queda de atividade de morcegos e outros animais noturnos durante noites de maior incidência de luz lunar. Geralmente é explicada como uma estratégia relacionada ao risco de predação, ou a disponibilidade de presas, no caso dos insetívoros. O objetivo foi avaliar se esse fenômeno se mantém em ambiente urbano, através da comparação das estimativas da taxa de atividade tanto ao longo do ciclo lunar, quanto entre a lua cheia e lua nova. Testei a hipótese de que a iluminação artificial poderia alterar esse comportamento. Contudo, os dados indicam ocorrência de fobia lunar para as espécies mais capturadas de morcegos urbanos, os frugívoros Artibeus lituratus e A. planirostris, bem como para a espécie mais capturada em área protegida, Carollia perspicillata. Por outo lado houve maior atividade do insetívoro Molossus molossus durante a lua cheia. Os resultados corroboram o observado na literatura em que a resposta à incidência de luz lunar é espécie-específica em intensidade e efeito, variando de acordo com o tipo de forrageamento. A urbanização parece não ter influência sobre a fobia lunar. Isso pode ser explicado de duas formas diferentes: a presença de predadores urbanos, e, portanto, morcegos teriam a capacidade de detecção direta de predadores; a existência de um ciclo biológico em morcegos relacionado ao ciclo lunar. Mais estudos são necessários para se testar uma dessas explicações, sendo sugerido um futuro trabalho com o uso de modelos simulando predadores em árvores em frutificação para comparar a taxa de retirada de frutos. Palavras-chave: Phyllostomidae, ecologia urbana, interação animal-planta, urbanização, fobia lunar |
Abstract: | Bats are the richest group of mammals in the Cerrado and the most abundant in cities around the world. Our goal was to evaluate whether frugivorous bats living in an urban area and in a close protected area have similar diets. Bats were captured and their feces collected and analyzed throughout a whole year. The urban area had fewer species of bats but greater abundance of individuals, while the protected area had more species of bats and lower abundance of individuals. In both areas, native species of fruits were the most consumed food source. Artibeus lituratus (Olfers, 1818) and A. planirostris (Spix, 1823) were dominant in the urban area, and Miconia sp. was the most consumed plant. Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) and Glossophaga soricina (Pallas, 1766) were the most common species in the protected area, and Ficus sp. and Piper sp. were the most consumed plant. The number of plant species consumed by bats in the protected area was lower during the dry season. However, the number of plant species consumed in the urban area presented no difference between the seasons. The constant availability of food can explain the abundance of dominant species of frugivorous bats in urban areas. We recorded for the first time the consumption of some fruits by the following bat species in a Brazilian urban area: Piper hispidum Sw. consumed by G. soricina (Pallas, 1766), A. planirostris (Spix, 1823) and A. lituratus (Olfers, 1818); Licania tomentosa (Benth.) Fritsch by A. obscurus (Schinz, 1821), A. planirostris (Spix, 1823), and A. lituratus (Olfers, 1818); Miconia sp., Ficus gomelleira Kunth, and Terminalia catappa L. by Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810); Ficus nymphaeifolia Mill., F. gomelleira Kunth, Mangifera indica L., Miconia sp., Piper aduncum L., and T. catappa L. by A. planirostris (Spix, 1823); and F. nymphaeifolia Mill. by A. lituratus (Olfers, 1818). |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Biológicas (IB) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2021. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ecologia |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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