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Título: O imaginário dos militares na Guerrilha do Araguaia (1972-1974)
Autor(es): Corrêa, Carlos Hugo Studart
Orientador(es): Costa, Cléria Botêlho da
Assunto: Guerrilheiros do Araguaia
Araguaia, Guerrilha do, 1972-1974
Forças armadas - Brasil
Militares
Data de publicação: 8-Abr-2022
Referência: CORRÊA, Carlos Hugo Studart. O imaginário dos militares na Guerrilha do Araguaia (1972-1974). 2005, vii, 226 f. Dissertação (Mestrado em Política Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2005.
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o imaginário dos militares na Guerrilha do Araguaia, no período compreendido entre 1972 e 1974. O conflito se deu no contexto internacional da guerra fria, quando o Pais vivia sob regime militar autocrático instaurado em 1964, e um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil tentou implantar uma revolução armada no campo, na região do rio Araguaia. Descoberto pelas Forcas Armadas, o episodio resultou na morte de 85 guerrilheiros e camponeses. O trabalho procurou dar visibilidade ao imaginário dos militares, as praticas, valores e criações, notadamente as novas estratégias de poder e as recriações das táticas do combate. Para tanto, foram utilizadas fontes escritas e orais. Destaque-se um longo trabalho de pesquisa realizado por militares que participaram dos combates, o Dossiê Araguaia, documento inédito, no qual eles narram os acontecimentos da guerrilha sob o ponto de vista das Forcas Armadas, dentre outros, bem como foi complementada com narrativas orais dos militares. Para tecer o contra imaginário, foi utilizado o diário redigido pelo comandante das Forcas Guerrilheiras, Mauricio Grabois, igualmente inédito. A pesquisa constatou j que as Forcas Armadas utilizaram, em muitos momentos, praticas de exceção, como execução de prisioneiros e outras violações dos Direitos Humanos. Os militares estavam imbuídos de um imaginário movido pelo anticomunismo, traço característico da época, e dos novos significados do conceito de segurança nacional e razoes de estado. Para tecer uma analise sobre o objeto de estudo, o dialogo teórico foi com autores da Nova Historia, em especial os conceitos do imaginário do filosofo Cornelius Castoriadis. Também deu-se ênfase aos estudos de Hannah Arendt acerca das instituições publicas dos regimes totalitários, notadamente o conceito de heteronômica, posteriormente introduzido por Castoriadis nos estudos do imaginário.
Abstract: The main purpose of this dissertation is to analyze the imaginary of the military personnel during the Araguaia Guerrilla, from 1972 to 1974. The conflict took place during the cold war, when the country was ruled by an autocratic military regime, which took power through a coup in 1964. The Araguaia movement was organized by PC do B (Communist Party of Brazil) along the borders of Tocantins, Para, and Maranhao. The guerrilla members opposed the military regime and wanted to establish an independent state in the region. However, when they were discovered by the Armed Forces, the movement was crushed. This episode caused the death of eighty-five people, among members of the guerrilla movement and peasants. This work attempts to put the imaginary of the military personnel, as well as their practices, values and creations, especially the new strategies of power and the recreations of combat tactics, on the spotlight. In order to do so, written and oral sources were used. The Araguaia Dossier, an unpublished document, deserves special attention, since it’s the result of long reasearch carried out by the military personnel who were involved in the combats. The Araguaia Dossier reports the guerrilla facts from the Armed Forces’ point of view, having also collected a series of personat accounts of the military personnel. On the other side of the spectrum, there’s the counter-imaginary. The development of which was based on a diary, also unpublished, written by the commanding officer of the Guerrilla Forces, Mauricro Grabois. This research has come to the conclusion that the Armed Forces variously used notorious practices, such as torturing and executing prisoners, as well as countless sorts o f Human Rights’ violations. The military were instilled with an anticommunism-driven imaginary, a common then, and with new concepts of national security and reasons of state. So as to weave an analysis about the object of study, a theoretical dialog was carried out with authors of New History, especially the philosopher's Comelius Castoriadis concepts of the imaginary. Attention was also paid to Hannah Arendfs studies on the public institutions of totalitarian regimes, notably the concepts of heteronomy, which were later introduced by Castoriadis in his studies of the imaginary.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) - Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2005.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Política Social
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
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