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Título: “Você nem tá com tanta dor assim” : o racismo na atenção à saúde reprodutiva das mulheres negras do Distrito Federal
Autor(es): Oliveira, Juliana Ribeiro
E-mail do autor: julyriboli@gmail.com
Orientador(es): Pereira, Lucélia Luiz
Assunto: Racismo
Saúde reprodutiva
Mulheres negras
Data de publicação: 23-Jun-2022
Referência: OLIVEIRA, Juliana Ribeiro. “Você nem tá com tanta dor assim”: o racismo na atenção à saúde reprodutiva das mulheres negras do Distrito Federal. 2022. 126 f., il. Dissertação (Mestrado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: O racismo se manifesta a partir da naturalização de hierarquias sociais produzidas por meio de estereótipos, preconceitos e discriminações, gerando formas diferenciadas de tratamento entre pessoas negras e brancas e que são refletidas nas instituições. Essa diferenciação ocorre, também, nos serviços de saúde e, no caso da atenção à saúde reprodutiva das mulheres negras, pode manifestar-se por meio de violência e negligência nos atendimentos, e por vezes até insultos ou resistências no fornecimento do serviço. Nesse sentido, esta dissertação buscou analisar as percepções das gestantes e puérperas negras do Distrito Federal sobre os cuidados recebidos nos serviços de saúde durante o pré-natal, parto e puerpério, com o objetivo de apreender a influência que o racismo exerce na atenção à saúde reprodutiva dessas mulheres. Para a realização da pesquisa utilizou-se uma abordagem qualitativa com a realização de entrevistas semiestruturadas que, em razão da pandemia de COVID-19, foram realizadas de maneira virtual, com gestantes e puérperas negras atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal. Foram realizadas um total de 10 entrevistas, sendo 06 gestantes e 04 puérperas que estavam fazendo seu acompanhamento na UBS 02 do Fercal (Catingueiro) e UBS 02 da Estrutural. A partir dos relatos colhidos na pesquisa podese observar que o fato das mulheres entrevistadas estarem inseridas em um contexto de desvantagens socioeconômicas, tais como baixo rendimento, pouca escolaridade e moradia em regiões periféricas, faz com que as discriminações sofridas por essas mulheres se tornem parte de suas rotinas, de modo que, a maioria não percebe essa diferenciação de tratamento como uma manifestação do racismo, mas apenas uma manifestação de discriminações de classe. Ainda assim, foi possível observar, à luz dos relatos, a ocorrência de práticas racistas durante o pré-natal e o parto que geraram violência obstétrica nessas mulheres.
Abstract: Racism manifests itself from the naturalization of social hierarchies produced by stereotypes, prejudices and discriminations, creating different forms of treatment between black and white persons and are reflected in the institutions. This distinction can also happen in healthcare systems and, in the matter of reproductive health care of black women, can be manifested by violence and neglecting the consultations, and sometimes even insultations or resistance in providing the service. For that matter, this dissertation analized the perception of black pregnant and puerperal women in Federal District regarding medical health care during prenatal care, childbirth and puerperium, and sought to apprehend the influence that racism exercises over reproductive health care of black women. For the research, it has been used a qualitative approach with semi-structured interviews which, due the COVID-19 pandemic, were performed virtually, with black pregnant and puerperal women addressed in the Basic Health Unit (BHU) in Federal District. A total of 10 interviews were made, 06 of them were pregnant black women and 04 of them puerperal black women doing their health care consultations and follow-ups in the BHU 02 of Fercal (Catingueiro) and BHU 02 of Estrutural. From the interviews collected in the research it can be observed that the fact that the women interviewed are included in a context of economical disadvantage, such as low income, minimal education and remote regions which made the discriminations experienced by them become part of their routine, in such way, most of them does not realize these treatment variations as a manifestation of racism, but only a manifestation of class discrimination. Despite this, it can be observed that, by the reports, the occurrence of racist acts during prenatal care and birth that resulted in obstetric violence.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Política Social
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