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2004_GermanaHenriquePereiradeSouza.pdf8,31 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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dc.contributor.advisorBastos, Hermenegildo José de Menezes-
dc.contributor.authorSousa, Germana Henriques Pereira de-
dc.date.accessioned2022-06-29T19:44:07Z-
dc.date.available2022-06-29T19:44:07Z-
dc.date.issued2022-06-24-
dc.date.submitted2004-12-04-
dc.identifier.citationSOUSA, Germana Henriques Pereira de. Carolina Maria de Jesus: o estranho diário da escritora vira-lata. 2004. xix, 262 p., il. Tese (Doutorado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2004.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/44025-
dc.descriptionTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2004.pt_BR
dc.description.abstractEm agosto de 1960, Audálio Dantas lança, em São Paulo, pela Livraria Francisco Alves, Quarto de despejo, o "diário da favelada" Carolina Maria de Jesus. Com forte carga midiática, a publicação do tão sonhado livro foi um estrondoso sucesso, no Brasil e no exterior. Carolina infiltra na literatura brasileira pela porta da mídia. Fez-se, então, uma surpresa Carolina: para um público ávido por espetáculo, as revistas, os jornais e a editora ofereceram um fenômeno de venda - a favelada que escreve. Pouco tempo depois da edição do seu segundo livro, Casa de Alvenaria, em 1961, realizado para dar uma satisfação à sociedade - o barraco no Canindé fora trocado pela alvenaria em Santana- a autora foi completamente esquecida. Na sua obra, Carolina relata o processo que a levou de favelada a best-seller e depois ao esquecimento. Nosso objetivo neste trabalho é, pela análise dos textos autobiográficos da autora, ver como ela molda suas próprias lembranças, o que destaca, o que deixa para trás. Para além do trabalho da memória, o importante aqui é ver sua transformação em texto, em literatura. Esta é a segunda e definitiva surpresa provocada por Carolina: liberada da carga midiática, sua escrita se impõe pelo valor estético, para além da curiosidade da primeira surpresa. O valor estético está configurado na obra por meio da linguagem rasurada, que sintetiza dialeticamente anacronismo e oralidade. A questão aqui é a de discutir as razões dessa segunda surpresa por meio do estudo das relações da obra de Carolina com o sistema literário brasileiro, tal como o define Antonio Cândido, e com o polissistema literário, ou seja a convivência simultânea de vários subsistemas diferentes dentro de um mesmo sistema, de acordo com a teoria de Itamar Even-Zohar. Para isso, é preciso compreender a configuração dessa estética "vira-lata", que se transfigura no "estranho diário", e que levou Carolina de favelada a best-seller, nacional e internacional, e depois, novamente, ao lugar reservado aos excluídos na sociedade brasileira, o silêncio e o isolamento.pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.relation.isbasedonhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/44039-
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleCarolina Maria de Jesus : o estranho diário da escritora vira-latapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.subject.keywordQuarto de Despejo: Diário de uma favelada (1960) - romancept_BR
dc.subject.keywordRomance brasileiropt_BR
dc.subject.keywordAnálise do discurso narrativopt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract3Audálio Dantas publie, à São Paulo, en aoút 1960, dans une édition prestigieuse de Ia Francisco Alves, Quarto de despejo [Le dépôtoir], le journal intime de Carolina Maria de Jesus. Vite devenue un immense succès de ventes, au Brésil et à 1'étranger, Carolina rentre subitement dans l'univers de Ia littérature brésilienne par Ia porte des médias et devient ainsi une agréable surprise: Ia chiffonière qui écrit. Le publie avide de nouveautés et de spectacles consomme rapidement 1'auteur et son oeuvre et ensuite les oublie. Son deuxième journal, Casa de Alvenaria, paru un an après, a pour but satisfaire Ia curiosité des lecteurs: Ia chiffonière quitte le bidonville pour habiter une "vraie maison" [titre du livre en français]. Dans son oeuvre, par Ia duplicité typique des récits personnels, 1'auteur nous raconte le trajet qui Ia mène au succès et ensuite à l'oubli. II s'agit de comprendre, donc, par l'analyse de son journal intime, comment Ia réinvention de Ia mémoire se change em littérature. Voilà Ia deuxième surprise de Carolina: après son passage météorique par les médias, 1'oeuvre est redécouverte par Ia critique qui s'interroge sur sa valeur esthétique. Celle-ci, selon le point de vue adopté dans ce travail, se trouve dans son langage fracturé, mélange contradictoire d'anacronisme au niveau de Ia forme et du vocabulaire et de Ia syntaxe de Ia langue orale. À partir de ces observations, nous étudions les rapports de l'oeuvre de Carolina avec le système littéraire brésilien, tel qu'il a été décrit par Antonio Cândido, et aussi selon Ia théorie des polisystèmes, de Itamar Even-Zohar. Le système littéraire est perçu ici dans ses relations dynamiques avec l'Histoire.pt_BR
dc.contributor.emailmailto:gdesousa@unb.brpt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Letras (IL)pt_BR
dc.description.unidadeDepartamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Literaturapt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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