Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/44160
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2022_OsvaldoLeandroGabiati.pdf1,06 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Cultura política comparada : populismo autoritário na Argentina e no Brasil no Século XXI
Outros títulos: Comparative political culture : authoritarian populism in Argentina and Brazil in the 21st century
Cultura política comparada : populismo autoritario en Argentina y Brasil en el siglo XXI
Autor(es): Gabiati, Osvaldo Leandro
E-mail do autor: leandrogabia@unb.br
Orientador(es): Negri, Camilo
Assunto: Cultura política
Comportamento político
Autoritarismo
Política comparada
Data de publicação: 8-Jul-2022
Referência: GABIATI, Osvaldo Leandro. Cultura política comparada: populismo autoritário na Argentina e no Brasil no Século XXI. 2021. 189 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: A presente tese apresenta um questionamento simples e objetivo: por que houve espaço político para o avanço de uma direita mais radical e populista no Brasil e não na Argentina? Para tentar responder a esse questionamento, surge a seguinte hipótese: com uma cultura política mais democrática, o caso argentino apresenta-se como menos propício ao surgimento de lideranças populistas radicalizadas, enquanto o caso brasileiro, com uma cultura política menos democrática, é mais susceptível à ascensão desse tipo de liderança populista autoritária. Tal proposta dá-se no contexto das discussões acadêmicas recentes em torno da ascensão de políticos e governantes populistas autoritários de direita e a potencial ameaça que eles representam para as democracias liberais. Todas as abordagens da literatura dominante, entretanto, tomam sempre como referência as democracias liberais da Europa e dos Estados Unidos, modelos normativos e paradigmáticos que deveriam ser seguidos por outras democracias, ignorando particularidades políticas e históricas de regiões diferentes. Dentre essas abordagens, destaca-se a teoria da cultura política promovida por Ronald Inglehart, que explica a consolidação de valores democráticos a partir das condições materiais da sociedade. Com base numa reflexão crítica, mas ao mesmo tempo construtiva da cultura política, opta-se por introduzir elementos histórico-sociais locais e regionais como alternativa para oferecer elementos metodológicos com o objetivo de anular o caráter normativo e etnocentrista dessa construção teórica, combinando dados quantitativos sobre comportamento político presente e dados qualitativos do passado baseados em evidências aportadas pela história e a sociologia. Tal ação permitiu resgatar aspectos relevantes da cultura política argentina e brasileira com base nas suas respectivas experiências históricas – incluindo elementos como escravidão, racismo, patriarcalismo, patrimonialismo, corrupção, desigualdade e violência –, situação que possibilitou não só observar uma diferença importante em relação às democracias dos países desenvolvidos, como também no tocante à maior presença de traços autoritários no caso brasileiro, variável importante para entender justamente o espaço político que possibilita o surgimento ou não de lideranças populistas autoritárias. Ao avançar na análise de dados quantitativos referentes ao comportamento político de argentinos e brasileiros, os números apresentados reforçaram a percepção obtida a partir da análise qualitativa, vez que foi observado um paralelismo nos casos da Argentina e do Brasil no tocante ao contexto conjuntural de insatisfação geral com a democracia e suas principais instituições políticas – incluindo governos, parlamentos e partidos políticos, por exemplo. No entanto, essa realidade não levou a sociedade argentina a optar por um governo de viés autoritário, realidade que contrasta com o caso brasileiro e a chegada ao poder de um presidente de extrema-direita com clara postura autoritária. Apesar de ser observada uma posição de defesa da democracia como valor político relevante em ambas as sociedades, questões vinculadas a indicadores de comportamento autoritário indicaram que a sociedade brasileira demonstrou ser mais propensa a esse tipo de postura, sendo menos democrática ao ser comparada com o caso argentino, confirmando, assim, a hipótese colocada no início da tese.
Abstract: This thesis presents a simple and objective question: why was there political space for the advancement of more radical and populist right regimes in Brazil and not in Argentina? To try to answer this question, the following hypothesis arises: with a more democratic political culture, the Argentine case presents itself as less favorable to the emergence of radicalized populist leaders, while the Brazilian case, with a less democratic political culture, is more susceptible to rise of this type of authoritarian populist leadership. Such a proposal takes place in the context of recent academic discussions around the rise of right-wing authoritarian populist politicians and rulers and the potential threat they pose to liberal democracies. All approaches in the dominant literature, however, always take as reference the liberal democracies of Europe and the United States, having their normative and paradigmatic models that should be followed by other democracies, ignoring the political and historical particularities of different regions. Among these approaches, the theory of political culture promoted by Ronald Inglehart stands out, which explains the consolidation of democratic values based on the material conditions of society. Based on a critical, but at the same time constructive, reflection of political culture, the option is to introduce local and regional social-historical elements as an alternative to offer methodological elements to nullify the normative and ethnocentrist character of this theoretical construction, combining quantitative data on present political behavior and qualitative data from the past based on evidence provided by history and sociology. This method made it possible to retrieve relevant aspects of Argentine and Brazilian political culture based on their own historical experiences – including elements such as slavery, racism, patriarchy, patrimonialism, corruption, inequality, and violence –, a landscape that made it possible to observe an important difference regarding the democracies of developed countries, as well as concerning the greater presence of authoritarian traits in the Brazilian case, an important variable to understand precisely the political space that allows the emergence or not of authoritarian populist leaders. When advancing in the analysis of quantitative data regarding the political behavior of Argentines and Brazilians, the numbers presented reinforced the perception conveyed from the qualitative analysis, once a parallelism was observed in the cases of Argentina and Brazil regarding the historical context of general dissatisfaction with democracy and its main political institutions – including governments, parliaments, and political parties, for example. However, this reality did not lead Argentine society to opt for an authoritarian government, a reality that contrasts with the Brazilian case and the coming to power of a far-right president with a clear authoritarian stance. Even though the defense of democratic values as a relevant political value can be seen in both societies, issues linked to indicators of authoritarian behavior demonstrated that Brazilian society proved to be more prone to this type of posture, being less democratic when compared to the Argentine case, thus confirming the hypothesis put forward at the beginning of this thesis.
Resumen: Esta tesis plantea una pregunta simple y objetiva: ¿Por qué hubo espacio político para el avance de una derecha más radical y populista en Brasil y no en Argentina? Para tratar de responder a esta pregunta surge la siguiente hipótesis: con una cultura política más democrática, el caso argentino se presenta como menos favorable al surgimiento de líderes populistas radicalizados, mientras que el caso brasileño, con una cultura política menos democrática, es más susceptible al surgimiento de este tipo de liderazgo populista autoritario. Tal propuesta se da en el contexto de debates académicos recientes sobre el surgimiento de políticos y gobernantes populistas autoritarios de derecha y la amenaza potencial que ellos representan para las democracias liberales. Todos los enfoques en la literatura dominante, sin embargo, siempre tienen como referencia a las democracias liberales de Europa y Estados Unidos, modelos normativos y paradigmáticos que deberían ser seguidos por otras democracias, ignorando las particularidades políticas e históricas de otras regiones. Entre estos enfoques destaca la teoría de la cultura política defendida por Ronald Inglehart, que explica la consolidación de los valores democráticos a partir de las condiciones materiales de la sociedad. A partir de una reflexión crítica, pero a la vez constructiva de la cultura política, se opta por introducir elementos histórico-sociales locales y regionales como alternativa para ofrecer elementos metodológicos con el objetivo de anular el carácter normativo y etnocentrista de esta construcción teórica, combinando datos cuantitativos sobre el comportamiento político actual, sumados a datos cualitativos del pasado, basados en evidencia proporcionada por la historia y la sociología. Esta acción permitió rescatar aspectos relevantes de la cultura política argentina y brasileña a partir de sus propias experiencias históricas – incluyendo elementos como esclavitud, racismo, patriarcalismo, patrimonialismo, corrupción, desigualdad y violencia –, situación que permitió observar una diferencia importante cuanto a las democracias de los países desarrollados, y también en relación a la mayor presencia de rasgos autoritarios en el caso brasilero, variable importante para entender precisamente el espacio político que posibilita o no el surgimiento de líderes populistas autoritarios. Al avanzar en el análisis de datos cuantitativos referentes al comportamiento político de argentinos y brasileños, los números presentados reforzaron la percepción obtenida del análisis cualitativo, ya que se observó un paralelismo en los casos de Argentina y Brasil en relación al contexto coyuntural de insatisfacción general con la democracia y sus principales instituciones políticas – incluyendo gobiernos, parlamentos y partidos políticos, por ejemplo. Sin embargo, esta realidad no llevó a la sociedad argentina a optar por un gobierno con tendencia autoritaria, realidad que contrasta con el caso brasileño y la llegada al poder de un presidente de extrema derecha con una clara postura autoritaria. A pesar de una posición de defensa de la democracia como valor político relevante en ambas sociedades, cuestiones vinculadas a indicadores de comportamiento autoritario indican que la sociedad brasileña se muestra más proclive a este tipo de posturas, siendo una sociedad menos democrática en comparación con el caso argentino, confirmando la hipótesis planteada por la tesis.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Estudos Latino-Americanos, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas, 2021.
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.