Interações humanas em semiautônomos de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP)

Abstract

Os Sistemas Robóticos contemporâneos estão cada vez mais presentes na vida cotidiana. No cenário militar, são cada vez mais utilizados, pois por meio da operação remota é possível realizar diversos tipos de tarefas sem colocar em risco vidas humanas. Nesse contexto, a participação de sistemas semiautônomos tem se tornado expressivamente útil e conveniente, tendo em vista que os sistemas robóticos podem operar em condições adversas e com eventual interferência de sinais de comando. Uma forma amplamente utilizada de desenvolver agentes de software para decisões autônomas e semiautônomas são os modelos de arquitetura de Crenças, Desejos e Intenções (BDI). Esse tipo de agente possui os meios para analisar o cenário em que se encontra e, a partir das informações coletadas e dos desejos estabelecidos, é capaz de elaborar planos de tarefas para atingir seu objetivo. O que se percebe nos agentes baseados nesta arquitetura é a obediência total e irrestrita ao operador, o que pode interferir no cumprimento das tarefas e planos estabelecidos, o que se supõe afetar diretamente o desempenho geral do sistema robótico. A hipótese desta pesquisa é que os agentes de modelagem sob a estrutura do BDI podem trazer benefícios práticos se mapear a interação humana, aprimorando o desenvolvimento de novos sistemas. O agente de software semiautônomo, ao interpretar e avaliar os comandos do operador antes de obedecê-los, pode evitar ações equivocadas que apresentam o risco de comprometer a missão a que foi atribuído. Esta pesquisa tem como objetivo propor um modelo de agente baseado na estrutura do BDI que avalia os comandos do operador e permite que decida se deseja executá-los. Para justificar a proposta, foram realizadas simulações utilizando a Cadeia de Markov por meio da ferramenta PRISM, em agentes semiautônomos nos quais a Interação Humana (IH) é realizada sem restrições. Foram observados que o modelo BDI modificado proposto aumentou as chances do SARP sobreviver ou cumprir a missão. Como exemplo ilustrativo, foi considerado um cenário de reconhecimento aéreo por meio do SARP com alguma autonomia e recebendo comandos humanos remotos.