Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/45018
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_LuísAntônioSpyridakisPereira.pdf5,12 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Skarn rico em ferro associado ao sienito linda vista, segmento anicuns-itaberaí do arco magmático Goiás : mineralogia, metassomatismo e geoquímica isotópica
Autor(es): Pereira, Luís Antônio Spyridakis
E-mail do autor: luis.dakis@gmail.com
Orientador(es): Oliveira, Claudinei Gouveia de
Assunto: Arco Magmático Goiás
Skarns
Isótopos de carbono
Isótopos de oxigênio
Data de publicação: 10-Out-2022
Referência: PEREIRA, Luís Antônio Spyridakis. Skarn rico em ferro associado ao sienito linda vista, segmento anicuns-itaberaí do arco magmático Goiás: mineralogia, metassomatismo e geoquímica isotópica. 2021. 81 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Skarns são um tipo de rocha definida essencialmente por sua mineralogia, em geral, predominantemente calcissilicática como granada e piroxênio. Estão presentes em todos os continentes e em rochas de quase todas as idades. Skarns são relacionados a processos metassomáticos, podendo estar envolvido com grande diversidade de fluidos (magmático, metamórfico, meteórico e de origem marinha). O Skarn Linda Vista, localizado no Orógeno Brasília, representa uma ocorrência inédita no contexto do Arco Magmático de Goiás, constituindo um modelo clássico de skarn, com sua gênese relacionada a um plutón (Sienito Linda Vista) tardi-tectônico (649 ± 3.2 Ma) em meio a encaixantes (principalmente mármores e magnetita-quartzitos) da sequência metavulcanossedimentar Anicuns-Itaberaí. O contato entre plutón e encaixantes desenvolve uma série de processos isoquímicos e metassomáticos, com destaque para o enriquecimento em Ferro no interior da intrusão, descrevendo um endoskarn. O Skarn Linda Vista é, essencialmente, descrito como um endoskarn rico em ferro com associação característica de magnetita-clinopiroxênio (aegirina-augita). Contudo, há zonas discretas, próximas ao contato com mármores, onde se desenvolvem rochas ricas em flogopita e rochas calcissilicáticas (skarnóide calcissilicático). Observações petrográficas e análises de química mineral permitiram discriminar estágios relacionados à formação do skarn. Foram descritos 3 principais estágios: (1) estágio progressivo isoquímico, onde não há mistura composicional das rochas em contato, marcada pela formação de tremolita em mármores dolomíticos recristalizados; (2) estágio progressivo metassomático, representado no endoskarn pela formação em larga escala pela associação magnetita-clinopiroxênio e formação de rochas ricas em flogopita na zona de contao com mármores; (3) estágio retrógrado, onde há substituição das mineralogias anteriores por fases hidratadas de baixa temperatura, com riebeckita, clorita e martitização da magnetita no endoskarn, assim como desenvolvimento das assembleias calcissilicáticas associadas a sulfetação na zona de contato com mármores. As rochas do endoskarn fornecem claras evidências de um intenso Fe-metassomatismo com substituição das assembleias originalmente ígneas do Sienito Linda Vista pela associação magnetita-clinopiroxênio. A origem desse ferro pode ser explicada pela possível solubilização dos magnetita-quartzito encaixantes a intrusão atráves de fluidos ricos em HCl, que complexam o ferro sob a forma de FeCl2. Dados isotópicos de Carbono e Oxigênio também revelam importantes aspectos para modelar o contato entre sienito e mármores, de acordo com curvas de Batch (sistema fechado) e Rayleigh (sistema aberto), para devolatilização de CO2 no estágio progressivo isoquímico, onde predomina as feições de metamorfismo de contato por meio de decomposição de calcita e reações calcissilicáticas em alta temperatura.
Abstract: Skarns are rocks defined essentially by their mineralogy, in general, predominantly calcsilicate minerals as Ca-rich garnet and pyroxene. Moreover, skarns are largely confined across all continents and in rocks of almost all ages. These occurrences are related to metasomatic processes and may be involved with a great diversity of fluids (magmatic, metamorphic, meteoric, and marine sources). Linda Vista Skarn, located in the Brasília Orogen, represents an unprecedented occurrence in the context of the Goiás Magmatic Arc, constituting a classic skarn model, with its genesis related to a post-tectonic intrusion (Linda Vista Syenite; 649 ± 3.2 Ma) into the basement (mainly marbles and magnetite-quartzites of the Anicuns-Itaberaí metavolcano-sedimentary sequence). The contact between pluton and basement rocks develops a series of isochemical and metasomatic processes with emphasis on the iron enrichment inside the intrusion, describing an endoskarn. Linda Vista occurrence is essentially described as an iron-rich endoskarn with a typical magnetite-clinopyroxene association (aegirine-augite). However, discrete zones are observed close to the contact with marbles, where phlogopite-rich rocks and calc-silicate rocks (hornblende-epidote calc-silicate) develop. Petrographic observations and mineral chemistry analyses allowed to discriminate three main stages related to skarn formation: (1) Isochemical progressive stage, where there is no compositional mixing of rocks in contact, characterized by the neoformed tremolite in recrystallized dolomitic marble; (2) Progressive metasomatic stage, represented in the endoskarn by the large scale formation of the magnetite-clinopyroxene association and the formation of phlogopite-rich rocks in the marble contact zone; (3) Retrograde stage, where previous mineralogies are replaced by hydrated low-temperature phases, with riebeckite, chlorite, and magnetite martitization in the endoskarn, as well as the development of calc-silicate assemblages associated with sulfidation in the marble contact zone. The endoskarn rocks provide clear evidence of an intense Fe-metasomatism with replacement of the originally igneous assemblages of Linda Vista Syenite by the magnetiteclinopyroxene association. This iron origin may be explained by the possible solubilization of the magnetite-quartzite basement rocks through HCl-rich fluids, which triggers the complexation of iron in the FeCl2 form. Carbon and Oxygen isotopic data also reveal important aspects to model the contact between syenite and marbles, according to Batch (closed system) and Rayleigh (open system) curves for CO2 devolatilization in the isochemical progressive stage, where contact metamorphism features predominate through calcite decomposition and calc-silicate hightemperature reactions.
Unidade Acadêmica: Instituto de Geociências (IG)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.