Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Barreto, Júnia Regina de Faria | - |
dc.contributor.author | Alcantara, Pedro Henrique Oliveira de | - |
dc.date.accessioned | 2023-04-28T21:35:38Z | - |
dc.date.available | 2023-04-28T21:35:38Z | - |
dc.date.issued | 2023-04-28 | - |
dc.date.submitted | 2022-09-13 | - |
dc.identifier.citation | ALCANTARA, Pedro Henrique Oliveira de. Viagens e técnica: a machinerie do documentalista Jules Verne. 2022. 154 f., il Dissertação (Mestrado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/45834 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | A obra de Jules Verne é um arcabouço de saberes e conhecimentos. Ao longo dos
tempos, sua obra foi considerada como literatura de antecipação e mesmo como narrativa
futurista. Entretanto, ao nos debruçarmos sobre o processo de escritura do romancista, novas
perspectivas se abrem quanto ao projeto literário do autor. Graças ao seu laborioso trabalho
documental, Verne foi capaz de juntar diversos tipos de conhecimentos e informações para
desenvolver suas tramas. O interesse pela documentação o acompanhou ao longo da vida,
proporcionando-lhe material enciclopédico para o desenvolvimento de seus romances,
personagens e outras produções não ficcionais. Para além das viagens no campo ficcional, Verne
era um viajante e muito velejou concomitante à carreira profissional, o que lhe deu perspectivas
para a criação uma obra múltipla e sem fronteiras. Apesar de influenciado por grandes nomes da
literatura, como Victor Hugo, Alexandre Dumas filho e Edgar Poe, Verne desenvolveu um
método de trabalho original, resultando em reconhecimento e sucesso mundial. Formado
inicialmente pelo teatro, em seus romances, o detalhamento, a precisão técnica, cálculos,
máquinas e viagens extraordinárias sugestionam o leitor e aqueles que, ao longo do tempo, o
viram como um profeta do futuro e sua obra como ficção científica futurista. Corrobora com tal
ideia o fato de que certas viagens e inventos vernianos se tornaram realidade algum tempo após a
publicação de seus romances, como o submarino elétrico, que surge quinze anos após a publicação
de Vingt mille lieues sous les mers; ou o rudimento da vídeo conferência, que surge sessenta e
nove anos mais tarde de sua figuração no romance La journée d’un journaliste américain en 2889;
ou ainda a ida do homem à lua, cem anos após De la Terra à la lune, entre outros tantos exemplos.
Seriam tais elementos suficientes para classificar Jules Verne como um autor que intencionou
produzir uma literatura de antecipação? Levantamos aqui a hipótese de que o imaginário científico
do autor - homem de teatro e viajante, um aficionado de geografia e documentação, faz parte,
sobretudo, de sua maquinação e do jogo ao qual incita o leitor. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Viagens e técnica : a machinerie do documentalista Jules Verne | pt_BR |
dc.title.alternative | Journey and technology : the machinery of the documentalist Jules Verne | pt_BR |
dc.title.alternative | Voyages et technique : la machinerie du documentaliste Jules Verne | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Verne, Jules Gabriel, 1828-1905 - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Máquinas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Literatura - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Viagens | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Jules Verne's work is a body of knowledge and information. Over time, his work was
considered science fiction and even futuristic accounts. However, when we look at the novelist's
writing process, new perspectives open up about the author's literary project. Thanks to his
painstaking documentary work, Verne was able to gather various kinds of knowledge and
information to develop his plots. His interest in documentation accompanied him throughout his
life, providing him with encyclopedic material to develop his novels, characters, and other nonfiction productions. In addition to travels in the world of fiction, Verne traveled and sailed widely
alongside his professional career, which gave him perspectives for the creation of a multiple,
borderless work. Despite being influenced by great names in literature, such as Victor Hugo,
Alexandre Dumas fils and Edgar Poe, Verne developed an original working method that led to
worldwide recognition and success. Having initially written for the theater, the detail, technical
precision, calculations, machines, and extraordinary journeys in his novels transport the reader
and those who see him as a prophet of the future and his work as futuristic science fiction. The
fact that some of Verne´s journeys and inventions became reality some time after the publication
of his novels, such as the electric submarine, which appeared fifteen years after the publication of
Twenty Thousand Leagues Under the Sea, reinforces this idea; it is the same with the rudiments
of videoconferencing, which appeared sixty-nine years after In the Year 2889, with the arrival of
man on the moon, a hundred years after From the Earth to the Moon, among other examples. Are
these examples sufficient to classify Jules Verne as an author who wanted to produce science
fiction? We raise the hypothesis that the writer´s scientific imagination – a man of theater and a
traveler, passionate about geography and documentation – is above all part of his own machinery
and the game he encourages his reader to play. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | L’œuvre de Jules Verne est un ensemble de savoirs et de connaissances. Au cours des
temps, son œuvre fut considérée comme de la littérature d’anticipation et même comme type de
récit futuriste. Pourtant, quand nous nous penchons sur le processus d’écriture de l’auteur, de
nouvelles perspectives s’ouvrent quant au projet littéraire de l’écrivain. Grâce à son laborieux
travail documentaire, Verne a été capable de rassembler divers genres de connaissances et
d’informations pour développer ses intrigues. Sa passion documentaire l’a accompagné tout au
long de sa vie, lui fournissant un matériel encyclopédique pour développer ses romans, ses
personnages et ses autres productions non fictionnelles. Au-delà des voyages dans le domaine
de la fiction, Verne était un voyageur qui a beaucoup voyagé et navigué parallèlement à sa
carrière professionnelle, ce qui lui a offert des perspectives pour créer une œuvre multiple et sans
frontières. Au-delà de l’influence de grands noms de la littérature, tels que Victor Hugo,
Alexandre Dumas fils et Edgar Poe, Verne a développé une méthode de travail originale,
génératrice de sa reconnaissance et de son succès mondial. Formé initialement pour le théâtre,
dans ses romans, les détails, la précision technique, les calculs, les machines et les voyages
extraordinaires transportent le lecteur et ceux qui, depuis lors, le tiennent pour un prophète du
futur et son œuvre pour science-fiction futuriste. Le fait que certains voyages et inventions
verniennes soient devenues réalité quelque temps après la parution de ses romans, comme le
sous-marin électrique, qui a surgi quinze ans après la parution de Vingt mille lieues sous les mers,
renforce cette idée; il en va de même avec le rudiment de la vidéoconférence, apparue soixanteneuf ans plus tard après avoir figuré dans La journée d’un journaliste américain en 2889 ; avec
l’arrivée de l’homme sur la lune, cent ans après De la Terre à la Lune, entre autres exemples.
Ces exemples suffisent-ils pour classer Jules Verne comme un auteur ayant voulu produire une
littérature d’anticipation ? Nous soulevons ici l’hypothèse que l’imaginaire scientifique de
l’écrivain – homme de théâtre et voyageur, passionné de géographie et de documentation, avant
tout fait partie de sa machinerie et du jeu auquel il encourage son lecteur. | pt_BR |
dc.contributor.email | phalcantara2011@hotmail.com | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Letras (IL) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Literatura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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