Políticas públicas de formação no Norte de Mato Grosso : PIBID e ProfLetras

Abstract

A pesquisa POLÍTICAS PÚBLICAS DE FORMAÇÃO NO NORTE DE MATO GROSSO: PIBID E PROFLETRAS aborda as políticas públicas formativas implantadas no Brasil, especialmente, em contexto norte do estado de Mato Grosso (MT). Tais ações, atravessadas por um compromisso político-social, fomentam, em atores/atrizes sociais, a reflexividade, a colaboratividade, a ética e o protagonismo para as práticas de ensino de Língua Portuguesa. Defendo a tese de que, embora os empreendimentos propositivos de formação tenham alcance significativo na atualidade, insta refletir sobre novos modos para atuar junto às demandas de ensino. (Re)posicionados ao mundo contemporâneo e conscientes de que a solidez se transforma em liquidez (BAUMAN, 2005), o futuro profissional e o professor em atuação, ao irromper as barreiras hegemônicas educacionais (FAIRCLOUGH, 2003; GRAMSCI, 1997), busca construir sua identidade com protagonismo e criticidade e intervir nas práticas situadas de linguagem. Nesse sentido, com respaldo metodológico nos estudos qualitativo-interpretativistas (BAUER E GASKELL, 2015; BORTONI-RICARDO, 2008; LINCOLN; DENZIN, 2006) em interface com o viés crítico-colaborativo (LIBERALI; SCHAPPER; LEMOS, 2012; MAGALHÃES, 2009, 2011, 2016) e em observância à modalidade etnográfica, analiso o documento que direciona a Política Educacional do Estado de Mato Grosso, a Portaria Normativa n. 17, de 28 de dezembro de 2009, a qual dispõe sobre o Programa de Formação Nacional em Rede e a Portaria 46, de 11 de abril de 2016 que regulamenta o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID – Língua Portuguesa). Elejo também a entrevista semiestruturada para interlocução com os participantes, quais sejam: dois (02) alunos-bolsistas do PIBID, dois (02) egressos do PIBID, dois (02) professores da Educação Básica – alunos do ProfLetras, dois (02) egressos do ProfLetras - professores da Educação Básica e dois (02) docentes formadores - coordenadores dos programas evidenciados na Universidade do Estado de Mato Grosso (Campus Sinop/MT). A construção do corpus pressupõe responder às seguintes questões: a) De que forma as políticas formativas interferem/contribuem para o desenvolvimento profissional docente?; b) Qual (quais) proposição (proposições) / desafio(s) as políticas de formação em Língua Portuguesa oferece(m) aos alunos e aos professores bolsistas?; c) De que maneira os docentes-formadores, desafiados às novas práticas de ensino, instigam os alunos/professores-bolsistas a vivenciarem os processos de letramento(s) no mundo contemporâneo e de que forma projetam tal proposta? Pautada na Linguística Aplicada Crítica e na Análise Crítica de Discurso, exploro relevantes conceitos, como discurso, poder, ideologia, contexto, práticas discursivas, práticas sociais, atores/atrizes sociais, pois entendo a linguagem como prática social (FAIRCLOUGH, 2001). Utilizo as categorias analíticas de Thompson (2011) para construir algumas asseverações, dentre elas, que as ações implementadas – e que se quer permanentes – demandam maior integração e investimento público.