Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Silva, Janaína Lima Penalva da | pt_BR |
dc.contributor.author | Santos, Amanda Luize Nunes | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-01-15T21:38:48Z | - |
dc.date.available | 2024-01-15T21:38:48Z | - |
dc.date.issued | 2024-01-15 | - |
dc.date.submitted | 2023-01-30 | - |
dc.identifier.citation | SANTOS, Amanda Luize Nunes. Litígio estratégico feminista pelo direito ao aborto legal: enquadramentos discursivos em debate no Supremo Tribunal Federal. 2023. 146 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/47272 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | O objetivo desta dissertação é oferecer uma análise empírica dos enquadramentos pelo direito
ao aborto apresentados ao Supremo Tribunal Federal por organizações e indivíduos da
sociedade civil. Quatro ações constitucionais são analisadas: a ADPF 442, as ADPFs 737 e 989
e a ADI 5581, que discutem, respectivamente, a descriminalização do aborto no primeiro
trimestre, a garantia do aborto nas hipóteses previstas em lei e a permissão do aborto para
mulheres diagnosticadas com o vírus zika. À luz do conceito de “cultura constitucional”,
proposto por Reva Siegel, e da arquitetura conceitual dos processos de enquadramento proposta
pela teoria dos movimentos sociais, essa pesquisa é centrada nas dimensões culturais do
processo de mudança constitucional. Na busca pela mudança constitucional, agentes da
sociedade civil enfrentam o desafio de dialogar com práticas, discursos e valores
compartilhados por autoridades e pela sociedade. Trata-se de um diálogo importante para que
o problema social em questão, como a capacidade das mulheres de controlarem seus corpos,
seja visto como uma injustiça. O processo de enquadrar uma questão constitucional é complexo
e contencioso, especialmente quando envolve a presença de um forte contramovimento, como
o movimento antiescolha. Para conquistar a audiência, os grupos pró-escolha consideram as
objeções apresentadas pelos adversários, como preocupações morais em torno do feto ou dos
papeis sociais das mulheres e, mais recentemente, acusações de que o aborto colocaria em risco
a vida e a saúde das mulheres. A análise conclui que as estratégias de enquadramento do atual
debate constitucional sobre o aborto têm origem em uma diversa rede feminista construída ao
longo de décadas, no diálogo com oportunidades jurídicas e políticas e nas intersecções entre
os discursos de saúde (com especial atenção aos determinantes sociais), direitos humanos e
ciência. Para responder às preocupações colocadas pelo movimento antiescolha, os movimentos
pró-escolha, embora reforçando em muitos momentos valores como família e maternidade,
desconstroem preconceitos morais em torno das mulheres que optam por um aborto e propõem
políticas públicas integrais que permitem que o aborto seja uma decisão livre e verdadeiramente
autônoma. O lado pró-escolha contribui para democratizar os discursos de atores religiosos,
apresentando interpretações teológicas mais igualitárias e enquadrando o aborto como uma
escolha ética razoável. Por fim, este trabalho considera que o enquadramento da justiça
reprodutiva é a melhor forma de considerar os discursos pró-escolha apresentados à corte e
sinaliza para a importância de que as ADPFs 442 e 989 (ainda em tramitação em 2023) sejam
pensadas em conjunto. Justiça reprodutiva proporciona uma análise que mantém a centralidade
na autonomia das mulheres ao mesmo tempo em que demanda obrigações positivas por parte
do Estado em termos de saúde pública e eliminação de desigualdades de raça, gênero e classe. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Litígio estratégico feminista pelo direito ao aborto legal : enquadramentos discursivos em debate no Supremo Tribunal Federal | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Aborto legal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Brasil. Supremo Tribunal Federal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Litígio estratégico | pt_BR |
dc.subject.keyword | Movimento feminista | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This dissertation aims to provide an empirical analysis of the frames supporting the right to
abortion presented to the Brazilian Supreme Court by organizations and individual agents of
civil society. Four constitutional cases are analyzed: the ADPF 442, ADPFs 737, 989, and ADI
5581, which discuss the decriminalization of abortion in the first trimester, the fulfillment of
the right to abortion in cases authorized by Brazilian law (ADPF 737 and ADPF 989), and the
permission of abortion after a diagnosis of Zika virus infection during pregnancy. Based on the
concept of "constitutional culture" proposed by Reva Siegel and the conceptual architecture of
the framing processes provided by the social movement’s theory, this research has focused on
the cultural dimensions of constitutional change. In the quest for constitutional change, civil
society actors face the challenge of dialoguing with practices, discourses, and values shared by
official actors and society. This is an important discussion so that the issue in question, such as
women's ability to control their bodies, be seen as a social injustice. The process of framing a
constitutional issue is complex and contentious, especially when it involves a strong
countermovement like the anti-choice movement. In order to achieve public trust, the prochoice movements take into consideration the objections presented by the adversary group, such
as moral and religious concerns about fetuses or women's social roles and, more recently,
accusations that abortion poses a risk to women's health and life. The analysis concludes that
framing strategies utilized on the current abortion constitutional debate originated from a
diverse feminist network built over decades, the dialogue with political and legal opportunities
and the intersectionality of health (with particular attention to social determinants), human
rights, and scientific discourses. In addressing anti-choice's moral concerns, pro-choice
movements, despite sometimes endorsing values such as family and motherhood, deconstruct
prejudices around women who decide to have an abortion and propose comprehensive public
policies that allow abortion to be a free and genuinely autonomous decision. The pro-choice
arguments helps to democratize religious discourses, showing more egalitarian theological
interpretations, and framing abortion as a reasonable ethical choice. In conclusion, this work
considers the reproductive justice framework as the best way to consider pro-choice discourses
presented to the court and signals to the importance of considering the two cases pending
(ADPFs 442 and 989) judgment jointly. Reproductive justice provides an analysis that
considers the centrality of women's autonomy while demanding positive duties from the State
on public health and the elimination of race, gender and class inequalities. | en |
dc.description.unidade | Faculdade de Direito (FD) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Direito | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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