Análise dos efeitos agudos das diferentes cargas resistivas inspiratórias e dispositivos em pacientes com insuficiência cardíaca por meio da ultrassonografia diafragmática

Abstract

Introdução: A ultrassonografia é utilizada para estudar o movimento diafragmático, mas, até onde sabemos, os padrões de respiração diafragmática sob carga resistiva permanecem pouco documentados; propusemos examinar as características ultrassonográficas da cinética diafragmática durante diferentes cargas resistivas inspiratórias. Objetivo: Analisar a espessura e a mobilidade do diafragma sob dois regimes de carga (baixa e alta) e dois dispositivos de treinamento muscular inspiratório (TMI) em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC). Método: Este é um ensaio clínico randomizado do tipo cruzado. Avaliamos a função pulmonar, espessura e a mobilidade do diafragma de 17 pacientes com IC. A carga muscular inspiratória foi ajustada em 30 e 60% da PImáx (Pressão inspiratória máxima); e a avaliação ultrassonográfica das variáveis diafragmáticas foram feitas em tempo real durante o uso dos dispositivos de TMI por meio de duas janelas acústicas. Esses foram randomizados em dois grupos: Grupo I, carga de mola linear (CML) com POWERbreathe® Plus; e Grupo II, carga de fluxo cônico-resistivo (FCR) com POWERbreathe® KH2. Resultados: Encontramos aumento significativo na espessura do diafragma em relação às duas intensidades de carga com um aumento maior sob a alta intensidade, similarmente nos dispositivos CML e FCR. A mobilidade foi significativamente maior apenas em uma carga de alta intensidade com o dispositivo FCR, embora a PE tenha sido significativamente maior durante o CML. Valores basais da espessura do diafragma foram moderadamente correlacionadas com PImáx, PEmáx e capacidade vital forçada. Conclusão: Diferentes cargas resistivas inspiratórias produziram aumento na espessura e mobilidade do diafragma. A mobilidade diafragmática foi crescente nas diferentes cargas, e demonstrou diferença entre os dispositivos, na carga alta. A espessura diafragmática mostrou associação entre as variáveis força muscular respiratória e função pulmonar e a percepção do esforço (PE) foi evidenciada no treinamento com CML.