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Título: Narrativas de uma não experiência : saberes construídos na luta antirracista no ensino de Arte
Autor(es): Andrade, Yasmin Coelho de
Orientador(es): Sales, Jonas de Lima
Assunto: Arte - estudo e ensino
Cultura afro-brasileira
Educação antirracista
Pensamento decolonial
Interculturalidade
Data de publicação: 23-Fev-2024
Referência: ANDRADE, Yasmin Coelho de. Narrativas de uma não experiência: saberes construídos na luta antirracista no ensino de Arte. 2023. 143 f., il. (Mestrado Profissional em Arte) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: Considerando a Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da Rede Nacional de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, o trabalho pretende delinear caminhos para a construção de uma pedagogia decolonial em artes, que assegure representações positivas e agregadoras dos afro-brasileiros e que tenha como foco uma educação com base no respeito à diversidade. Através de princípios da pretagogia (Sandra Haydéé Petit, 2015 e Geranilde Costa e Silva, 2013), do cantardançar-batucar (Ligiéro, 2011), e de fundamentos da filosofia afrodiaspórica de Adilbênia Freire Machado (2014) e Eduardo Oliveira (2007), propomos a investigação de um léxico próprio das performances culturais brasileiras que tem origem e influência das tradições africanas, com vistas de propiciar aos estudantes a consciência de uma corponegritude (Jonas Sales, 2015). A ideia inicial dessa pesquisa foi criar um grupo de atividades prático-críticas na escola para vivenciar o jongo e o funk, bem como para traçar debates que pudessem despertar o pensamento crítico dos estudantes para as questões do racismo e do preconceito. Estabelecendo uma aproximação entre essas duas expressões, pretendíamos estimular o interesse dos estudantes – e, por extensão, de toda a comunidade escolar –, a fim de que o corpo discente pudesse desmistificar aspectos artístico-culturais de matrizes africanas (até hoje vistos sob uma perspectiva negativa) muito presentes no cotidiano do próprio corpo discente, de tal modo que, ao reconhecer esses aspectos, os estudantes pudessem ressignificar e valorizar – muitas vezes a própria – negritude. Entretanto, por conta do racismo estrutural e religioso, este projeto não aconteceu e o curso dessa pesquisa sofreu algumas modificações. Este trabalho, então, relata três narrativas de experiências ocorridas na sala de aula, no ensino de Arte, que não aconteceram como o previsto por causa das discriminações e preconceitos, muito arraigados na sociedade, contra as tradições afro-brasileiras. Relatos de experiências que eu passo a chamar de não experiências. Propomos, assim, o pensamento decolonial e intercultural como uma saída para esses problemas sociais e para traçar estratégias para uma práxis pedagógica que seja mais justa, plural e, sobretudo, antirracista.
Abstract: Considering Law nº 10.639/03, which includes in the official curriculum of the National Education Network the mandatory theme "Afro-Brazilian History and Culture", the work intends to outline paths for the construction of a decolonial pedagogy in arts, which ensures positive and aggregators representations of Afro-Brazilians and that focuses on education based on respect for diversity. Through the principles of pretagogia (Sandra Haydéé Petit, 2015 and Geranilde Costa e Silva, 2013), cantar-dançar-batucar (Ligiéro, 2011), and fundamentals of African philosophy in the light of Adilbênia Freire Machado (2014) and Eduardo Oliveira (2007), we propose the investigation of a specific lexicon of Brazilian cultural performances that originates from and influences African traditions, with a view to providing students with an awareness of a corponegritude, Jonas Sales, 2015. The initial idea of this research was to create a group of practical-critical activities at school to experience jongo and funk and outline debates that could awaken students' critical thinking to issues of racism and prejudice. By establishing a rapprochement between these two expressions, we intended to stimulate the interest of students – and, by extension, of the entire school community – so that the student body could demystify artistic-cultural aspects of African matrices (until today seen from a negative perspective) very present in the daily life of the student body itself, in such a way that, by recognizing these aspects, students could re-signify and value – often their own – blackness. However, due to structural and religious racism, this project did not happen and the course of this research underwent some modifications. This work then reports three narratives of experiences that took place in the classroom, in the teaching of Art, which did not happen as expected because of discrimination and prejudice that were very deep-rooted in society against Afro-Brazilian traditions. Reports of experiences that I call non-experiences. We therefore propose decolonial and intercultural thinking as a way out of these social problems and to outline strategies for a pedagogical praxis that is fairer, plural and, above all, anti-racist.
Unidade Acadêmica: Instituto de Artes (IdA)
Informações adicionais: Dissertação (Mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Mestrado Profissional em Artes, Brasília, 2023.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes, Mestrado Profissional
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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