A aplicação dos indicadores para medições do nível de desenvolvimento dos municípios na periferia metropolitana de Brasília sob a temática de cidades inteligentes : uma abordagem para a gestão municipal

Abstract

Com o desenvolvimento urbano, as cidades se tornaram centros de bem-estar, caracterizados pelo aumento dos índices de desenvolvimento humano, avanços na educação, elevação da renda e expansão da expectativa de vida. Nas últimas duas décadas, o progresso tecnológico evoluiu a um ritmo acelerado, resultando em novas modalidades de trabalho e comunicação. Essa evolução tecnológica impactou significativamente a interação entre cidadãos e ambientes urbanos, evidenciado notadamente por meio da ascensão de aplicativos de compartilhamento de veículos, exemplificado pelo Uber, que reformulou substancialmente os paradigmas de mobilidade urbana, apresentando-se como uma alternativa viável para mitigar os desafios de deslocamento em metrópoles densamente povoadas. A qualificação de uma cidade como "inteligente" permanece, contudo, um conceito que demanda maior definição e precisão. Cidades genuinamente inteligentes têm potencial para desempenhar um papel crucial na realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abrangendo desde o combate à pobreza até a gestão eficiente dos recursos naturais para a proteção da biodiversidade, promovendo simultaneamente o crescimento econômico e a redução das disparidades sociais. A revolução tecnológica imprimiu um ímpeto aos governos em todos os níveis, forçando a aceleração da transformação digital e a adaptação dos processos e serviços públicos aos novos paradigmas sociais. A região conhecida como Periferia Metropolitana de Brasília (PMB) ostenta uma interdependência palpável com o Distrito Federal e os municípios contíguos. Cotidianamente, observa-se uma intensa mobilidade de veículos na direção da periferia metropolitana em direção ao Distrito Federal, refletindo uma dependência desses centros urbanos em relação à capital federal tanto em termos de busca por oportunidades de trabalho quanto na busca por bens e serviços oferecidos na região central. As normas ISO 37122 e 37120, que delineiam e definem um conjunto de indicadores para cidades inteligentes, oferecem uma ferramenta instrumental na avaliação da maturidade urbana e podem contribuir significativamente para a eficácia da gestão dos municípios goianos na PMB.