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Título: Prevalência mundial da ingestão insuficiente de iodo em gestantes: revisão sistemática e metanálise
Autor(es): Patriota, Érika Soares de Oliveira
E-mail do autor: erikapatriota.nut@gmail.com
Orientador(es): Pizato, Nathalia Marcolini Pelucio
Coorientador(es): Gonçalves, Vivian Siqueira Santos
Assunto: Gravidez
Insuficiência de iodo
Saúde materno-infantil
Data de publicação: 27-Fev-2024
Referência: PATRIOTA, Érika Soares de Oliveira. Prevalência mundial da ingestão insuficiente de iodo em gestantes: revisão sistemática e metanálise. 2021. 101 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Introdução: A ingestão insuficiente de iodo durante a gestação está associada a agravos na saúde materno-infantil. Por esse motivo, a identificação de dados sobre a prevalência de consumo insuficiente de iodo em gestantes de diferentes países pode auxiliar no melhor controle clínico-nutricional deste grupo e também na reformulação de políticas públicas focadas na erradicação da deficiência de iodo em gestantes e seus agravos. Objetivo: Estimar a prevalência da ingestão insuficiente de iodo em gestantes em diferentes regiões do mundo. Métodos: Esta revisão sistemática foi realizada seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA-P). Os artigos foram pesquisados nas seguintes bases de dados: Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). A literatura cinzenta foi consultada por meio do Google Scholar e do ProQuest Dissertations & Theses Global. Não foram restringidos idiomas e tempo de publicação. A seleção dos estudos e a extração dos dados foram conduzidas por duas avaliadoras de maneira independente. O risco de viés foi analisado segundo instrumento específico recomendado pelo Joanna Briggs Institute, seguindo nove critérios relacionados à amostragem, ao método de mensuração do desfecho, à análise estatística e à taxa de resposta. Calculou-se a metanálise com modelo de efeitos aleatórios e foram realizadas meta-regressão, análise de subgrupos e análise do viés de publicação. A análise dos dados foi realizada no pacote estatístico STATA® versão 15. Resultados: Foram identificados 4.443 artigos, dos quais 58 foram incluídos e reportaram a avaliação de 160.889 gestantes. A prevalência da ingestão insuficiente de iodo foi 53% (IC 95% 46–59; I²=99.8%) quando sumarizada a medida de todos os estudos com dados disponíveis no mundo. Gestantes que vivem em países considerados como regiões insuficientes em iodo apresentaram prevalência maior de ingestão insuficiente (82%; IC 95%: 70–94; I² = 97,7%) quando comparado a países considerados como regiões suficiente (51%; IC de 95%: 44-57; I² = 99,8%). A análise de subgrupos e a meta-regressão não identificaram as causas da heterogeneidade. Conclusão: O resultado do presente trabalho permitiu observar a prevalência mundial de ingestão insuficiente de iodo em 53% em gestantes. Apesar do progresso nas políticas de fortificação de iodo e no monitoramento periódico do estado nutricional de iodo da população em diferentes países, a iodação do sal por si só pode não ser suficiente para garantir a ingestão adequada de iodo entre gestantes.
Abstract: Introduction: Insufficient iodine intake during pregnancy is associated with worsening maternal and child health. For this reason, the identification of data on the prevalence of insufficient iodine consumption in pregnant women from different countries can assist in the better clinical and nutritional control of this group and also in the reformulation of public policies focused on the eradication of iodine deficiency in pregnant women and their health problems. Objective: To estimate the prevalence of insufficient iodine intake in pregnant women from different regions of the world. Methods: This systematic review was carried out following the guidelines of the Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA-P). The articles were searched in the following databases: Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Science, Scientific and Technical Literature of Latin America and the Caribbean (Lilacs). Gray literature was consulted through Google Scholar and ProQuest Dissertations & Theses Global. Languages and publication time were not restricted. The selection of studies and data extraction were conducted by two evaluators independently. The risk of bias was analyzed according to a specific instrument recommended by the Joanna Briggs Institute, following nine criteria related to sampling, the method of measuring the outcome, the statistical analysis, and the response rate. The meta-analysis was calculated using a random effects model and meta-regression, subgroup analysis and publication bias analysis were performed. Data analysis was performed using the STATA® version 15 statistical package. Results: 4,443 articles were identified, of which 58 were included and reported the evaluation of 160,889 pregnant women. The prevalence of insufficient iodine intake was 53% (95% CI 46–59; I² = 99.8%) when summarizing the measurement from all studies with data available worldwide. Pregnant women living in countries considered part of regions with insufficient iodine had a higher prevalence of insufficient intake (82%; 95% CI: 70–94; I² = 97.7%) when compared to countries considered as sufficient regions (51%; CI 95%: 44-57; I² = 99.8%). Subgroup analysis and meta-regression did not identify the causes of heterogeneity. Conclusion: The result of the present study allowed us to observe the worldwide prevalence of insufficient iodine intake in 53% in pregnant women. Despite progress in iodine fortification policies and periodic monitoring of the iodine nutritional status of the population in different countries, salt iodination alone may not be sufficient to ensure adequate iodine intake among pregnant women.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Departamento de Nutrição (FS NUT)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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