Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Tavolaro, Sergio Barreira de Faria | pt_BR |
dc.contributor.author | Ribeiro, Matheus Almeida Pereira | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-07-18T21:09:16Z | - |
dc.date.available | 2024-07-18T21:09:16Z | - |
dc.date.issued | 2024-07-18 | - |
dc.date.submitted | 2023-08-28 | - |
dc.identifier.citation | RIBEIRO, Matheus Almeida Pereira. Pós-graduação no exterior e geopolítica do conhecimento: perfil e condicionantes da circulação internacional de sociólogas e sociólogos brasileiros (1964-1985). 2023. 448 f., il. Tese (Doutorado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49044 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A institucionalização das ciências sociais no Brasil, assim como em outras nações do SulGlobal, é atravessada diretamente por assimetrias de poder no campo do conhecimento. Esta
tese de doutorado aproxima a história das ciências sociais ao problema da geopolítica do
conhecimento, debruçando-se sobre uma dimensão central do processo formativo acadêmico:
a realização de cursos de pós-graduação. Circunscrevendo a pesquisa sobre um período
paradigmático para o fluxo acadêmico internacional na história brasileira, e observando uma
disciplina em específico, esta empreitada responde a seguinte pergunta: em que medida as
assimetrias globais que estruturam as relações de poder no campo do conhecimento
conformaram o perfil e os condicionantes da circulação internacional de sociólogas e sociólogos
brasileiros durante a ditadura militar? A investigação se baseou, primeiramente, em uma análise
bibliográfica da literatura especializada em história das ciências sociais, examinando as
condições de construção de instituições entre 1930 e 1960 e o desenvolvimento de estruturas
de ciência, tecnologia e pós-graduação durante a ditadura militar. Em um segundo momento
debruçou-se sobre o perfil dos fluxos internacionais ao exterior a partir da análise quantitativa
de dados sobre sociólogos/as brasileiros que realizaram cursos de pós-graduação fora do país
entre 1964 e 1985. Por fim, trabalhou-se com 15 entrevistas com sociólogos/as que fizeram sua
formação no exterior, de modo a levantar os condicionantes que influenciaram essas
experiências. Primeiramente, foi possível notar que as assimetrias globais no campo do
conhecimento afetam diretamente a construção de instituições e projetos de pesquisa em
ciências sociais no Brasil das décadas de 1930 e 1960. A articulação entre atores e instituições,
nacionais e do exterior, atravessada por categorias como “ausência”, “singularidade” e
“desenvolvimento”, sedimentou relações de dependência e periferização do campo intelectual
nacional. O desenvolvimento do sistema de ciência, tecnologia e pós-graduação nacional sofreu
influência direta dos Estados Unidos no intervalo de 1964 a 1975, e a busca do Estado nacional
em promover maior autonomia científica e tecnológica a partir de 1975 não foi capaz de romper
com laços de dependência ao nível institucional, resultando no aprofundamento da
subordinação cultural e simbólica da comunidade científica brasileira para com instituições do
Norte-Global. Na primeira metade do regime militar, o financiamento estrangeiro, de
instituições alinhadas à política externa norte-americana, foi crucial para a realização de
mestrados e doutorados no exterior, com destaque para os Estados Unidos. De 1975 a 1985
observa-se o fortalecimento das bolsas de agências nacionais, CAPES e CNPq, mantendo,
contudo, padrões de fluxo unilaterais ao centro. Além disso, os temas de pesquisa dos/as pósgraduandos/as refletiam padrões periféricos de inserção acadêmica dos brasileiros na divisão
global do trabalho intelectual, com predominância de estudos de casos nacionais e orientação a
partir de teorias de modernização. Entre os condicionantes comuns que influenciaram as
trajetórias de fluxo ao exterior estão: a falta de acesso local à pós-graduação; as relações
de deferência às instituições, autores e produções intelectuais do Norte-Global; e papéis sociais
associados às relações de gênero. Porém, as trajetórias situadas entre 1964 e 1975 possuem
maior dependência de redes de contatos extrainstitucionais para acessar meios de
financiamento, majoritariamente estrangeiros, ao passo que intelectuais que se formaram entre
1975 e 1985 foram influenciados pela maior solidez das agências nacionais, com menor impacto
da repressão direta do Estado. A tese destaca a relevância da geopolítica do conhecimento nos
estudos sobre a história das ciências sociais no Brasil, revelando como as assimetrias nas
relações globais de poder moldaram o desenvolvimento do campo sociológico brasileiro. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Pós-graduação no exterior e geopolítica do conhecimento : perfil e condicionantes da circulação internacional de sociólogas e sociólogos brasileiros (1964-1985) | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ciências sociais - história | pt_BR |
dc.subject.keyword | Geopolítica do conhecimento | pt_BR |
dc.subject.keyword | Pós-graduação | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The institutionalization of social sciences in Brazil, as in other nations of the Global South, is
directly influenced by power asymmetries in the field of knowledge. This doctoral thesis
connects the history of social sciences to the issue of the geopolitics of knowledge, focusing on
a central aspect of the academic formation process: the academic training in postgraduate
courses. Narrowing the research down to a paradigmatic period for international academic
exchange in Brazilian history and looking at a specific discipline, this undertaking answers the
following question: to what extent did the global asymmetries that structure power relations in
the field of knowledge shape the profile and determinants of the international circulation of
Brazilian sociologists during the military dictatorship? The investigation was initially based on
a bibliographic analysis of the specialized literature on the history of social sciences, examining
the conditions for the establishment of institutions between 1930 and 1960 and the development
of science, technology, and graduate program structures during the military dictatorship. In a
second phase, it delved into the profile of international flows abroad through quantitative
analysis of data on Brazilian sociologists who pursued graduate courses overseas between 1964
and 1985. Finally, it involved 15 interviews with sociologists who completed their education
abroad, aiming to identify the factors that influenced these experiences. Firstly, it was evident
that global asymmetries in the field of knowledge directly affected the construction of
institutions and research projects in social sciences in Brazil during the 1930s and 1960s. The
interplay between national and foreign actors and institutions, influenced by categories like
"absence," "uniqueness," and "development," solidified relationships of dependence and
marginalization in the national intellectual sphere. The development of the national science,
technology, and graduate program system was directly influenced by the United States between
1964 and 1975, and the national government's efforts to promote greater scientific and
technological autonomy from 1975 onwards failed to break institutional dependencies, resulting
in the deepening of cultural and symbolic subordination of the Brazilian scientific community
to Northern Global institutions. In the first half of the military regime, foreign funding from
institutions aligned with U.S. foreign policy was crucial for pursuing master's and doctoral
degrees abroad, with a strong emphasis on the United States. From 1975 to 1985, there was a
strengthening of scholarships from national agencies, CAPES and CNPq, but unilateral flow
patterns to the center persisted. Furthermore, the research topics of graduate students reflected
peripheral patterns of Brazilian academic integration into the global division of intellectual
labor, with a predominance of national case studies and guidance based on modernization
theories. Common determinants influencing the trajectories of studying abroad included the
lack of local access to graduate programs, deference to institutions, authors, and intellectual
production from the Northern Global, and gender-related social roles. However, the trajectories
between 1964 and 1975 were more dependent on extrainstitutional networks to access
predominantly foreign funding, while intellectuals who graduated between 1975 and 1985 were
influenced by the greater stability of national agencies, with less direct state repression. The
thesis shows the importance of the geopolitics of knowledge in studies of the history of social
sciences in Brazil, revealing how global power asymmetries have shaped the development of
the Brazilian sociological field. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Sociais (ICS) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Sociologia (ICS SOL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Sociologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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