http://repositorio.unb.br/handle/10482/49164
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2023_VanessaCavalcanteDeSena_DISSERT.pdf | 1,72 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Hepatite viral C : um estudo da mortalidade e das causas múltiplas de óbito no Distrito Federal |
Autor(es): | Sena, Vanessa Cavalcante de |
Orientador(es): | Oliveira, Maria Regina Fernandes de |
Coorientador(es): | Figueiredo, Ana Claudia Morais Godoy |
Assunto: | Distrito Federal (DF) Fígado - doenças Hepatite Mortalidade |
Data de publicação: | 25-Jul-2024 |
Data de defesa: | 5-Jun-2023 |
Referência: | SENA, Vanessa Cavalcante de. Hepatite viral C: um estudo da mortalidade e das causas múltiplas de óbito no Distrito Federal. 2023. 137 f., il. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Resumo: | Pesquisas evidenciam que, apesar de ser adotado um modelo único de atestado de óbito e uma definição exata de causa básica, as estatísticas de mortalidade não são ainda completamente acuradas. A hepatite C é uma inflamação do fígado e seu coeficiente de mortalidade é calculado a partir da causa básica. Este indicador é utilizado para estimar o risco de morrer por essa doença, no entanto, não reflete totalmente a contribuição da hepatite C na mortalidade, uma vez que esse agravo é mencionado na Declaração de Óbito (DO) como causa associada em muitos óbitos em que a morte é atribuída a outras causas básicas. Tendo em vista que, no Distrito Federal (DF), de 2017 a 2021, mais de 65,1% dos óbitos de pacientes com hepatites virais foram atribuídos a outras causas básicas, esse estudo justificou-se pela necessidade de se ampliar o olhar para esse tema e identificar de que maneira os pacientes com hepatite C estão morrendo. Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo que teve como objetivo descrever os óbitos com menção da hepatite C na DO, de residentes no DF, ocorridos no período de 2006 a 2020. Foram utilizados bancos não nominais do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Para extração e a análise dos dados foram utilizados os softwares TabWin, Microsoft Excel e Stata e as estimativas populacionais da Companhia de Planejamento do Distrito Federal. Para a análise de tendência foi realizada a regressão linear de Prais-Winsten. Foram registrados 487 óbitos com menção de hepatite C. Destes, 229 (47,0%) tiveram a hepatite C como causa básica e 258 (53,0%) tiveram a hepatite C apenas como causa associada. Nas 229 DO em que a hepatite C é registrada como causa básica as causas consequenciais mais frequentes foram “outras formas de cirrose hepática e as não especificadas” (21,3%), “septicemia” (11,0%) e “insuficiência hepática aguda, crônica ou sem outras especificações” (9,0%). Nos 258 óbitos que tiveram a hepatite C como causa associada as causas básicas mais frequentes foram “carcinoma de células hepáticas ou neoplasia maligna do fígado, não especificada” (32,6%), “doença pelo HIV resultando em outras infecções” (19,4%) e “cirrose hepática alcoólica” (7,8%). As taxas de mortalidade por hepatite C tradicionais e adaptadas apresentaram tendências estacionárias para o coeficiente geral, para o sexo masculino e para as faixas etárias de 50 a 69 anos e 70 anos ou mais; e tendências decrescentes para o sexo feminino e para a faixa etária de 30 a 49 anos. Tanto no grupo que teve a hepatite C como causa básica, quanto no grupo que teve como causa associada, o maior percentual de pessoas tinha entre 50 e 69 anos (61,1% e 53,5%, respectivamente), era do sexo masculino (63,8% e 72,1%, respectivamente), da raça branca (51,5% e 52,3%, respectivamente) e possuía ensino superior incompleto (29,7% e 28,3%, respectivamente). Este estudo evidenciou que a hepatite C foi submensurada como causa básica de morte e também a necessidade de capacitar os profissionais que preenchem as DO e de aperfeiçoar as regras e o sistema de seleção da causa básica. |
Abstract: | Research shows that, despite the adoption of a single death certificate model and an exact definition of the underlying cause, mortality statistics are still not completely accurate. Hepatitis C is an inflammation of the liver and its mortality rate is calculated from the underlying cause. This indicator is used to estimate the risk of dying from this disease; however, it does not fully reflect the contribution of hepatitis C to mortality, since this condition is mentioned in the Death Certificate (DC) as an associated cause in many deaths in which death is attributed to other underlying causes. Considering that, in the Federal District (DF), from 2017 to 2021, more than 65.1% of deaths of patients with viral hepatitis were attributed to other basic causes, this study was justified by the need to broaden the look at this topic and identify how patients with hepatitis C are dying. This was a descriptive epidemiological study that aimed to describe the deaths with mention of hepatitis C in the DC, of residents in the DF, which occurred from 2006 to 2020. Non-nominal databases from the Mortality Information System were used. For data extraction and analysis, TabWin, Microsoft Excel and Stata software were used, as well as population estimates from the Federal District Planning Company. For trend analysis, Prais-Winsten linear regression was performed. There were 487 deaths with mention of hepatitis C. Of these, 229 (47.0%) had hepatitis C as the underlying cause and 258 (53.0%) had hepatitis C only as an associated cause. In the 229 DC in which hepatitis C is registered as the underlying cause, the most frequent consequential causes were “other and unspecified forms of liver cirrhosis” (21.3%), “septicemia” (11.0%) and “liver failure acute, chronic or not otherwise specified” (9.0%). In the 258 deaths that had hepatitis C as an associated cause, the most frequent underlying causes were “liver cell carcinoma or malignant neoplasm of the liver, unspecified” (32.6%), “HIV disease resulting in other infections” (19, 4%) and “alcoholic liver cirrhosis” (7.8%). The traditional and adapted hepatitis C mortality rates showed stationary trends for the overall coefficient, for males and for the age groups 50 to 69 years and 70 years or older; and decreasing trends for females and the 30-49 age group. Both in the group that had hepatitis C as the underlying cause and in the group that had it as an associated cause, the highest percentage of people were between 50 and 69 years old (61.1% and 53.5%, respectively), were male (63.8% and 72.1%, respectively), white (51.5% and 52.3%, respectively) and had incomplete higher education (29.7% and 28.3%, respectively). This study showed that hepatitis C was under-measured as the underlying cause of death, as well as the need to train professionals who complete the DC and to improve the rules and system for selecting the underlying cause. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2023. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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