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Título: Dores silenciadas : vivências de mulheres que vivem com HIV, gestantes ou lactantes, e seus parceiros sexuais na Província de Gaza - Moçambique
Autor(es): Mazuze, Bento Saloio Daniel
Orientador(es): Brambatti, Larissa Polejack
Assunto: AIDS (Doença)
Saúde mental
África Sub-Saara
Gestantes
Data de publicação: 25-Jul-2024
Referência: MAZUZE, Bento Saloio Daniel. Dores silenciadas: vivências de mulheres que vivem com HIV, gestantes ou lactantes, e seus parceiros sexuais na Província de Gaza - Moçambique. 2022. 159 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Introdução: No mundo, cerca de 16 milhões de mulheres vivem com HIV, muitas delas em idade reprodutiva. Esses níveis de infecção e as taxas de transmissão vertical ainda trazem grandes preocupações, devido à pouca intervenção terapêutica precoce em muitos países africanos. Em Moçambique, nação da África Subsaariana, os índices de prevalência do HIV são de 13,2%, colocando o país em segundo lugar na conta de novas infecções, atrás apenas da África do Sul. Objetivo: conhecer as experiências e as principais dificuldades vivenciadas pelas gestantes ou lactantes soropositivas e seus parceiros sexuais no contexto especifico. Metodologia: Estudo qualitativo realizado em Chókwè na província de Gaza- Moçambique. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com mulheres gestantes ou lactantes que vivem com HIV, com seus parceiros sexuais e com profissionais de saúde. Foram realizados grupos focais com mães mentoras e entrevista em grupo com pais mentores. As entrevistas e os encontros forom gravados com gravador de voz e transcritas na íntegra. As informações passaram pelo processo de análise temática. Resultados: Participaram no estudo dez mulheres gestantes ou lactantes soropositivas e um parceiro sexual; treze mães mentoras e dois pais mentores; duas enfermeiras de Saúde Materno Infantil e uma psicóloga. Os achados, revelam que as participantes associam o diagnóstico do HIV ao teste de gravidez ou ao parto e o período da gestação e da amamentação é marcado pelo medo de infectar o filho pelo vírus. As mulheres escondem seu estado sorológico para o marido, a família e a comunidade por medo das consequências relacionadas com normas sociais rígidas e interferência de fatores culturais. Os resultados dos profissionais de saúde trouxeram questões similares aos das mulheres vivendo com HIV, entretanto ressaltam a falta de profissionais para oferecer atendimento de qualidade. Constatou-se que na unidade de Saúde e na comunidade utilizam palestras como única estratégia de educação em saúde, apesar de pouca eficácia. Conclusões: Constatou-se que existem ainda muitas barreiras para prevenção da transmissão vertical em Moçambique, em especial, qualidade do aconselhamento e dificuldades de acesso ao serviço seja por falta de dinheiro ou pelas normas sociais e familiares que não reconhecem a autonomia da mulher. Há necessidade de maior apoio para as mães que não desejam amamentar assim como para aquelas em maior vulnerabilidade sócioeconômica. Recomenda-se maior investimento nas estratégias de apoio psicossocial e envolvimento comunitário, utilizando alternativas como a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) e Educação Popular. Sugere-se o envolvimento de lideranças comunitárias no processo desenvolvimento de um programa de intervenção e promoção de saúde mental para mulheres gestantes ou lactantes soropositivas.
Abstract: Introduction: Around 16 million women worldwide are living with HIV, many of them of reproductive age. These levels of infection and the rates of mother-to-child transmission still raise major concerns, given the lack of early therapeutic intervention in many African countries. In Mozambique, a nation in Sub-Saharan Africa, HIV prevalence rates are 13.2%, placing the country in second place in the count of new infections, behind only South Africa. Objective: to know the experiences and the main difficulties experienced by HIV-positive pregnant or lactating women and their sexual partners in the specific context. Methodology: Qualitative study carried out in Chókwè in the province of Gaza- Mozambique. Semi-structured interviews were conducted with pregnant or lactating women living with HIV, with their sexual partners and with health professionals. Focus groups with mentor mothers and group interviews with mentor fathers were carried out. The interviews and meetings were recorded with a voice recorder and fully transcribed. The information went through the thematic analysis process. Results: Ten seropositive pregnant or lactating women and one sexual partner participated in the study; thirteen mentor mothers and two mentor fathers; two maternal and child health nurses and a psychologist. The findings reveal that the participants associate the diagnosis of HIV with the pregnancy test or delivery and the period of pregnancy and breastfeeding is marked by the fear of infecting the child with the virus. Women hide their HIV status from their husbands, family and community for fear of consequences related to rigid social norms and interference from cultural factors. The results of health professionals brought up issues similar to those of women living with HIV, however, they highlight the lack of professionals to offer quality care. It was found that the health unit and the community use lectures as the only health education strategy, despite little effectiveness. Conclusions: It was found that there are still many barriers to the prevention of mother-to-child transmission in Mozambique, in particular, the quality of counseling and difficulties in accessing the service, either due to lack of money or social and family norms that do not recognize the autonomy of women. There is a need for greater support for mothers who do not wish to breastfeed, as well as for those with greater socioeconomic vulnerability. Greater investment in psychosocial support and community involvement strategies is recommended, using alternatives such as Integrative Community Therapy (ICT) and Popular Education. It is suggested that community leaders be involved in the process of developing a mental health intervention and promotion program for HIV-positive pregnant or lactating women.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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