Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Chatelard, Daniela Scheinkman | pt_BR |
dc.contributor.author | Lemos, Suziani de Cássia Almeida | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-07-25T14:49:43Z | - |
dc.date.available | 2024-07-25T14:49:43Z | - |
dc.date.issued | 2024-07-25 | - |
dc.date.submitted | 2023-05-17 | - |
dc.identifier.citation | LEMOS, Suziani de Cássia Almeida. Psicanálise e trauma - o irrepresentável na cena analítica. 2023. 131 f., il. Tese (Psicologia Clínica e Cultura) - Universidade De Brasília, Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49178 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | O presente estudo busca investigar a noção do irrepresentável articulado à clínica psicanalítica
na contemporaneidade. Trata-se de um estudo teórico-clínico a partir do método psicanalítico
que recorre a autores da psicanálise clássica e contemporânea, juntamente à exposição de alguns
recortes clínicos com o objetivo de fazer circular de forma mais vívida os conceitos e
teorizações apresentados no trabalho. A história da psicanálise, mais especificamente, em seus
fundamentos, é marcada pela noção da divisão do aparelho psíquico pela via do recalque. Essa
base metapsicológica articula o sintoma, os sonhos, os chistes e as demais produções do
inconsciente com aquilo que foi nomeado por Freud como o retorno do recalcado. Na evolução
de suas investigações, Freud foi se deparando com outras configurações psíquicas, que se
mostravam como desafios à clínica psicanalítica, tal como pensada inicialmente. Nesse
percurso, podemos citar as neuroses atuais, as neuroses traumáticas, as neuroses de guerra, as
neuroses narcísicas e os quadros psicóticos. Estas eram condições que se apresentavam como
muros frente à técnica analítica clássica. Freud lança, então, as bases para o que poderia ser
pensado e desenvolvido, posteriormente, por Ferenczi e demais autores da psicanálise clássica
e contemporânea, a partir de casos extremamente desafiadores para a clínica. Esses casos têm
sido nomeados como casos difíceis, quadros narcísicos, patologias limite, dentre outros. Sob
essa insígnia estariam os quadros depressivos graves, os adoecimentos psicossomáticos, os
transtornos alimentares, as chamadas síndromes do pânico, as diversas formas de compulsão e
passagens ao ato, como as violências e o autoextermínio. Enfim, uma quantidade enorme de
casos que comparecem na clínica psicanalítica atual e que nos convocam a pensar para além
das estruturas psíquicas clássicas neurose, psicose e perversão. Autores da psicanálise
contemporânea como André Green, Howard Levine, René Roussillon, Botella e Botella, dentre
outros, têm se debruçado no estudo de condições e formas de funcionamento psíquico bastante
fragilizadas em seus processos de representação e simbolização. A partir da aproximação com
essas formas de sofrimento na clínica, surge a noção do irrepresentável como algo que convoca
a adentrar os processos de representação psíquica e simbolização em articulação com a
constituição psíquica do sujeito, uma vez que se relaciona com aquilo que não pôde se
representar no psiquismo, permanecendo aquém das estruturas simbólicas e da cadeia
associativa. Assim, diferentemente de uma clínica fundamentada na noção de representação, do
recalque e do sintoma como retorno do recalcado; estaríamos lidando com aquilo que nem
mesmo se representou e que, portanto, não foi recalcado. Esses conteúdos irrepresentáveis
permaneceriam em zonas de isolamento, incomunicáveis, cindidas, demandando não mais um
trabalho de desligamento/ligamento de representações inconscientes e conscientes, mas um
trabalho que possibilite a criação de representações e a ampliação das funções simbólicas e
associativas do paciente. Dessa forma, o trauma de Freud a Ferenczi, passando também por
autores contemporâneos, surge como articulador no trabalho para se pensar a noção do
irrepresentável em associação com o que comparece na clínica a partir das designações de casos
difíceis. O trabalho analítico frente às angústias impensáveis do paciente, frente ao
irrepresentável do trauma e a processos arcaicos do psiquismo, demanda do analista um outro
lugar, muito diverso do trabalho que se opera nas neuroses clássicas de transferência. Não se
trata de interpretar ou até mesmo decifrar o inconsciente recalcado, mas sim construir
possibilidades simbólicas para o que antes era da ordem do irrepresentável. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Psicanálise e trauma - o irrepresentável na cena analítica | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicanálise | pt_BR |
dc.subject.keyword | Traumas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Freud, Sigmund, 1856-1939 | pt_BR |
dc.subject.keyword | Personalidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The present study seeks to investigate the notion of the unrepresentable articulated to the
psychoanalytic clinic in contemporary times. This is a theoretical-clinical study based on the
psychoanalytic method that uses authors of classical and contemporary psychoanalysis,
together with the exposition of some clinical excerpts with the aim of making the concepts and
theorizations presented in the work more vividly circulate. The history of psychoanalysis, more
specifically, in its foundations, is marked by the notion of dividing the psychic apparatus
through repression. This metapsychological basis articulates the symptom, dreams, jokes and
other productions of the unconscious with what was named by Freud as the return of the
repressed. In the evolution of his investigations, Freud came across other psychic
configurations, which appeared as challenges to the psychoanalytic clinic, as initially thought.
In this course, we can mention the current neuroses, the traumatic neuroses, the war neuroses,
the narcissistic neuroses and the psychotic conditions. These were conditions that presented
themselves as walls against the classical analytical technique. Freud then lays the foundations
for what could be thought and developed later by Ferenczi and other authors of classical and
contemporary psychoanalysis, based on extremely challenging cases for the clinic. These cases
have been named as difficult cases, narcissistic conditions, borderline pathologies, among
others. Under this banner would be severe depressive conditions, psychosomatic illnesses,
eating disorders, so-called panic syndromes, various forms of compulsion and acts of violence,
such as violence and self-extermination. Finally, an enormous number of cases that appear in
the current psychoanalytic clinic and that call us to think beyond the classic psychic structures
neurosis, psychosis and perversion. Authors of contemporary psychoanalysis such as André
Green, Howard Levine, René Roussillon, Botella and Botella, among others, have focused on
the study of conditions and forms of psychic functioning that are quite fragile in their processes
of representation and symbolization. From the approximation with these forms of suffering in
the clinic, the notion of the unrepresentable arises as something that invites one to enter the
processes of psychic representation and symbolization in articulation with the psychic
constitution of the subject, since it is related to what could not be represent in the psyche,
remaining below the symbolic structures and the associative chain. Thus, unlike a clinic based
on the notion of representation, repression and the symptom as a return of the repressed; we
would be dealing with that which has not even been represented and which, therefore, has not
been repressed. These unrepresentable contents would remain in isolation, incommunicable,
split zones, demanding no longer a work of disconnecting/linking unconscious and conscious
representations, but a work that enables the creation of representations and the expansion of the
patient's symbolic and associative functions. In this way, the trauma from Freud to Ferenczi,
also passing through contemporary authors, emerges as an articulator in the work to think about
the notion of the unrepresentable in association with what appears in the clinic from the
designations of difficult cases. Analytical work in the face of the patient's unthinkable anguish,
in the face of the unrepresentable trauma and archaic processes of the psyche, demands from
the analyst a different place, very different from the work that takes place in classic transference
neuroses. It is not about interpreting or even deciphering the repressed unconscious, but
building symbolic possibilities for what was previously unrepresentable. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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