Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Ortegal, Leonardo Rodrigues de Oliveira | pt_BR |
dc.contributor.author | Cupsinski, Adelar | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-08-14T19:03:02Z | - |
dc.date.available | 2024-08-14T19:03:02Z | - |
dc.date.issued | 2024-08-14 | - |
dc.date.submitted | 2023-12-15 | - |
dc.identifier.citation | CUPSINSKI, Adelar. A luta e a resistência do povo Xukuru do Ororubá: direitos indígenas e democracia no estado brasileiro. 2023. 174 f., il. Dissertação (Mestrado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49869 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente pesquisa versa sobre a luta e a resistência do povo indígena Xukuru do Ororubá, um
povo do interior de Pernambuco, pela defesa do seu território originário e o direito de existir.
A escolha do caso para estudo se justifica por diferentes razões. O caso do povo Xukuru
exemplifica a relação do Estado brasileiro com os povos indígenas, uma relação desigual, em
que o Estado buscou aniquilar um povo de muitas maneiras, através de ações e omissões,
começando pela doação de terras para fidalgos portugueses em 1654, com a implantação de
templos ocidentais e a transformação da aldeia Ararobá em um espaço de ensino dos costumes
não indígenas, que durou por aproximadamente dois séculos. Além disso, o caso contribui na
compreensão dos conflitos contemporâneos sobre a questão indígena, incluindo a origem da
tese jurídica do marco temporal no âmbito do Poder Judiciário, e a importância dos territórios
originário para a sobrevivência física e cultural dos nativos e para a implementação das políticas
públicas, tema de interesse da Política Social. O trabalho de pesquisa resultou no
desenvolvimento de três capítulos, os quais estão interligados, em que foram desenvolvidos os
seguintes temas: no primeiro capítulo foi pesquisado sobre a relação do Estado brasileiro com
os povos indígenas, as principais medidas jurídico-políticas que afetaram estes povos
originários, a importância das conquistas democráticas e a Constituição Federal de 1988, mais
as disputas contemporâneas; o segundo capítulo resultou em um diálogo acerca da função do
Estado no sistema capitalista, entre intelectuais marxistas, indígenas, quilombolas e
indigenistas; e no terceiro capítulo, a pesquisa apresenta quem são os Xukuru do Ororubá, sua
história, o contato com os colonizadores e a sociedade não indígena que se tornou majoritária,
o processo de expropriação territorial, a luta e a resistência desse povo para continuar existindo
e o enfrentamento com o Estado brasileiro e suas estruturas pelo direito territorial. O conflito
pela posse do território do povo indígena Xukuru do Ororubá somente foi resolvido em uma
instância internacional, na Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), na qual o
Brasil foi responsabilizado internacionalmente pelas violações do direito à garantia judicial de
prazo razoável, do direito de proteção judicial e à propriedade coletiva, nos termos da
Convenção Americana de Direitos Humanos. Assim, a Corte IDH estabeleceu uma
jurisprudência para os casos envolvendo direitos indígenas no Brasil, derrubando a tese do
marco temporal e garantindo a posse territorial coletiva aos indígenas, sem interferência por
parte de terceiros ou agentes do Estado. Os resultados da pesquisa estão presentes no transcorrer
de todo o trabalho, considerando a escolha do método materialista histórico e dialético, tendo
caráter documental e procedimento metodológico de revisão bibliográfica. Assim, a pesquisa
apresenta uma posição crítica à narrativa sobre os povos indígenas, desde a Carta de Pero Vaz
de Caminha, que registra oficialmente a chegada dos portugueses ao Brasil. Ao contrário da
narrativa oficial, a pesquisa demonstrou que os povos indígenas mantinham forte organização
política, eram inteligentes e alegres, produtivos e estavam em processo de revolucionar a
agricultura. Também fazem parte dos resultados da pesquisa as proposições apresentadas no
terceiro capítulo da dissertação, as quais visam fortalecer o protagonismo dos povos indígenas
na política e nas instâncias do Estado brasileiro, para que possam defender seus direitos. As
proposições estão fundamentadas na Constituição brasileira e na experiência de luta e
resistência do povo indígena Xukuru do Ororubá. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | A luta e a resistência do povo Xukuru do Ororubá : direitos indígenas e democracia no estado brasileiro | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Povos indígenas | pt_BR |
dc.subject.keyword | Direito indígena | pt_BR |
dc.subject.keyword | Escravidão | pt_BR |
dc.subject.keyword | Estado - Brasil | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The present research focuses on the struggle and resistance of the "Xukuru do Ororubá"
indigenous people, a community from the interior of Pernambuco, in defense of their ancestral
territory and the right to exist. The choice of this case for this study is justified for various
reasons, the main one being that this case exemplifies the relationship between the Brazilian
state and indigenous peoples. This relationship has been marked by inequality, with the state
employing various means to annihilate this indigenous population through both action and
omission. This process began with the granting of land to Portuguese nobles in 1654, the
establishment of Western temples, and the transformation of the "Ararobá" village into a space
for teaching non-indigenous customs, a practice that persisted for approximately two centuries.
Furthermore, the case contributes to the understanding of contemporary conflicts regarding the
indigenous peoples' issue, including the origin of the "Marco Temporal" legal thesis within the
scope of the Judiciary, and the importance of ancestral native territories for the physical and
cultural survival of the indigenous peoples, as well as for the implementation of public policies,
which is a topic of interest within Social Policy. The "Marco Temporal" is a legal thesis that
argues that Indigenous Peoples are only entitled to the demarcation of their traditional lands if
they were occupying those lands on October 5, 1988, the date of the publication of Brazil's
current Federal Constitution. This research resulted in the development of three interconnected
chapters exploring the following themes. The first chapter delves into the relationship between
the Brazilian state and indigenous peoples, examining the key legal and political measures
affecting these native communities, the significance of democratic achievements, the 1988
Federal Constitution, and contemporary disputes. The second chapter engages in a dialogue
regarding the role of the state in the capitalist system, involving perspectives from Marxist
intellectuals, indigenous communities, quilombolas, and indigenous activists. In the third
chapter, the research introduces the "Xukuru do Ororubá", detailing their history, interactions
with colonizers, the non-indigenous society that became the majority, the process of territorial
expropriation, the struggle and resistance of this people to persist, and their confrontation with
the Brazilian state and its structures for territorial rights. The conflict over the possession of the
"Xukuru do Ororubá" indigenous people's territory was only resolved at an international level,
in the Inter-American Court of Human Rights (IACHR), where Brazil was internationally held
responsible for violations of the right to a reasonable judicial timeframe, the right to judicial
protection, and collective property rights, under the terms of the American Convention on
Human Rights. Thus, the IACHR established a precedent for cases involving indigenous rights
in Brazil, overturning the "Marco Temporal" thesis and ensuring collective territorial
possession for indigenous peoples without interference from third parties or state agents. The
research findings permeate the entire dissertation, grounded in the choice of the historical and
dialectical materialist method, with a documentary nature and a methodological procedure
involving a literature review. The study takes a critical stance toward the narrative surrounding
indigenous peoples, dating back to Pero Vaz de Caminha's letter, which officially records the
arrival of the Portuguese in Brazil. In contrast to the official narrative, this research
demonstrated that indigenous peoples maintained strong political organization, were intelligent
and joyful, productive, and were in the process of revolutionizing agriculture. The research
results also include propositions presented in the third chapter of the dissertation, which aim to
strengthen the protagonism of indigenous peoples in Brazilian politics and state institutions,
enabling them to defend their rights. These propositions are grounded in the Brazilian
Constitution and the experiences of struggle and resistance of the "Xukuru do Ororubá"
indigenous people. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | Esta investigación trata sobre la lucha y la resistencia de los indígenas Xukuru do Ororubá, un
pueblo del interior de Pernambuco, en defensa de su territorio original y de su derecho a existir.
El estudio de caso fue elegido por varias razones. El caso del pueblo Xukuru ejemplifica la
relación entre el Estado brasileño y los pueblos indígenas, una relación desigual en la que el
Estado ha tratado de aniquilar a un pueblo de muchas maneras, a través de acciones y omisiones,
empezando por la donación de tierras a nobles portugueses en 1654, con el establecimiento de
templos occidentales y la transformación de la aldea Ararobá en un espacio para la enseñanza
de costumbres no indígenas, que duró aproximadamente dos siglos. Además, el caso contribuye
a la comprensión de los conflictos contemporáneos sobre la cuestión indígena, incluyendo el
origen de la tesis jurídica del marco temporal en el poder judicial, y la importancia de los
territorios originarios para la supervivencia física y la cultura de los nativos y para la
implementación de políticas públicas, tema de interés para la Política Social. La investigación
dio lugar a la elaboración de tres capítulos, interconectados entre sí, en los que se desarrollaron
los siguientes temas: el primer capítulo investigó la relación entre el Estado brasileño y los
pueblos indígenas, las principales medidas jurídico-políticas que han afectado a estos pueblos
nativos, la importancia de las conquistas democráticas y de la Constitución Federal de 1988,
además de las disputas contemporáneas; el segundo capítulo dio lugar a un diálogo sobre la
función del Estado en el sistema capitalista, entre intelectuales marxistas, indígenas,
quilombolas e indigenistas; y en el tercer capítulo, la investigación presenta quiénes son los
Xukuru de Ororubá, su historia, el contacto con los colonizadores y la sociedad no indígena que
se convirtió en mayoritaria, el proceso de expropiación territorial, la lucha y resistencia de este
pueblo para seguir existiendo y el enfrentamiento con el Estado brasileño y sus estructuras por
los derechos territoriales. El conflicto sobre la posesión del territorio del pueblo indígena
Xukuru do Ororubá sólo se resolvió a nivel internacional, en la Corte Interamericana de
Derechos Humanos (Corte CIDH), donde Brasil fue declarado internacionalmente responsable
de violaciones del derecho a una garantía judicial de tiempo razonable, del derecho a la
protección judicial y del derecho a la propiedad colectiva, en los términos de la Convención
Americana sobre Derechos Humanos. Así, la Corte IDH estableció una jurisprudencia para los
casos de derechos indígenas en Brasil, anulando la tesis del marco temporal y garantizando la
posesión territorial colectiva a los indígenas, sin interferencia de terceros o agentes estatales.
Los resultados de la investigación están presentes a lo largo de la obra, considerando la elección
del método histórico y dialéctico materialista, teniendo un carácter documental y un
procedimiento metodológico de revisión bibliográfica. Así, la investigación presenta una
posición crítica sobre la narrativa acerca de los pueblos indígenas, a partir de la Carta de Pero
Vaz de Caminha, que registra oficialmente la llegada de los portugueses a Brasil.
Contrariamente a la narrativa oficial, la investigación demostró que los indígenas mantenían
una fuerte organización política, eran inteligentes y alegres, productivos y estaban en proceso
de revolucionar la agricultura. También forman parte de los resultados de la investigación las
propuestas presentadas en el tercer capítulo de la disertación, que pretenden fortalecer el papel
de los pueblos indígenas en la política y en las instancias del Estado brasileño, para que puedan
defender sus derechos. Las propuestas se basan en la Constitución brasileña y en la experiencia
de lucha y resistencia del pueblo indígena Xukuru do Ororubá. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Serviço Social (ICH SER) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Política Social | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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